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Caros Sportinguistas,
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Orgulho-me de ser um homem muito lógico e incisivo. Tento dissecar cuidadosamente as narrativas, em busca de possíveis incoerências.
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E “à luz” da conferência de imprensa de hoje, penso que se levanta, uma óbvia questão.
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O Presidente não assumiu qualquer responsabilidade pelo fracasso do pós-Amorim. E consequentemente, não renunciou ao seu mandato.
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Mas depois, disse que JOÃO PEREIRA, também não tinha qualquer culpa, mas sim que tinha sido a “Lei de Murphy“, as arbitragens, as lesões, etc. MAS… despediu João Pereira!
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Então, o Presidente não tem culpas no cartório, e continua no seu emprego, a receber “o seu”. Já o treinador, foi, aparentemente, uma “vítima de circunstâncias”, mas ainda assim, foi despedido?!
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Dois pesos e duas medidas? “Filhos” de senhoras de diferentes famas? Ou uma estória muito mal… “emoldurada”?
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Para os leigos, os políticos comunicam todos de forma idêntica, mas não é verdade, alguns são bons a discursar enquanto têm a “papeleta” no bolso, ou o teleponto aceso, mas tendo que lidar com a fluidez e a imprevisibilidade de um debate, ficam logo mais “engasgados”.
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É interessante, que a comunicação do Sporting, “montou” uma conferência de imprensa, na qual o “patrão Varandas“, esteve ali, num solilóquio de 10 minutos, a (tentar) explicar quem (por ele começando?) não tinha culpas, mas… a imprensa presente (e presumivelmente, convidada e talvez de forma “selecta”), não teve direito a formular-lhe qualquer perquirição.
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Minutos depois, Rui Borges é marchado pelo palanque adentro, e após breves cortesias, foi “fuzilado” pelas inúmeras (e naturais) demandas da imprensa. Nada temível, tudo são e abnóxio.
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Então, o presidente, que é líder, fala (e fala… e fala… e fala), mas não responde, enquanto o subalterno acabado de chegar já se pode expor ao escrutínio e colocado sob pressão, “sob fogo”?
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O líder dá a sua versão sobre João Pereira, mas João Pereira nem uma vénia veio dar, ou qualquer esclarecimento prestar?
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Quase parece, que a comunicação actual, foca-se em proteger uns, mais do que outros, um pouco como, fazia com (imencionáveis) “líderes” anteriores. Numa matriz, mais de “comunicação presidencial” do que institucional, ou na qual, o Presidente se confunde (ou ambiciona confundir-se) com o Departamento de Futebol?
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Já o “suprimido” (João Pereira), nem teve direito a mais do que um ‘post’ no Instagram. Decididamente, tudo muito moderno, e “resguardado”.
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Será, que na “Estrada de Candaar” também era assim?
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André Carreira de Figueiredo (26.816-0).
26/12/2024.
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