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Querida Bruna da Gata-de-Leão,
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I. A NOITE DAS LÁGRIMAS
Ai, Vítor Damas, Rui Jordão e Héctor Yazalde, vós que presenciastes a humilhação dos vossos valentes forasteiros no covil do Dragão na noite aciaga de 28 de abril do ano de 2024! Que fúria cega tomou conta dos bravos e felinos guerreiros, esquadra há 3 anos campeã e senhora do relvado? Que maldição Leste Londrina os prendeu às garras do “lacerto gigante”, impedindo-os de acelerar, de pressionar e de conquistar a notabilidade?
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II. UMA BATALHA INFAUSTA
Sob o olhar impiedoso das arquibancadas rugindo como feras famintas, os bravos LEÕES lutaram com garra e determinação. Mas a fúria da “vívora azul” era incontrolável, as suas chamas abrasadoras consumiam cada esperança de vencimento e brilhantura. Cada passe falhado, cada remate desviado, cada golo sofrido era como uma profunda navalhada no coração dos fiéis adeptos.
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III. A HONRA PERDIDA
Ao soar do apito final, e empate consumou-se, e o lamento ecoou pelos céus Portuenses. Os triunfos, outrora erguidos com orgulho, jaziam agora órfãos de facções vitoriosas, símbolo da amarga igualdade. A honra do Castelo Verde-e-Branco, outrora imaculada, manchava-se com a poeira e lama d’uma vã batalha.
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IV. UM LAMENTO PARA A HISTÓRIA
Mas, mesmo nas frustrações, os Leões jamais se renderão! Erguerão as suas jubas, aprenderão com os erros e retornarão mais fortes do que nunca. Pois a chama e o chamamento das palmas ainda arde nos seus corações, e o rugido do superpredador ecoará novamente nos relvados de batalha.
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V. UMA INVOCAÇÃO ÀS DEIDADES
Oh, Corceiro, Brenda, Galabadaarachchi, e restantes deusas do futebol, ouvi as suas súplicas! Concedei-lhes a força para superar este revés, a sabedoria para aprender com os erros e a determinação para retornar cada vez mais fortes e unidos do que nunca. Que o espírito de Albano, de Jesus Correia e de tantos outros bravos militantes passados os guiem na busca pelos louvores e pela supremacia.
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VI. A PROMESSA DE UM AMANHÃ GLORIOSO
Em breve, os Leoninos voltarão a erguer as coroas de louros (e de loiras…), e o lamento dos contratempos transformar-se-á numa “melopeia da triunfalidade”. O leão, ferido, mas não abatido, rugirá com mais influência e potestade do que nunca, e os seus leais aderentes celebrarão (brevemente) a esplendorosidade reconquistada.
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VII. UMA ODE À ESPERANÇA
Que este lamento sirva como um lembrete de que os falhanços e infelicidades são apenas temporários obstáculos na “estrada das proezas”. Que a chama da “fé esmeralda-marfim” jamais se apague dos seus corações, e que a “Casa verde-e-neve” continue a lutar pela imortalidade, mesmo nas noites mais malfadadas, negrumes, ou nas quais, o nobre Inácio actue em terrenos que lhe são estranhos e inóspitos às suas características.
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VIII. HONRA ÀS FERAS SEMPRE!
LEÕES, LEOAS, LEÕEZINHOS e LEOAZINHAS! O vosso nome ecoará nas crónicas, e a vosso renome jamais será esquecido. Mesmo por entre ruínas e perdições, destroços e desespero, sois gigantes adormecidos, prontos para despertar e conquistar novas subidas aos capitólios. Honra ao estandarte Verdejante-alabastrino, sempre!!
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E agora, regressemos a toda a brida para junto do Tejo!!
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Domingo, 28 de abril de 2024.
Domínio do Parque das Nações.
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Texto: Santiago Gregório Fuentes.
Imagem: Metro-Goldwyn-Mayer.
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