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Exmo. Sr. Presidente Fernando Soares Gomes da Silva,
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O meu nome é Santiago Gregório Fuentes,
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Sou um adepto de Futebol, embora… já não com a impetuosidade e “fervura” da minha juventude.
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Vibrei com o Euro 2004 e o Mundial de 2006, mas desde então, alienei-me um bocado das Selecções. Nos 2000s eu ia a todos os estágios das Selecções de Esperanças e Formação. Curiosamente, nunca fui à Cidade do Futebol, mas espero ir antes de Julho de 2023.
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É muito raro ver um jogo do princípio ao fim, seja de Selecções ou de Clubes, mas escrevo-lhe, que há algo de que nunca abdico, seja hoje, em 2006 ou em 1998. É ver, interiorizar e ouvir (e sempre com o som no máximo) o nosso Hino Nacional tocar.
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Quem não consegue “brandir” com “A Portuguesa“, é porque provavelmente deixou as “glândulas” no útero da Mãe. Aqueles 70 segundos são hieráticos, e honro-os sempre! Seja na equipa até recentemente gerenciada por Fernando Santos, ou pela Selecção Feminina Sub-15. Todas têm valor, ou potencial. E eu escolho acreditar, que numa conjetura ideal, haverá sempre um futuro risonho para todas elas.
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Hoje em dia, o único Futebol para o qual ainda tenho longanimidade, é o Futebol Feminino. E com isto, não estou a querer escrever ou insinuar, que seja “melhor” que o Masculino. Não é!. E quem disser o contrário, ou é intelectualmente desonesta (e mais do que provavelmente, profundamente insegura), ou fisiologicamente ignorante.
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Não é curioso, como o Futebol Feminino parece ter sido politicamente “instrumentalizado” como uma ferramenta de propaganda do Feminismo, e no entanto, depois são os homens como eu que têm interesse nele? Regulamente, aparecem umas “feministas” a criticar os homens, por isto e por aquilo relativamente ao Futebol Feminino, mas depois… quem aparece nos jogos, somos nós.
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Elas ficam-se em casa, a alargar os nadegueiros nos seus sofás, e “escondidas” atrás dos seus perfis de Twitter, donde “evangelizam” a sua “brand” de mal-arranjado populismo para aquelas oriundas dos estratos intelectuais mais rasteiros, ou mais precárias em termos de auto-estima social.
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Sim, o “pior” do Futebol Feminino, são sem dúvida, aquelas “Feministas” que se querem servir dele, e que nada quem saber (ou percebem) de desporto.
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Eu gosto de ver as miúdas jogar à bola, pois acho-as mais puras, mais alegres, mais inocentes, e sempre gostei disso no Futebol, da ambição, do entusiasmo, dum menor cinismo, etc.
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Confesso, que há momentos em que não entendo o projecto da FPF para o Futebol Feminino, pois até certo ponto, considero-o “divisivo” e irrealista quando às perspectivas de futuro.
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Sim, há convocatórias que ninguém entende (sempre assim foi, e sempre assim serão, independentemente do escalão ou do género).
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Por exemplo, como é que estando a melhor Média-Centro (Cláudia Neto) da nação reformada, e a 2ª melhor (Andreia Jacinto) indisponível, ainda assim, a 3ª melhor Média-Centro (e eu fui “scout” durante 5 anos, portanto, sei avaliar o valor e potencial de um(a) atleta) do País mesmo assim, não é convocada?
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Quai serão os critérios? Será que ela tem que fazer o pino só com uma mão e tocar um acordeão Reguenguense ao mesmo tempo??
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Ou não haverá competência nem recursos para perceberem quais são “as melhores“? Ainda me lembro dos tempos, em que os “Peixes” chegavam às “Academias“, e os “Corleones” vinham-lhes dizer, quais “seleccionáveis” é que deviam ser “requisitados“.
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Ou seja, havia tão pouca capacidade, que estavam dependentes de sugestões e palpites, os quais por vezes, dependiam dum antecedente de boa vontade desses…” Padrinhos“. Ouvi histórias mil… Qualquer até dia, até os Mafiosos de Nápoles ou de Palermo vêm para cá “estagiar”.
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Se um jogador metia os pés em cima do braço de um sofá, já não podia ir. E noutros episódios mais sórdidos ainda, em que se o Pai deste ou daquele, não metesse umas notas (de música, seguramente…) na palma dos “Corleones“… eram logo “encostados“, não lhes renovavam os contratos, não subiam às equipas principais. Enfim, um policromático assortimento de malfeitorias para além do imaginário até de Mario Puzo…
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E depois, vejo outras jogadoras serem chamadas, mas que estão nitidamente gordas, e isto não é “body shaming“, mas sim uma incontornável realidade clínica. E nas Selecções de Formação, até já lá vi uma moça que estava obesa em vez de gorda. Repito, quais serão os preceitos? Há alguém ao volante dessa “nau”, ou vamos ao sabor (e capricho) das correntes e dos ventos?
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Não creio que isso, esse estranho conceito de meritocracia sejae enobrecedor ou possa servir para credibilizar a modalidade. Ainda assim, respeito a soberania do Seleccionador e da Directora. Aliás, devemos sempre respeitá-los, apoiá-los e tentar compreendê-los (em alguns casos, diria que só com “ajuda profissional“…), até ao dia em que se vão embora.
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E consigo por aí, Mestre… “ela” nunca irá embora, e se será por móbil de competência, ou por… “empatia ideológica“, isso já não faço ideia, mas há pessoas que têm conceitos de meritocracia que não são os mesmos que os meus, ou os dos Helénicos…
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Se calhar, se calhar, há quem pense, que terem uma mulher à frente (no mínimo, das máquinas fotográficas) do Futebol Feminino, que é algo que é politicamente correcto. Meu caro, nunca li nada de semelhante num livro sobre gestão empresarial ou lógica corporativa. Até penso que qualquer mulher briosa, não quereria ser “premiada” pelo seu género, mas sim, pela sua competência. Eu sentir-me-ia ofendida, e “reduzida”.
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Se encaramos (e julgo que o devíamos fazer, atendendo aos orçamentos “cento-milionários“) a Federação Portuguesa de Futebol como uma organização de elite, então a lógica (outro conceito Helénico) diz-nos, que a sua gestão de recursos humanos terá todo o interesse em vasculhar o mercado, em busca dos elementos mais competentes para os cargos de Seleccionador, Directora, etc.
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Por vezes, vejo pessoas a serem contratadas (ou renovarem-lhes o contrato) por Clubes e Federações, e não entendo a lógica organizacional por detrás dessas decisões. Por exemplo, qual era o “background” da “Directora“, de Paulo Sousa, de Edgar Borges, de Carlos Dinis, de Hélio Sousa, de Marisa Gomes, etc, etc, etc que lhes pudesse granjear postos tão distintos?
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Se me quisessem a mim para trabalhar na FPF, eu penso que ficaria deprimido, atendendo à “bitola” habitual. E sim, recusaria, por motivos vários.
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Conheço alguns dos vossos funcionários. Um deles, é tão “limitado“, que nem sei como é que ele consegue assinar o próprio nome. Outro, é o pior burocrata que já conheci. E ainda outro, comporta-se como um “desassisado” quando (escondido atrás de uma rede social) se dirige aos jornalistas com ameaças a sua integridade física. Realmente, que bela “arrecadação” de “esquisitices humanas”.
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Curiosamente, quase metade das pessoas nos quadros técnicos da FPF, parecem ser pessoas que saíram do Sporting Clube de Portugal por não estarem ao nível das expectativas da instituição. E admito, que um ou outro, sejam inapelavelmente incompetentes ou asininos.
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A ser esse o padrão, aterroriza-me pensar, que daqui por uns anos, Leonel Pontes possa vir a ser Director do Futebol Feminino, Tiago Fernandes Seleccionador Nacional A, Filipe Pedro Preparador Físico das Sub-17, e Luís Pedrosa adjunto na Selecção Feminina Sub-15. Como diria Marlon Brando, “o Horror…o Horror!!!”
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E que fique claro, não estou a dizer que alguns desses ex-Sporting não sejam competentes (ou pessoas sérias, embora, um ou outro, sejam tão desconfiados, que ganharam a alcunha de… “o refilão“), simplesmente assumi, que as ambições de uma federação de elite passariam por apontar ligeiramente mais alto. Como diria Ronald William Miller… “Shoot for the Moon!”
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Portanto, quem ocupa essas funções, fá-lo com o aval do decisor máximo por essas bandas, e obviamente, que me estou a referir a si, Sr. Presidente.
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Eu acredito que as pessoas devem ser coerentes, e viver ou morrer com as suas convicções. Se eu acredito que “aqueles dois” (Seleccionador e Directora) são as duas pessoas mais competentes disponíveis? Não, não acho, até posso estar errado, mas não creio que sejam. Mas, como costuma dizer Jerôme Brocheré de Dorléac… “não é será pele do meu nariz que vai ficar esfolada…”
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Na minha opinião, o Sr. Presidente é uma pessoa muito “chatinha“, muito entediante, mas em contraponto, eu penso que seja talvez (na globalidade) o melhor Presidente que a FPF já teve (embora, o anterior, fosse mais muito cómico, sobretudo, após ir almoçar à Escócia…). E penso assim, apesar de o achar demasiado “político“, na sua comunicação (ou aquela que imprime na Federação que governa) ou na sua gestão de recursos humanos.
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E digo que o Presidente é enfadonho, pois reparei que desde que chegou ao seu presente posto, a política de comunicação da FPF se alterou profundamente.
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De repente, a Plano Estratégico de comunicação começou a debruçar-se sobre questões relacionadas com Homofobia (mas nunca a Heterofobia…), com a Misoginia (mas nunca a Androfobia / Misandria), com o racismo (presumivelmente na “popular” variante, Afro-Fóbica, mas nunca contra a Caucasianofobia). Querem salvar os animais, querem inclusividade e diversidade, querem salvar as mulheres (então, e os homens?) vítimas de violência doméstica, etc, etc,etc.
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E tudo isso é previdentemente de primordial importância, mas eu presumo que a vocábulo (Federação Portuguesa de) “FUTEBOL” está lá por alguma razão, porque será um aspecto fulcral da vossa “brand“, porque deveria ser o vosso enfoque primário, e sem que nada se desvie dele.
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Mas será que é? Por vezes, fico com a ideia, de que andamos a pagar a uns/umas “coladores de cartazes” que encaram as suas responsabilidades na FPF como um mero “hobby“.
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Eu costumo dizer, que desde que o meu caro amigo aí chegou, a FPF (que é patrocinada com os impostos dos tais “11 milhões” a que o vosso marketing alude) parece que se tornou, o “braço-desportivo” da extrema esquerda. E eu escrevo isto, pois a ideologia da vossa comunicação, parece decalcada da “carta projecto” de algum “Bloco“…
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Presidente, não fique a pensar que eu sou algum “Igrejeiro” de um “Chega“, CDS-PP ou PSD. Mas se fosse (e não sou), também não haveria nada de errado nisso, num País que tem Democracia desde 1974 e Constitucionalidade desde 1976.
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Até lhe posso afiançar, que ideologicamente, somos “vizinhos“. Mas… sou igualmente uma pessoa, que acredita na democracia num grau de magnitude “Chomskyano“.
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Eu gosto de desporto, tal como gosto de comunicação, e até certo ponto de política. Mas ajuizadamente e por alguma razão, em tempos de trevas, decidiram separar o Clero da Nobreza.
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E hoje em dia, a “política” (e o sensacionalismo ganancioso) parece ter-se entranhado de tal forma no jornalismo, no desporto e na indústria de entretenimento, que qualquer pessoa com um Q.I. acima do normal, já não lhes dá qualquer crédito ou confiabilidade.
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Eu prefiro a política num “pires” à parte, pois considero-a divisiva nas minhas “digestões intelectuais“, e francamente, na nossa sociedade, o Futebol já divide quanto baste, sem termos que levar com Presidentes “mascarados” de “Filósofos de Esquina“, ou de Directoras(… com uma “Gramática Paleolítica” no Instagram) “transvestidas” de “Cientistas Sociais“.
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Aparentemente, serão “Sacerdotes” e “Sacerdotizas” do pérfido “Wokeismo“, assim um ancenúbio dietético do “Estalinismo“. O que todos os “ismos” parece ter em comum, é uma profunda alienação filosófica relativamente ao Democratismo.
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Meu caro, enquanto o Futebol Feminino for visto pela “vox populi” e pela sociedade em geral como o “desporto das lésbicas“, haverá sempre um “plafond” em termos de “piscina de talento“. E uma forte componente comunicacional Marxista, Feminista e Sindicalista só vai afastar muitas raparigas, ou no mínimo, “afrontar” os seus encarregados de educação.
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Vamos supor, que a comunidade LGBT em Portugal oscila entre os 2% e 10%, que sentido faz “alimentar” uma modalidade com uma tão “nanica” demográfica? Seria o mesmo que só irem a Telavive recrutar judeus incircuncidados…
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A ideia de duplicar, triplicar ou quadruplicar o número de praticantes vai esbarrar nessa questão. Para crescer, é de uma importância de “dimensão Pangeânica” que o Futebol Feminino comece a atrair (também) mulheres heterossexuais, e isso em parte, passa pela forma como o Futebol Feminino é apresentado em termos de “marketing social“.
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Se souberem jogar (bem) à bola, não quero saber se gostam de gajos, de gajas, de gatos Persas ou Sundaes com M&M’s de amendoim.
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Seja na política, no jornalismo ou no Futebol, só pessoas estúpidas é que se interessam somente por um nicho do mercado. E de qualquer forma, reparo que é a Federação de PORTUGAL, e não a Federação das Sáficas ou das LGBT ou dos “Blocos“, etc.
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Os únicos “blocos” que conheço, são os da Matemática Combinatória que me ensinaram no 9º ano. E acredite, não vá atrás daquele estereótipo, pois não é por eu ser um homem que eu sei pregar quadros, trocar pneus, carregar baterias, desentupir canalizações, ou que perceba de matemática. Como eu costumo dizer, “é justamente para isso, que DEUS inventou a linha de apoio do ACP…”
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“Portugal” ali na vossa “marca”, não pode figurar só porque soa bem em termos de mercadologia. Isso parecem aquelas “grãfinas” Cascalenses (as “Cinhas“, as “Caneças” e as “Adalbertas Natércias“) que em festas (de “coragens de boutique” e de “heroísmos de pedicures“) de “socialites“, elas falam em “Democracia” e em “Liberdade de Expressão“, mas sómente, porque “cai bem“, mas depois… quando lhes convém, não é isso que “vivem” nos seus princípios do dia a dia.
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Ah, e para toda a “caça” (“orquestrada” por quem? E com que real propósito?) aos “bruxos” sobre alegados assédios sexuais (que até ao momento, nem um mísero termo de Identidade e Residência “renderam”) perpetrados por homens, espero que nunca venha a haver um escândalo em que jovens raparigas héteros chegam aos balneários e são assediadas pelas lésbicas veteranas.
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Se isso for real, seria o fim da (conveniente) narrativa (concebida por umas “Raquéis“, “Marianas” e “Danielas” – nomes quiméricos e aleatórios, obviamente) que esperava generalizar (um conceito no qual só as verdadeiramente estúpidas creem) a ideia de que somente os homens heterossexuais assediam.
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Infelizmente, comportamentos proditórios são pervasivos em ambos os sexos, nem um “falo” culpabiliza, nem uma “sandes de fiambre” inocenta.
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Com que ideal? Talvez o de “apartar” para fora do Futebol Feminino todo e qualquer homem heterossexual, começando pelos treinadores, e terminando nos empresários… Gente assim a falar de inclusividade, de misoginia ou de homofobia, são como o Hitler a querer dar a Missa do Sabá em Auschwitz, Treblinka ou Dachau…
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Escrevia-se, nos cânones da Grécia antiga, sobre a existência de um subterrâneo (e infernal) Rio Estige, onde aqueles que não haviam sido enterrados, deambulavam eternamente nas margens em busca de mansidão e de nirvana. Como diria um embriagado e ignominioso Filósofo (e Negativista Lógico) Australiano, “enterrem os mortos, senão eles começam a cheirar mal…“.
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Questiono-me, quantos anos mais, algumas “politiquices” de dignitários da FPF andarão a “vagabundear” por umas “margens”, até que se foquem verdadeiramente naquilo para que são remunerados?
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Eu não consigo deixar de reparar numa coisa. As moças da Selecção, quando não estão nos estágios da FPF, os seus conteúdos nas redes sociais são sobre treinos no ginásio, férias que tiveram, sumos “detox” que beberam, “consortes” que gostam de oscular, etc.
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Tudo muito trivial e “fútil”, mas apropriado a jovens, que na sua maioria, não tiveram qualquer interesse ou coragem para investir na vertente escolástica (mas depois, têm mais opiniões do que um Marxista Esquizofrénico no Marquês do Pombal…), o que lhes permite somente um “media coaching” que não exceda 50 vocábulos e “buzzwords” (“à la” CNN) que repetem “ad-nauseam“.
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Fazem-me lembrar da “bovídea” Dª Aveiro a “versar” sobre Bolsonaro, ou então, o ex-arguido João Vieira Pinto a apoiar Cavaco Silva. E têm esse direito, tal como eu tenho o direito de os achar uns “anões” que se julgam ectomórficos…
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Aliás, o Futebol está cheio de “anões“. Mas, “glória e honra” obviamente para as assessoras de imprensa, que com recurso a calças de cintura alta e ténis (brancos) de salto, conseguem criar a ilusão (mas somente, até ao momento em que tiram uma “selfie” ao lado da Borges…) de terem pernas até à Glândula Tiroide.
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Mas quando as moças estão nos estágios, a política de comunicação dessas mesmas raparigas muda, e muda sempre, portanteno, há claramente um padrão de “desvio” ideológico.
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Parece que quando lá estão, subitamente, elas têm uma “epifania” (ou um aneurisma…) “estadista“, e desenvolvem uma “consciência política“. E escrevo isto, pois subitamente, começam a “falar” (se fizessem mais do que apenas falar…) sobre os pobres, a homofobia, o racismo, a violência doméstica, etc. Fantástico! É como ouvir LeBron James a dissertar sobre Astrofísica…
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Curiosamente, há uma outra pessoa, que está SEMPRE a abordar essas temáticas nas redes sociais, e que é a Directora Técnica do Futebol Feminino, que eu conheço há muitos anos, e no passado, nunca lhe “caracterizei” qualquer “veia” de “activismo“, mas desde que o Sr. Presidente chegou em 2011, ela aparentemente teve um “renascimento” (mas não Cristão, mas sim “Governamental“).
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Quase como se ela estivesse a… exteriorizar aquilo que acredita seja mais do agrado (ou mais empático) do “chefinho“. Faz-me lembrar aquelas mulheres que nos anos 70 trabalhavam no Banco Totta & Açores, e diziam sempre aos chefes que o Dr Carlos Mota Pinto se vestia muito bem, que ele era o mais “elegível”, que era muito erudito, etc.
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E em troca, os “galifões” agradados, davam-lhes um aumento, uma promoção, uma renovação de contrato, e claro, no Natal, lá lhes ofertavam uma (elas queriam mais…) garrafa de clarete de Mouton Rothschild, que posteriormente, era “emborcado” pelos cunhados enquanto contavam (intermináveis) histórias sobre aquela vez em que sovaram um inspector da PIDE na Praça de Espanha. Sei bem do que falo, pois nasci numa família de “raconteurs” que de 30 em 30 segundos diziam… “deixem-me acabar!!!”
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Por vezes, quase que fico a pensar, se tudo aquilo será genuíno (atendendo a que no passado, a Directora aparentemente era “vácua” (mas muito… “fixe“) em termos de convicções sociais, ou se não será alguma espécie de artificialismo em forma de “marketing pessoal“?
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É um principio bem estabelecido na Psicologia Analítica e na Comunicação, de que o sucesso depende de nos evidenciarmos e não por nos integrarmos nas “multidões” e sermos apenas mais um a sorrir (e isso, ela já faz de forma exímia) e a acenar com a cabeça, que nem uns pombos hebefrênicos. Eu só aceno para chamar um táxi, ou para mandar vir uma torrada(integral) e um galão(de leite proteico).
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Sim, é confuso, uma mulher que há 15 anos só falava (que me recorde) sobre sapatos (e diga-se, com grande propriedade intelectual) e verniz de unhas, e agora, transfigurou-se para algo que (talvez) seja mais do agrado de outras pessoas. Como diria a escritora Janet Flanner, “estou a começar a ficar muito, muito entediada”
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Só posso lamentar, pois “ela” (não a Sra Flanner) costumava ser a rapariga mais “porreira” (alegre, despreocupada, etc) do Futebol Português. E a sua actual “iteração” leva-se demasiado a sério e enfastia qualquer um(a), penso eu.
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Sinceramente, penso que já ouvi discursos pré-jogo melhores quando a “Chica” Almeida militava na JSD de Oliveira do Castelo… “penso eu de que“, como diria o seu ex-“Sobralterno” (passo o neologismo).
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Para mim é irrelevante se uma pessoa é Marxista, Democrata Cristã, feminista, hiper–feminina, heterossexual, homoafectiva, “corrente bifásica“, assexuada, Católica ou ateia. Mas prefiro sempre que sejam genuínas. Havia um poeta que escrevia “é tão difícil mentir a nós próprios“. E um trovador que dizia que preferia ser “odiado pelo que era, do que amado pelo que fingia ser“.
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Questiono-me sobre a possibilidade, de quando as jogadoras (a maioria das quais sendo algo limitadas do ponto de vista intelectivo) chegam à Cidade do Futebol, se terão alguma reunião com a Directora, em que recebam “ordens” do que devem publicar nas redes sociais. Em teoria, narrativas e fábulas para ir ao encontro das crenças da Directora (e/ou da FPF).
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Se isso fosse verdade, seria uma negação dos princípios democráticos nos quais acredito profundamente. Se assim fosse o caso, mais valia chamar-se a “Madrassa do Futebol” ou o “Gulag do Futebol“.
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E pela minha simpatia para com Solzhenitsyn, só de pensar em tal possibilidade de… “lavagens cerebrais/ideológicas “patrocinadas” por uma instituição de utilidade pública (veja o que recentemente ia acontecendo à Federação Portuguesa de Judo…) eu até tremo. Tremeleio como uma chocolateira com Parkinson‘s em cima de uma máquina de lavar roupa no hipocentro de 1755.
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Nem quero imaginar que fique subentendido, que as jogadoras que não aceitassem disseminar essa “cartilha“, que não voltariam a ser convocadas. O Capitão Salgueiros e o Tenente-Coronel Jaime Neves até dariam voltas no túmulo. Nem sei como qualificaria isso, senão como um “coativo” “Neo-Estalinismo“.
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Faz-me lembrar (passo a exorbitância, de preferência com baixo teor de sódio) de quando o “Grande Chefe” dizia a Nikita Khrushchov para no final do mês distribuir bastões aos operários fabris para eles poderem bater nos Semitas.
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Recuso-me a acreditar que tamanho atentado à nossa Liberdade de Expressão alguma vez pudesse acontecer numa instituição de utilidade pública financiada por todos nós. E confesso, que adorava ter (por escrito) algo(uma negação) nesse sentido. Mas apesar de (éticas)tentativas (em acordo com as boas práticas e ofícios deontológicos) nesse sentido, desse lado, só constato uma profunda “logoplegia”.
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Se algum dia, uma jogadora me vier contar isso. Irei escrever outra carta, mas não a si, Sr. Presidente, mas sim ao cuidado do seu conterrâneo, o Sr. Dr. João Paulo Correia, presentemente, o Secretário de Estado da Juventude e do Desporto. E posteriormente, enviarei um e-mail ao Dr. Duarte Cordeiro, com instrucções para notificar o “chefe”.
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Eu raramente vejo as jogadoras (excepto, uma ou outra “Provinciana” com desmedidas aspirações a pseudo-intelectualismo público) manifestar crenças políticas, mas percebo que algumas são Socialistas, outras são mais Marxistas, etc. E para mim, a pluralidade e a diversidade é positiva, até porque, nem todas podem ser Sportinguistas.
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(Provincianas? De Abrantes vêm bons doces conventuais, enquanto de Gouveia, vem bom queijo de cabra curado. E nunca dissertações, ensaios sobre ciências políticas ou estruturas de governance).
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Mas há um pormenor curioso, há uma jogadora chamada Matilde Fidalgo (e não faço ideia qual seja a afiliação política dela) que já em 5 ocasiões foi Campeã Nacional, e está a jogar em Espanha há dois anos.
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Durante as Presidenciais de 2021, reparei que a vasta, vasta maioria das mulheres que vivem às custas do Futebol Feminino, meteram nas redes sociais posts de apoio à Sra Marisa Matias, candidata na qual menos de 4% dos Portugueses se reviram. Mas aparentemente, 90% das mulheres no Futebol apoiaram-na (e de forma bastante emotiva. Sabe como são as mulheres quando se juntam… até se ouvem logo os seus “cacarejos” nos baluartes do “machismo”).
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José Maria Pedroto disse em tempos, “Um brasileiro é bom, dois é demais e três é uma escola de samba“. Pelo que observo na SIC Mulher, “uma mulher é fantabulosa e fabulástica. Duas já é um sindicato. E três… é um regresso aos tempos da Reforma Agrária e ao Planos Quinquenais”
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Mas, a dada altura, Matilde Fidalgo anunciou no Instagram que nunca votaria nessa candidata. Não escreveu nem mais, nem menos do que isso, expressou apenas a sua opinião, uma prerrogativa constitucional a que todos temos (ou devíamos ter) direito.
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Mas, desde que a Matilde publicamente assumiu essa tomada de posição, nunca mais foi chamada à Selecção Nacional.
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Eu não afirmo, nem desminto nada, mas achei uma coincidência desagradável. E que fique claro, não estou a querer escrever, que a Matilde seja a melhor jogadora Portuguesa, pois não acredito que seja. Mas em termos de “pujança intelectual”, a Mestra Engenheira Fidalgo, provavelmente está muito, muita acima de qualquer outra mulher (ou “Provinciana”) na Federação (contando com jogadoras e dirigentes).
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Sei que a Menina Matilde recentemente participou numa “treta” (“comida para tecnocratas”) qualquer chamada “Football Talks“, e aplaudo essa presença, pois as jovens precisam de exemplos femininos a seguir, e não apenas daquelas que queiram falar de pedicures ou que tenham muitos “seguidores“. Temos que dar-lhes “mulheres de valor“, e não mulheres que se julguem importantes por vápidos (de)méritos.
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Diz-se há uns anos, que há um alto dirigente da FPF que é homossexual. Qual foi a minha reacção quando ouvi isso pela primeira vez? Foi de me rir e achar uma situação caricata. Mas posteriormente, considero isso um completo “fait diver“, pois o legado dessa pessoa será ter transformado a infraestrutura e conseguido títulos. Assim, uma espécie de “Filipe Vieira do Jamor“.
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O “resto”? O “resto” é um pormenor, pois serem “maricas” não é diferente de serem benfiquistas, ou de serem do P.N.R. ou da Confraria do Vinho do Porto. Falo por mim, tenho várias amigas que são “Fufas” ou que são “Sociais Democratas” (curiosamente, nunca essas duas “castidades” coexistem simbioticamente…). É um detalhe, e tenho pena daquele(a)s que considerem que isso, e isso somente, é que o define alguém enquanto ser humano. Se assim fosse, haveria pelo menos, 6 milhões de “Untermensch” nesta nossa Pátria.
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Na minha observância, há mais (injustificada)apreensão e paranóia (“Fontemanhices”) na comunidade LGBT, do que há fobia fora dela. Nunca na minha vida conheci pessoas mais complexadas do que as mulheres lésbicas, e na maioria dos casos, são as suas próprias “carcereiras“.
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A minha experiência diz-me que o preconceito é “devenomizado” ao ser banalizado e não estigmatizado. Agora, explicar isto a uma Marxista, é como explicar o conceito do “offside posicional” a uma árbitra que não se chame “Joana Rodrigues”
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E em 2022 ser-se “gay” (e não no sentido dos Flintstones…) já não é novidade, pois já não estamos em 1952.
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Aliás, achei deveras curiosa a postura pró-LGBT da Selecção Inglesa no Catar, quando na realidade, quando em 1966 se sagraram Campeões do Mundo, era ilegal ser-se homossexual em Inglaterra. E a “penitência” nesses tempos, era… a “castração química“, um tema recorrente entre o (Des)Ventura(s)…
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Não gosto de ouvir as “Santimoniais” pregar moralidade a nações soberanas (Catar…), pois geralmente, são as mesmas “(Marianas) Motas D’Água” que reprovaram a Invasão do Iraque em 2003, a Invasão do Panamá em 1989, etc, etc, etc. Elas gostavam, era de “invadir” os Armazéns Grandella quando as calcinhas estavam com os descontos de Janeiro.
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Se calhar, estou a pregar no deserto (que “Belzebu” não me apareça durante 40 dias carregado de Hidratos de Carbono Simples…), mas que interessa se esse dirigente é “maricas“, importa é a sua (tem que admitir, que o posicionamento sintático deste pronome é genial…) integridade, honestidade, competência, a sua observância e deferência perante/da Meritocracia e Democracia, etc.
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O “resto” em 5 minutos a sociedade avançaria para outra temática, infelizmente, sobre guerras, epidemias ou inundações, ou onde é que a Ana Malhoa compra as suas (malíssimas)botinas.
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Confesso que não gosto de ver homossexuais inassumidos dizerem que são contra a homofobia. Não digo que seja incoerente, mas reservo-me ao direito de achar que é menos admirável.
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E não me interprete mal, Sr. Presidente, eu não sou activista dos gays. Para mim, a homoafectividade, não é uma coisa boa, má, admirável ou reprovável, simplesmente é a maneira de ser de outros seres humanos, e nós homens não fomos feitos para sobreanalisar tais minudências.
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E eu para respeitar os homossexuais e as lésbicas, não tenho que ser activista, basta-me ser humanista. E sabe como é que os gays são respeitados? Assumindo-se e edificando algo. Seja uma vacina, uma teoria matemática, conquistando um Europeu, erigindo uma ponte, etc.
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Imagine se Alan Turing tivesse ficado no armário para sempre? Que crédito teria isso dado aos LGBT? Ou Isaac Newton ou Tim Cook? E quem diz estes 3, diz 300 mais. As pessoas devem amar-se a si próprias e viverem sem medos de reprovação ou de chacota (bom, em campo… antes umas “paneleiras” do que uma cambada de mandrionas).
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Sobretudo “elas”, pois no caso delas, os “armários” mais parecem uns… “alçapões“. E elas quando vão à “adega“, até parecem o Soares Franco quando depois aparecia… fortemente “constipado”.
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O que é caricato, que os homens se assumam com menos pruridos, quando a sociedade mais facilmente aceita a homossexualidade nelas do que neles, e portanto, nada justifica tanta “cobardia” e complexos. Mas sabe como as mulheres são, Freud morreu sem nunca as alcançar (ora aqui está um “double entendre” particularmente insidioso).
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Se eu tenho “empatia“ com os maricas? Pouquíssima, pois para mim, os homens como regra geral são… esteticamente pouco apelativos (porra, até já pareço uma feminista a falar…), mas isto há gostos para tudo. Há quem goste de gajas, há quem goste de gabirus, há quem goste do benfica, e até há quem goste de Galgos Afegãos.
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Não entendo os maricas, tal como não entendo quem gosta de beber Coca-Cola (“aqui”, só entram águas Alcalinas, e com um Potencial Hidrogeniônico adequado. Sugiro-lhe Água de Monchique), de fumar, de apoiar o “Glorigozo“, etc. Mas o passar dos anos tornou-me mais tolerante e maleável às mudanças que os ventos têm soprado (sim, prefiro os maricas ao Bob Dylan…).
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Mas como sou Metrossexual, parece que também nisso serei “vizinho” de “alguém”.
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Sobre “Pansexuais” nada sei, presumo que sejam aqueles maricas que comem muito pão branco.
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Por último, tenho que lhe mandar um forte e sincero abraço por terem alojado 4 famílias desalojadas. Eu nesta quadra, tenho por hábito entrar em supermercados e comprar fruta para oferecer aos pedintes que vejo na rua.
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E quando li essa notícia no vosso site senti-me compelido a oferecer-lhes ainda mais comida. Já lhes comprei tantas bananas e mirtilo, que ainda ficam com uma fosforilação da frutose propícia a problemas hepáticos. E depois, ainda vão parar ao “Eduardo dos Fígados” que (alegadamente)se equivoca ao operar-lhes a pubalgia.
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Esse tipo de acções concretas da vossa parte têm imensuravelmente mais valor do que posts no Instagram, pois o “activismo de rede social”(ou de Torre de Marfim)… como diria a Shania Twain, “isso não me impressiona assim muito“.
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Pessoalmente, nunca me bati contra a homofobia (excepto contra a minha própria na juventude, sendo eu o “produto” de uma geração algo mais “brutinha” e “chacoteira”), nem pelo ambientalismo, racismo, feminismo (DEUS me livre!!! Pois se eu quiser “populismo inaperto” vou antes ouvir o (Des)Ventura(s)…), etc.
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Mas também tenho causas que me são queridas há 35 anos. Tais como o Desarmamento nuclear e a preservação da fauna Africana (sempre têm menos “trombas” do que as “Matriarcadas”…) e Asiática. Cada um que lute pela sua “Dama”.
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Quanto ao Mundial Feminino em 2023. Não tenho grandes expectativas, mas reconheço, que muito gradualmente, estamos a evoluir na direcção certa. Mas, continuo a acreditar que existe um irremovível “plafond” que somente será sobrepujado com recurso à Meritocracia e com mais sensatez (apolítica e.. “assexuada“) em termos de marketing.
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Há uma velhinha que costuma estar a pedir esmola junto às portas que separam o centro comercial Vasco da Gama do acesso à Gare do Oriente. Quando lhe fui oferecer comida, a Sra infelizmente já está num estado cognitivo (sub-Bidenesco) que nem consegue articular um reconhecimento. Receio que ela não sobreviva a este inverno próximo.
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Sabe o que me preencheria o coração, Sr Presidente? Seria ver atletas que muito admiro, como a Carole, a Lúcia e a Francisca, irem lá neste Natal. Presentear a anciã com sopa quente e talvez um ou dois cobertores. Ao longo dos anos testemunhei muitas acções de solidariedade social, e quase sempre, foram “cometidas” por rapazes adolescentes. Seria bonito ver mulheres irem em socorro daquela mulher, em vez de se ficarem pelos “énoncés de mission” no topo dos seus Instas.
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E a Directora também pode ir, a gente arranja-lhe umas escadas dos bombeiros, para que essa “Rapunzel Conimbricense” desça da sua Instagrâmica Torre de Marfim de onde debita moralidades mil, para que venha arregaçar as mangas e meter as mãos na “trampa”.
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Isso sim, seria admirável, enquanto palavras e discursos de circunstância, isso é como “ventosidades anais” nas AGs do benfica, e disso já há demasiado neste País. O que o Mundo precisa, é de mais “banha de cotovelo” e colarinhos suados, e não de “Poseuses“. Quem quiser poses, que vá ao YouTube e escreva “Vogue Madonna“.
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Quanto ao Mundial na Nova Zelândia, isso é de microscópica importância quando comparado com idosas que morrem de fome neste País. Prefiro ver as moças irem confortar uma velhinha, a ganharem o Mundial, e não estou a ser minimamente condoreiro ou hiperbólico.
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E de qualquer forma, sejamos sérios, Portugal mesmo em condições ideais (que na minha óptica, não existem presentemente), tem tantas hipóteses de vencer o Mundial feminino, como é provável que amanhã a “Directora” anuncie no Insta que está noiva da Deputada Rita Matias, ou que eu, no próximo dia 31 de Fevereiro (o mítico “Dia de São Nunca“) irei nadar de bruços a Ganímedes juntamente com Ian Thorpe, Johnny Weissmuller e Esther Williams.
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Pode acontecer, tal como Dom Sebastião pode daqui por duas semanas aparecer em Belém para cantar as Janeiras e tirar uma “selfie” com Marcelo. Tudo pode acontecer. Impossível, só mesmo o Leicester vencer a Premier League, Roberto Di Matteo ganhar a Champions, ou Scolari conquistar a Libertadores com o Grémio de Porto Alegre.
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Um Santo e Feliz Natal, para si, e para os seus.
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Parque das Nações,
Segunda-Feira, 19 de Dezembro de 2022,
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Texto: Santiago Gregório Fuentes.
Imagem: Todos os Direitos Reservados.
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