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Bonjour, mon cher Professeur Mille-Feuille,
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Isto poderá vir a soar como um oxímoro ou paradoxal, mas…creio em tempos ter lido numa biografia não autorizada de Cristiano Ronaldo, que ele, entre outro “staff“, era regularmente acompanhado por um Psicólogo. No entanto, numa entrevista dada pelo atleta uns anos depois, foi o próprio que disse, que ele era o seu próprio psicólogo.
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Muitas pessoas têm tendência para pensar em Psicólogos e Psiquiatras como sendo essencialmente a mesma coisa, que são “ofícios” muito semelhantes, mas na realidade, são intercambiáveis. Sendo que a diferença mais óbvia, é que os Psicólogos não podem receitar fármacos, e por isso, a metodologia deles, seja essencialmente aquilo a que Freud chamaria de… “a Cura da Fala“.
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Se uma pessoa sofrer de crises de ansiedade, de ataques de pânico, insónias (curei-me a mim próprio através de auto-hipnose que descobri por mero acaso), de impulsos violentos, etc. Não me parece que ir a um(a) psicólogo(a) seja mais do que um desperdício de dinheiro, razão pela qual, na minha opinião, a Psicologia embora interessante, enquanto temática (aplicável a uma pletora de situações), seja pouco mais do que uma pseudo-ciência.
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Eu já conheci alguns (poucos) Psicólogos muito porreiros (e psicólogas muito atraentes e calorosas), mas após os observar (e “dissecar”), considerei-os pouco mais do que um “placebo” para o ego, ou para qualquer outro componente instintivo da minha personalidade.
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E sei de médicos (altamente conceituados) que têm a mesma opinião que eu, que a Psicologia é uma “treta” para a qual só seguem os estudantes de medicina que não têm notas excepcionais que lhes permitam seguir outras áreas (tais como a cirurgia) da homeopatia que exijam um intelecto acima da vulgaridade.
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A maioria dos jornalistas desportivos queriam ser generalistas, escritores (ou “rockeiros de garagem“…) ou advogados, e talvez os psicólogos sonhassem em ser os sucedâneos de Christiaan Barnard.
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Que psicólogo pode receitar a uma pessoa antipsicóticos, antidepressivos, ansiolíticos,
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É inescapável, que somente temos um fígado, e por essa razão, eu nem aspirinas gosto de tomar. Na minha opinião, o termo mais útil que já ouvi numa palestra ou li num livro da Dra. Joyce Brothers foi mesmo “autofoco“. Soa como se fosse o título de uma revista de auto-mecânica, mas na realidade é um termo que consiste em fazermos um “auto-diagnóstico” uma “auto-Psicanálise“. Até porque, como em 1984 afirmou Sugar Ray Leonard, “é tão difícil mentirmos a nós próprios“.
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E nem sempre podemos confiar na sagacidade de outros. Eu após sofrer uma Trombose em 2014, um médico de Medicina Interna (que me salvou a vida, o Dr João Cruz, da CUF Infante Santo/Tejo) disse que achava que eu podia precisar de um psicólogo caso estivesse deprimido.
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Eu respondi-lhe, que ele não podia confundir depressão com o facto de eu não andar a sorrir 24 hora por dia após 3 semanas internado num hospital a comer gelatina e ovos cozidos. Assim que cheguei a casa, mandei vir uma Pizza, e desatei logo a sorrir… Diga-se, que o Dr. João Cruz incentivou-me a começar a escrever… algo.
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Psicólogos? A metodologia deles, pelo que observei e “anatomizei”, consiste em elogiar os seus pacientes e encher-lhes (ou “massajar”) o ego. Dizer-lhes o quanto são singulares e especiais. Pois, mas para isso, já me bastaram os Testes Psicotécnicos que nos fizeram na Pré-Primária…
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Sinceramente, para isso, o melhor mesmo, é arranjarem uma namorada submissa que os elogie, cozinhe, limpe o balcão da cozinha e ande sempre sequiosa pela sua atenção e aprovação.
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Hmmm, pensando bem, uma namorada assim, ela é que precisará de um par de pernas/”muletas egotísticas“… mas se tiver sorte, não tropeçará em nenhuma insidiosa seita populista(…) que se aproveite de mulheres estúpidas e desprovidas de personalidade.
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A psicologia consiste em falar, e como eu costumo dizer, quem precisa de conversar, que converse antes com a sua Mãe, ou então, que vá desabafar com um Padre, que sempre são opções mais económicas. Eles terão menos bases sobre… “psicopedagogia“, mas em muitos casos, os pacientes não têm que ouvir, têm sobretudo que deitar tudo cá para fora de uma forma catártica. Não há nada melhor do que uma Mãe serena e sábia. Deve ser de anos a lerem o “Reader’s Digest”
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E claro, como em tudo na vida, há pessoas com um maior talento inato para umas áreas do que outras pessoas. Há muitos anos, conheci uma famosa (e muito querida e competente) Terapeuta do Sono chamada Dra Teresa Paiva (que aparece com alguma frequência na televisão). Gostei muito dela, é uma pessoa muito humana, e sempre achei que ela podia ser uma excelente profissional de saúde mental.
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Já outro(a)s… conheci psicólogas que eram francamente anti–sociáveis, rudes (oh, isso comigo, é “pena de morte“…) e presunçosas (sustentadas por só DEUS sabe o quê…).
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E alguns Empresários de Jogadores contaram-me estórias, de psicólogos que ao trabalharem para Clubes, eram/são maliciosos na forma como tratam certos “pacientes” que estão a “treinar à parte”, chegando ao ponto de os provocar e submeter a “bullying” numa tentativa de os “forçar” a rescindir contrato. Só posso presumir que se engasgaram a recitar o Juramento de Hipócrates…
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Conheço um desses “Doutores”, e da penúltima vez que o vi, ele andava a “trabalhar” como “chauffeur” algures para os lados de Sintra em 2013. É bem capaz de ser o homem mais introvertido que já conheci em toda a minha vida (embora, eu tenha conhecido um ex-Ranger que também era um “frouxo”). Felizmente para ele, a família dele é fortíssima no nepotismo. O pai dele bem que podia ser um personagem na mitologia da “Guerra de Tronos“.
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De uma coisa estou convencido, para o acompanhamento de adolescentes masculinos ou homens adultos, sem dúvida que o ideal são homens psicólogos e não psicólogas. Não é possível ajudar alguém sem compreender a sua Psique. A maioria dos que conheci, são Psicólogos primeiro, e homens depois. Já com elas, são quase sempre mulheres primeiro, e o resto vem depois (e é se vier…).
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Psicólogas são adequadas para acompanhar crianças do sexo masculino, pois nessa fase, eles precisam acima de de tudo, de (mais)uma “figura maternal”, mas depois disso, os rapazes requerem uma forte influência masculina, que se tiverem sorte, será a do seu Pai, mas se não for, que tenham um Psicólogo que o seja. Em muitos casos, essa figura acaba por ser um Treinador que perceba algo de pedagogia da mente, chame-se ele “Pedro“, “Tiago“, etc.
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Eu nunca fui contra o casamento entre homossexuais, mas sempre fui (e sou) contra a adopção por parte de homossexuais, pela simples razão (e isto é tão somente a minha opinião, e que eu saiba, Portugal já não é uma ditadura há quase 49 anos…) que eu considero, que uma criança necessita de uma forte influência masculina (o Pai) e uma forte influência feminina (a Mãe). Duas mulheres ou dois homens não me parece que seja pedagogicamente ideal.
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Ainda assim, acredito que mais depressa um (bom) homem saiba educar meninas, do que uma mulher feminista saiba ensinar um menino a ser um homem.
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Questiono-me que percentagem de crianças transsexuais são de lares em que os encarregados de educação são os dois do mesmo sexo. Pelo menos, parece ser mais comum em lares em que os Pais são (muito) mais liberais (artistas, etc). Não há nada de errado em ser-se transsexual, mas quem de mente sã desejaria isso a um bebé seu? Só mesmo pessoas com algum “desvio psiquiátrico“.
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Devemos gostar dos filhos com todas as sua características, mas ainda assim, desejar que sejam tão normais (estatisticamente) quanto possível, para facilitar a sua integração social. Criar filhos não pode ser uma experiência politico-sociológica.
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Sobretudo, acho que a(lguma)s mulheres são péssimas a educar crianças do sexo masculino. O que não quer dizer, que não hajam homens que também não sejam péssimos exemplos.
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O melhor que pode acontecer, é a criança ter senciência suficiente para perceber que os Pais não são perfeitos, e que ela própria tem que saber “filtrar” essas “imperfeições” antes dela própria se tornar Pai ou Mãe. Talvez ela seja melhor, porque os Pais lhe permitiram uma infância com mais oportunidades e influências positivas do que eles próprios tiveram.
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Razão pela qual choca-me o quanto algumas (a maioria?) mulheres são incompetentes na altura de escolherem um parceiro. Sempre achei que um dos principais indicadores de (falta) inteligência numa mulher, é quem ela escolheu para casar. Se optarem por um homem violento, nervoso, ordinario, racista, homofóbico, etc…
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…É muito provável, que 20 anos depois, o bebé dela seja idêntico ao Pai. Razão pela qual, as mulheres devem escolher homens serenos, racionais, educados, másculos, pacientes, etc. Pois só dessa forma iremos “construir” uma sociedade melhor, com filhos que queiram ser melhores do que os Pais.
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Mas aqui, sinto que já estou a perambular pela “jurisdição” de uma “eugenia social“, e isso, é o domínio das Sociólogas. Embora, pelo que me vá apercebendo, hoje em dia, a maior parte do tempo das Sociólogas, é passado na CNN Portugal a opinar(…) sobre o aparelho militar da Federação Russa. Com que propriedade intelectual? Desconheço…
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Muito bizarro… quase o mesmo que chamarem calceteiros para falarem sobre futebol, ou limpa-chaminés para dissertar sobre cirurgias hepáticas. Mas isto num País em que advogados escrevem sobre metodologias de treino no Futebol sem sequer saberem no que consiste uma “avaliação Isocinética“…
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Mas não são apenas os advogados e psicólogos que estão a passar ao lado do seu “Princípio de Peter“, pois há já uns 25 anos, que uns banqueiros e magnatas, julgaram ser “fashionable” encher o Futebol de “Catedráticos” e outros Tecnocratas que percebem tanto de Futebol, quanto a Tilda Swinton percebe de cosmetologia.
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E assim, o Futebol albergou os Professores Catedráticos, os quais procederam a “rechear” o Futebol de Psicólogas, “Life-Coaches” e outros luxos supérfluos que nas suas mentes “soam” modernos e interessantes, um comum objectivo dos poetas Americanos (Frank O’Hara, estou a olhar na sua direcção) de meados do Século passado, mas que francamente, me parece ter esbarrado (com força) no crescente niilismo da juventude das últimas 3 décadas.
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Eu já conheci um ou outro desses “Catedráticos“. Ouvia dizer que eles davam palestras tão eloquentes (eu fui criado com pintores, escultores, escritores e fotógrafos à minha volta, portanto… não me impressiono com facilidade…), que “um gajo até ficava doido“.
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Eu fui ouvi-los (ali para os lados de Algés…) e não captei nada de transcendente, aliás, num caso, deparei-me com um “Professor” que parecia ter problemas óbvios de interacção social, estava sempre “enjoado“, não tinha qualquer encaixe para a crítica (por mais abstractas que as minhas fossem), e na generalidade, sempre o achei uma pessoa rude, (artificialmente) fria e com extrema dificuldade em criar a mais básica das relações interpessoais.
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Talvez seja um introvertido mórbido (perdão, carrancudo). Mas também… com um nariz daqueles, não me admiraria… Aquele, seguramente, já partiu os espelhos todos lá em casa. Ainda por cima, ela era/é um festival ambulante de tiques nervosos, sempre que eu falava com ele, o homem começava a piscar os olhos como se fosse a iluminação de uma árvore de natal. Por alguma razão, eu (e outros) lhe chamávamos de… “o Professor Pisca-Pisca“…
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Embora uma vez, quando fomos Campeões, apliquei-lhe uma “chave de cintura“, e chacoalhei-o como se fosse um iogurte da Prozis. E o homem lá sorriu enquanto eu lhe chamava “Ah, ganda Mil-Folhas, C*ralho!!!“.
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Curiosamente, uns anos depois, houve umas eleições, e o meu Pai que sempre se movimentou bem nos círculos eleitorais, escondeu-se atrás de uma espécie de biombo num comício, e durante os discursos do candidato, ele gritava “Mil-folhas tem que ir embora! Mil-Folhas é lampião!!!“. Por mas básico que possa soar, funcionou, e depressa a “populaça” ali reunida exclamava, “fora com os Lampiões!!!”
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Penso que nem o Xerife de Nottingham conseguiria meter o povo em tão bélico pé de guerra. Eu, sendo (na vida real) comedido e discreto, limitei-me a dizer “Mil-Folhas é paneleiro…e Lampião!!!” mas na realidade, não creio que o seja (embora, com o seu boné e camisa aos quadrados, se vista como se fosse o responsável por uma manifestação a favor da Reforma Agrária…), quem não acreditar, que pergunte à esposa dele, ou então… perguntem àquela psicóloga anãzinha que anda sempre com a “tromba” enrolada na “cauda” dele.
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Até vou mais longe, penso que nem David Cronenberg (ou George R. R. Martin) conseguiria conceber uma cumplicidade menos… “Católica“. E mais não adianto, porque senão, o DIAP ainda sofre um “burnout” com tantas “queixinhas”.
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Além disso, sempre achei o “Mil-Folhas” um chorão. Há uns anos, diziam-me que ele todos os dias telefonava à Secretária da Direcção a perguntar se já me tinham processado. Que Vulva (soa semelhante a Volvo, e consegue conduzir as mulheres à loucura…) mais frouxa ele me saiu, a fazer queixinhas de mim. Provavelmente foi bastardo, daí a dificuldade em interagir, ou em ter umas atitudes mais “à homem”.
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O processo não deu em nada, e ele até foi dispensado. Pelo que sei, ele percebe tanto de Futebol (propriamente dito) como eu percebo de andebol ou voleibol. Na realidade, apenas e somente sei, que a Matilde Saraiva (voleibol, ex-Sporting) nem num concurso da Miss Universo passaria despercebida… A moça é bem capaz de ser Venusiana, pelo menos, tem pinta de Vénus (ou poderosa Afrodite). “Dolorosamente bem-parecida” como diriam os marketeiros dos anos 90.
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(e pessoalmente, prefiro os “Shocking Blue” às “Bananarama“)
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Há uns tempos, estive para comprar um dos livros do Mil-Folhas, e descobri que cada um custava 50€, e (tal como os livros do… Vieira) nem sequer estavam disponíveis na Bertrand ou na FNAC. Quando já me preparava para estourar 50 palhaços num alfarrabista, eis que descobri o livro de borla num PDF na net.
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Não posso dizer que contenha equívocos técnicos (sim, o homem até sabe o que são ácidos tricarboxílicos), mas possui uma capacidade de expressividade escrita (muito, muito reiterativo) que pensei que estivesse somente ao alcance de um Rudolf Hess ou de um Martin Bormann… ou de uma J.K. Rowling, ou Susan Sontag. Ui, agora ficava aqui o dia todo…
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Mas… regressando ao Cristiano. Apesar de tudo o que escrevi anteriormente, suspeito que ele até possa estar muito necessitado do “input” e perspectiva de um Psicólogo (honesto e ético), até porque, o “rapaz” parece manifestamente incapaz de fazer qualquer “auto-foco“, embora, alguns possam dizer, que o problema dele, é precisamente estar já ego-centrado em demasia.
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Ronaldo é o primeiro a admitir que nunca teve uma conversa com o seu Pai, e que ele (o Pai) estava embriagado (o irmão de Ronaldo é um auto-assumido ex-toxicodependente, e presumo que não se estivesse a referir a Xanax, Valium, Alka-Seltzer, Aspegic ou Viagra…) todos os dias,e por essa razão, durante os seus anos formativos, Ronaldo terá presumivelmente tido como principais influências não um homem, mas sim 3 mulheres.
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E diga-se, na minha opinião, serão 3 mulheres que percebem tanto de Psico-Didactologia, como eu percebo de vida sexual das abelhas Tailandesas… Feministas radicais e ignorantes (isto não serão semióticas ou hiperbole?) discordariam de mim, mas eu não vejo como é que um homem pode ser criado por 3 influências femininas (e não estamos propriamente a falar de Maria João Rodrigues, de Ana Catarina Mendes, ou de Maria do Carmo Fonseca) sem assimilar alguns comportamentos emocionais típicos de mulheres.
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Neste caso, quando “falo” de um homem “efeminado“, não faço qualquer alusão a homossexualidade, mas parece haver alguma “mariquice” e extrema-petulância típica de um homem criado por mulheres, e que com alguma naturalidade, criou em seu redor um “ecossistema social” no qual se rodeou de “sicofantas” e “vassalos“.
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Devo escrever, que isso parece-me ser comum em pessoas abastadas que nasceram pobres. Penso vê-lo em Ronaldo, tal como o vejo em Floyd Mayweather Jr., eles nem sequer podem colocar um “post” no Instagram sem aparecerem os “criados” do costume a concordar com o chefinho. Nem “La Cage aux folles” conseguia ser tão disparatada.
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Pessoalmente, eu sempre achei que os elogios, as críticas construtivas, ou até a indiferença, todos os 3 podem ser ferramentas motivacionais, e por isso, nunca compreendi essas pessoas que só querem elogios e reagem mal a tudo o resto.
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Parece aquela banda desenhada, em que o Professor Pardal (noutra vida igualmente conhecido pela alcunha de… “Ronald Koeman“) inventou para o Tio Patinhas um telefone que só tocava quando as chamadas eram para lhe dar boas notícias.
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As críticas são como a concorrência, inicialmente, até podemos não gostar delas, ou até mesmo temê-las, mas com o passar do tempo, percebemos que elas nos ajudam a crescer como homens (mulheres) e profissionais.
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Eu, por minha parte, não gosto particularmente de ser criticado (para isso, já chega a minha própria exigência), mas também não gosto de elogios, pois eu tenho percepção suficiente para perceber o que está bem e o que está mal, e procuro “limar” e evoluir de semana para semana.
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Especialmente, não tenho tolerância por quem me critica por algo, mas quando faço (por acaso) exactamente o oposto, nunca me elogiam. As companhias negativas, pessimistas e derrotistas (“fúnebres” como eu lhes chamo) levam qualquer um à neurose.
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De qualquer forma, perseguir elogios, é uma “toca de coelho” sem fundo, e no fim, duvido que esteja o “País das Maravilhas” (com a devida vénia a Lewis Carroll).
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Tempos houve, em que nem sequer havia o conceito da megalomania, mas sim o de Transtorno de Personalidade Narcisista. Pessoalmente, eu acho que a palavra “narcisista” é um (de vários) vocábulos que têm uma excessiva má reputação.
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Eu sou narcisista, mas tenho noção de que ainda não atingi o meu “plafond“, mas tenho tempo para o fazer. Sinto que há alguma espécie de… “sensibilidade” que está próxima – mas para além da linha do meu horizonte mental – e que me irá tornar mais produtivo no sentido profissional e humano. Sinto a sua presença (e a sua necessidade), mas ainda não a consigo ver ou compreender a sua “fórmula”. Há algo de “simbiótico” nela, mas por enquanto, ainda estamos separados.
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Sempre tive a ideia de que há narcisismo são e narcisismo nocivo. Eu acho bastante saudável que uma pessoa goste de si própria, que goste do seu aspecto, da sua comunicação, da sua concepção mental, etc. O narcisismo e a vaidade podem (e devem) tornar-nos mais briosos. Não creio que a maioria dos Portugueses tenha suficiente orgulho no seu trabalho. E em parte, é aí que reside a nossa pequenez.
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Uma característica que sempre admirei nas mulheres (não necessariamente nas “modernas“) é a sua vaidade e a forma como são competitivas umas para com as outras. Eu acho bem que uma mulher (ou pessoa) seja vaidosa, pois é isso que a vai levar a alimentar-se melhor, a dormir mais, a fazer desporto, a ler livros, etc.
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Por alguma razão, a típica mulher dos anos 50, tinha menos 17 centímetros de cintura (e menos 15 quilos) do que as mulheres actuais, porque eram mais vaidosas, mais femininas e menos desmazeladas.
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É uma faceta (ou lado) feminina, que cada vez mais, nós homens modernos vamos assimilando das nossas Mães… Porra! Eu 5 metros à minha direita tenho uma estante cheia de cremes hidrantes, gel esfoliante (da “Clinique“, obviamente), pinças, “trimmers“, tesouras, deodorants, alicates, sabonetes para peles sensíveis, shampoos que cheiram melhor que uma mercearia para frutarianas (olá, Rita Pereira!) etc, etc, etc.
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Muitas destas questões, nem sequer se prendem com vaidade, mas sim com higiene, e isso não é feminino nem masculino, é apenas bom senso. Se foram as mulheres (particularmente Jane Austen) que o inventaram… então, ainda bem para elas.
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Eu acho que um homem deve engraxar os seus sapatos antes de ir dormir, deve fazer a cama após se levantar, deve lavar a banheira depois de tomar banho, deve ir ao barbeiro uma vez por mês. Nada disto é feminino, as pessoas (e não somente as mulheres) devem ter brio no seu aprumo e aparência, pois isso implica “auto-obediência” e estrutura. Valores “regimentais” cada vez mais raros na nossa sociedade pós 2004.
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E não é somente em questões estéticas. É certo que as mulheres tradicionais são menos audazes e menos corajosas, mas analisadas por outro prisma, isso quer dizer igualmente, que são mais avessas ao risco (davam boas correctoras de bolsa ou investigadoras do Infarmed…) mais cínicas (não admira que hajam tantas advogadas), calculistas, etc.
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Nós homens quando somos jovens somos muito confrontacionais, é triste quando vejo que há homens, que chegam aos 80 (e tais), e os seus discursos continuam a ser sobre “partir os cornos“, “têm que levar na tromba“, etc.
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De que vale ficarmos mais “experientes” se continuarmos “reféns” dessa hiper-masculinidade (genuína ou uma postura artificial…) cegamente bélica? Esses discursos moviam Comunistas em 1974, e movem Cheguistas em 2022. Eu sou como a Linda Evangelista, nem sequer saio da cama sem adequada motivação, muito menos por promessas de porrada.
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As mulheres do antigamente quando não gostavam de alguém, ficavam muito caladinhas (padrões comportamentais tipicamente Alentejanos…), quietinhas, observavam à distância, e ficavam a torcer para que essas pessoas se dessem muito, muito, muito mal, mas sem que elas tivessem que intervir.
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Quiçá, se calhar, até foi alguma mulher que inventou a estratégia político-militar do “Não-Intervencionismo“, tão popular até Dezembro de 1941. Pós-Guerra (a Segunda…) George F. Kennan inventou um meio-termo que era a estratégia de contenção, a qual funcionou bem durante 45 anos, com a excepção dalguns “fogos” ali para os lados da Indochina e América Central.
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Mas sim, as mulheres antigamente eram “espertas” (as modernas pensam que também são espertas, mas na realidade, são umas “feirantes saloias“), eram cínicas. Enquanto hoje em dia, esta “Geração Jerry Springer” e ansiosa por assimilar (os defeitos d)os homens, julga que se emancipará consoante mais drama e conflituosidade pública se envolver.
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Aliás, isso é algo que observo há muito, a forma como as mulheres dos últimos 30 anos gravitam na direcção do drama. Provavelmente, as cadeias de televisão contrataram algum Psicólogo-Estratega perito em “consumer-researcher” que lhes indicou que no inconsciente das mulheres havia um tremendo apetite por drama, intriga, maledicência, etc. Foi “garimpando” essas apetências subsconscientes que Joan Collins e Larry Hagman encheram os bolsos nos anos 80.
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E como resultado, foram inventadas as novelas, as revistas “Maria“, “Flash“, “Lux“, “Hola“, etc. Uma autêntica indústria “obcecada” com Grace Kelly e Diana de Gales, e que é alimentada pela bisbilhotice feminina há 70 anos.
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Sortudos os homens criados por mulheres nos anos 70 e 80, mas aqueles que o foram nos anos 90… coitados. Volta e meia, essas “bovinas” vão a correr para o Instagram para confrontar, antagonizar e maldizer.
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É a sua natureza (da sua “casta social”), sem dinheiro, estariam antes ocupadas a lavar escadas, a remexer terrinas de sopa, ou a varrer o chão de um cabeleireiro em Xabregas ou na Ramada.
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Há essas pessoas, que apesar de intelectos diminutos, se consideram mais sapientes que os demais. E são fáceis de identificar, pois são aquele tipo de cidadãs, que quando ouvem ou lêem algo que não colhe a sua aprovação, imediatamente consideram que é contra a lei, que é difamatória, racista, misógina, fascista, etc. Uma espécie de “PGRs ambulantes“, ou “Cidadãs Soberanas“, como lhes chamam na “Terra dos ‘Maricanos“.
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Como diria Ronald William Miller, “quem não sabe articular, prefere… rotular“, pois, realmente, é mais fácil usar palavras do que frases completas. Basta ouvirmos as líderes dos movimentos ambientalistas quando vão à Sky News gritar com os jornalistas. Como diria o Nelson Mandela, “não grites, melhora os teus argumentos…”
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Ora, há um conceito que é o da “autoridade intelectual“, e no entanto, essas “lavadeiras“, desprovidas de intelecção (ainda assim, aposto que ao contrário de mim, sabem servir-se de uma “Box” da MEO…), mas munidas de estupidez emocional, julgam-se capazes de opinar sobre uma miríade de temáticas. Como diziam antigamente os universitários ao Miguel Relvas… “tivesses estudado!!!“.
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Eu diria que o que separa as mulheres dos anos 60, das mulheres dos 2020s, é sobretudo uma questão de inteligência emocional, razão pela qual, as “antigas” sabiam ficar no seu cantinho caladas a observar, enquanto as de hoje, tentando (subconscientemente?) ser “másculas“, procuram incessantemente o confronto.
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Que emancipadas que elas devem estar, ao fim de 20 anos de “ventilar” o seu “analfabetismo” nas redes sociais. É o que dá, quando se aprende a escrever Português lendo as legendas de velhos episódios de “Roque Santeiro” e “A Rainha da Sucata“. “Sucata” é algo que não falta neste País, e não me estou propriamente a referir ao Ferro Velho da Tapada da Ajuda.
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Eu já ouvi dizer, que as pessoas que vão à faculdade levam uma “lavagem cerebral” e ficam liberais, enquanto as que não querem estudar, ficam conservadoras. Pessoalmente, não concordo com isso, ou com qualquer “arauto da Sociologia” que assim postule.
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Mas é verdade, que conheço uma família de ex-barraqueiros, que parecem ter os “tiques” todos do Neo-Conservadorismo. Apoiam Bolsonaro, vão à igreja (pelo menos, nos documentários, assim o dão a entender), fraternizam com ícones do conservantismo (como Jordan Peterson e Piers Morgan), etc.
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Bom, há quem diga que quem tenha (muito)dinheiro tem necessariamente que ser conservador. Não sei porquê, eu não sou Bilionário (mas sou uma “rica pessoa”), e sou conservador numas questões, e liberal noutras. Eu até no programa eleitoral do PNR (Partido Nacional Renovador) nas legislativas de 2015 consegui descobrir propostas interessantes para recuperar a infraestrutura.
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Sim, porque eu critico aquilo que leio ou quem conheço pessoalmente, e não vou atrás das opiniões de multidões. Multidões são para os cobardes e para os “carneiros“, e eu não como carnes vermelhas há 15 anos.
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E não tenho qualquer interesse no populismo barato ou no pseudo–intelectualismo com que me deparo nas “extremidades” do espectro político. Entre o “Estalinismo-Light” e o “Fascismo Dietético“, só peço a DEUS que me dê pelo menos duas balas e um revólver funcional.
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Acrescento, que acho curioso, como Chicão (um “rapaz” extremamente cómico) e “Acácio Ventura” (um indivíduo com pinta de um malsucedido “advogado de província“) antes de irem votar, ambos dizem… “acabo de chegar da Igreja“. Será??? Eu vou à Igreja (bom, tecnicamente, é uma Capela) de tempos a tempos, raramente para pedir, mais para agradecer e meditar.
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Sobretudo, peço saúde e tenacidade para a minha família e para mim. Mas faz-me alguma confusão estes Ronaldos, Chicões e “Acácios”, que são filmados em igrejas para documentários e campanhas eleitorais. Instrumentalizar a religião como capital político ou de marketing, seria algo muito sórdido.
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Enquanto Católico Romano, estou igualmente familiarizado com o conceito de blasfémias, de invocar o nome de DEUS em vão ou por trivialidades. Considero obsceno, quando umas “lavadeiras“, sistematicamente, quando algum “infortúnio” ocorre ao irmão, dizem logo que “DEUS não dorme“. Sim, com crentes assim, dificilmente o “homem” será narcoléptico….
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Como se DEUS fosse o “anjo vingador” pessoal e privado daquele clã… Sinceramente, são este tipo de “saloias” que fazem as ateias ou agnósticas pensar que os Católicos são todos uma cambulhada de zelotas fanáticos que perseguem comunistas e maricas com foices, forcas e alcatrão e penas. Que eu saiba, até há várias lésbicas Católicas.
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Epá, deixem-se dessas generalizações (a “Mãe de todas as presunções“), até porque, depois o Cavaquismo nos anos 80, bem que precisamos do alcatrão para as nossas auto-estradas… A malta ainda pergunta pelo que aconteceu ao “Ouro do Salazar“, eu pergunto é pelo que aconteceu ao dinheiro da CEE…
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Quando se fala de questões de masculinidade, muita gente pensa em músculos, altura, ombros largos, vozes grossas, hirsutismo, predicados sexuais, etc. Mas na realidade, a diferença entre um rapaz(ola) e um homem, é sobretudo uma questão mental.
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Um homem acima de tudo deve ser sereno, ponderado e responsável. Pessoalmente, considero toda esta “cultura” de vitimização uma “perturbação colectiva” profundamente feminina e muito pouco enobrecedora. E quando os homens se fazem publicamente de vítimas, não sinto qualquer empatia e respeito por quem se sujeita a essas tristes figuras.
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Popularidade via vitimização é uma tendência que não nos aporta qualquer nobreza de carácter ou espírito, e revela ainda uma auto-subordinação ao ego. A fama deve ser conseguida através de talento, e não através do meretrício da nossa dignidade(…).
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Ronaldo diz que não tem psicólogo, nem precisa de um, mas os seus comportamentos na minha opinião, assemelham-se às “birras“, amuos, beicinhos, queixinhas, lamentos, vitimizações, “paranoias“, “manias da perseguição“, etc. de um adolescente mimado.
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As enciclopédias que tenho ali (noutra estante), indicam que Megalomania é um transtorno de ordem psicológica em que o afectado tem ilusões quanto à sua relevância (social? Desportiva?). É caracterizado por uma auto-estima exagerada nas suas capacidades, etc.
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Atendendo, a que as “lavadeiras” por vezes, se referem ao irmão como “o Rei“, ou a forma como o incluem em clamores por intervenções divinas, por vezes, diria que o CRISTIAN(ism)O, mas parece um culto messiânico de personalidade, em que o “Rei” não pode ser criticado.
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É tipicamente Português, que quando alguém critica, isso é sinal de inveja. Que argumentação tão calinas e inimaginativa… Bom, só faço votos de que o Dr. Egas Moniz nunca tenha criticado nenhum médico da Clínica Geral no Hospital de São José.
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Espero que José Saramago nunca tenha questionado os editoriais que todos podemos ler (com dificuldade…) naquele diário desportivo que bate RECORD(es) de inexatidões.
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E claro, por essa gente avessa à crítica, o comum crítico de cinema nunca poderia criticar Steven Spielberg, por défice de “autoridade intelectiva“. Eu pouco (um exagero) percebo de cinema, mas sei que os Beatles fizeram alguns filmes horríveis…
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Sim, neste País, ninguém pode criticar. Senão, lá vem o(s) orgulho(s) do ensino oficial para o Twitter com 1001 rótulos. E DEUS nos livre de criticar pessoas obesas, senão, levamos logo com as acusações de “body shaming” e a necessidade “body Positivity“.
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Essa cambada é toda igual, nenhum dele(a)s consegue debater ou argumentar, só sabem tentar “cancelar” aqueles que não têm medo de se expressar individualmente em divergência dos “rebanhos”. O Estalinismo muito à esquerda, ainda acaba por se tornar vizinho do Hitlerismo…
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Se tivessem estudado, saberiam que excesso de peso é um factor de risco para a saúde, e que todos nós (perdão, aqueles que têm empregos, e não os Marxistas Eco-Terroristas que não há maneira de ficarem na sala de aula enquanto os Encarregados de Educação lhes pagam as propinas) é que suportamos o Serviço Nacional de Saúde.
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Obesidade, irá levá-los a Diabetes Tipo II, a hérnias (que médicos com bases no ensino oficial irão confundir com Gânglios Linfáticos inchados…), pressão arterial elevada, dificuldades em engravidar, arritmias, problemas de auto-estima, tendência suicidas, tabagismo, patologias nefróticas, inflamações da Vesícula biliar, problemas pós-operatórios, varicosidade excessiva, etc, etc, etc.
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Mas o importante, é as activistas que se baldaram no dia dos Testes Psicotécnicos continuarem a rotular tudo de “bullying” e de “fascismo“, enquanto deglutem mais uma embalagem da “Pans & Company” trazida pela UberEats. E se ficarem bem gordas, quem sabe, talvez até sejam chamadas à Selecção Sub-17… pois por lá, já lá vi com cada “mamífera“.
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Ronaldo, seguramente não se vê como um “megalomaníaco” (nas suas engenharias mentais, até os “vilões” se julgam os heróis de qualquer enredo. Veja-se “Paraíso Perdido” de John Milton, onde Satanás era de longe a figura mais carismática), e possivelmente, pensará mais em si, como um… “Megalómem“, se me perdoam o neologismo, mas eu ouvi esta palavra na RTP 2 em 1982, e nunca mais me esqueci dela.
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Até me lembro, de que estava sentado à beirinha do sofá, a saltitar muito entusiasmado enquanto via o programa (sobre… “Astronomia“). Claro, isso foi antes do advento da SIC (e outros) em 1992, em que o conteúdo televisivo foi progressivamente ficando mais “aguado” (ou… siliconizado”) em termos educacionais, de modo a “fidelizar” os estratos cerebrais mais baixos através de “Big Brothers“, de “Big Show SICs“, e claro, os jogos do Sport Lisboa e Benfica.
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Se Cristiano Ronaldo está acabado? Não creio, penso que apenas se encontra numa conjectura infeliz.
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Quando o grande Paolo Maldini tinha um mau jogo quando tinha 29 anos de idade, as pessoas diziam que ele estava fora de forma. Mas quando Maldini tinha 39 anos e jogava mal em 2 jogos seguidos, era porque já estava velho. Por esta lógica, então atletas depois dos 35 aparentemente não sofrem de abaixamentos de forma.
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Eu sempre fui da opinião que o apogeu de um atleta masculino é aos 28, e que o das mulheres é aos 23 (e sim, 100% das mulheres que trabalham no Futebol discordam de mim). Acredito que em condições óptimas (alimentação, repouso, etc) um atleta masculino consiga manter esse nível entre os 28 e 32, mas depois, com naturalidade, a explosividade, força, impulso vertical, energia, tudo começará a baixar.
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Coincidência ou não, mas eu previ o auge aos 28, e o auge estatístico de produtividade de Ronaldo foi em 2013, quando tinha… 28 anos.
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O nosso pico de produção de testosterona é logo aos 19, e depois dos 35 começa a descer de forma semi-perceptível. Isso é menos “palpável” em futebolistas que “vivem” da sua qualidade técnica (como Messi) e menos de virtudes atléticas. Veja-se como o hiper-atlético Roy Jones Jr caiu vertiginosamente aos 35, enquanto um Tecnicista como Floyd Mayweather Jr com 38 anos ainda “residia” num estrato competitivo particularmente alto.
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Obviamente, que Ronaldo não é nenhuma “divindade” (apesar do “evangelho” pregado pelas “vigárias” que são suas irmãs), e aos 37 não é fisicamente o que era aos 28. A energia e resistência para pressionar já não estão lá. E mesmo quando vislumbra uma “nesga”, por mais que o seu cérebro diga aos seus Quadríceps e Gastrocnémios para “explodir“, a realidade, é que eles já não reagem como em 2013. A somar a toda essa decrepitude, a extremamente insensata decisão de falhar a pré-época só o veio prejudicar.
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Ronaldo precisa de jogar para ganhar confiança, marcar golos, ganhar ritmo, etc. O “problema” é que sem confiança, sem cargas de treino de prétemporada, e com a natural desconfiança quanto à sua idade, tudo isso conspira para que renda menos, e consequentemente, tenha menos oportunidades.
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Se eu penso que em 2023/24, Ronaldo com uma boa pré-época e um treinador que confie nele (e Ronaldo também tem que ter outra atitude mais madura para gerar essa confiança mútua), se eu acredito que Ronaldo possa fazer recuar os relógios até 2021? Eu penso que sim.
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O problema, na minha óptica de leigo, é que a Megalomania que o leva (a ele e às irmãs dele) a pensar que ele tem razão, e que o resto do Mundo está errado, a sua tendência “emocionalmente estúpida” para exteriorizar tudo isso publicamente.
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A estúpidez não é, nunca foi, nem nunca será uma estratégia de comunicação…. no máximo será “ruído” (sintomático de um síndrome ansioso), e não mais do que isso.
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Dali tem jorrado uma comunicabilidade “efluente” que apenas está a intoxicar o ambiente laboral, e ironicamente, só o vai prejudicar mais ainda ao antagonizar pessoas das quais ele na realidade precisa. Isto é uma carência comum para os jovens (e já não tão jovens…) que nunca aprenderam a trabalhar em equipa, fosse no Futebol, na Escola, na Tropa, etc. Estou à vontade, pois sou (sempre fui) um desses.
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John Donne em tempos escreveu, “Nenhum homem é uma ilha, todos os homens fazem parte de um Continente“. O problema, é que Ronaldo (ainda)não percebeu isso, julgar-se-à acima dessas necessidades terrenas comuns aos meros mortais. E pela sua imaturidade, não aceita que faz parte de um esforço de equipa, que necessita de relações interpessoais sãs, que não é nenhum super-homem que pode dizer e fazer o que lhe apetece sem inquinar tudo à sua volta. Ninguém no presente (ou no futuro) quer/quererá trabalhar com alguém assim.
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Toda essa “arrogância“, “megalomania“, “paranoia“, insensibilidade à crítica, etc apenas o tem tornado “antissocial”. Gary Neville atreveu-se a criticá-lo, e como resultado, Ronaldo deixou de lhe falar, numa atitude à “Rapazola”
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Quase parecendo uma Princesa mimada pelo Papá, que se mentalizou de que todos os homens a têm que tratar como se fosse uma “Princesinha“, tenha ela 16 ou 56 anos.
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Não é uma engenharia mental que a maioria de nós cristalize, caso queiramos estar bem integrados na sociedade, sejamos nós bilionários ou não. Ninguém é uma ilha, nem mesmo “macrómanos Madeirenses“.
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Eu há muito que prevejo um triste desfecho para Ronaldo, mas não necessariamente desportivo. Embora, após ele sair do Real Madrid em 2018 (por questões que eu considerei serem sobretudo de ego, e quando o Real ainda tinha a base de uma equipa para lutar pela Champions por um ciclo de mais 3 a 5 anos) considerei-a uma decisão extremamente estúpida.
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Dizem os médicos que Ronaldo devora Estudos Médicos e Científicos para estar a par das novidades, mas eu não o vejo a tomar decisões que revelem inteligência.
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Para mim, sempre vi a sua “entourage” como um grande problema. Sempre achei que o homem mais famoso do Mundo (e com todas as possibilidades de monetização que isso permite) devia rodear-se de gente mais competente e mais “sóbria“. Alguns, mais parecem aspirantes à pseudo-celebridade conferida pelos “reality shows“.
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O seu empresário, quando o ouço “palear”, parece um vendedor de carros usados com os modos de um saloio dotado de grande “parolagem”. Não me surpreenderia se um dia for revelado como um vigarista, eu não o queria comigo. Há outras opções mais discretas no mercado.
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Já os “posts” que surgem nas redes sociais, duvido que seja Ronaldo a escrevê-los. O seu Inglês falado já é tão deficiente (após 20 anos de viver no estrangeiro) que nem quero imaginar o escrito. Suponho que seja o seu assessor (aquele que na língua de Shakespeare soa tal e qual como o Pelé…) a fazê-lo. O que é preocupante, atendo a que nesses posts, até confundem preposições com advérbios. Que gente tão competente…. A sua “fidelidade canídea” leva-me a crer, que se mantêm por ali, sobretudo, por uma questão de sicofantismo.
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Eu pessoalmente, sempre fui um grande admirador de Ronaldo enquanto atleta (e até certo ponto, como Futebolista), mas como homem – sem quaisquer pretensões de elitismo – não me revejo. Ronaldo (mas sobretudo, as suas irmãs) comportam-se como “nouveau riche“, pessoas que não nasceram com dinheiro, e por essa razão, não sabem como lidar com a riqueza quando a obtêm.
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A ideia de eu me esconder atrás da minha Mãe, Irmã, Pai ou qualquer outra pessoa (que não fosse a minha advogada) é impensável. É cobarde e “emasculante“, nenhum “Chefe de Família” se pode esconder atrás de outros, ainda para mais, atrás de mulheres. Eu não quero pensar nem falar como uma mulher de 80 anos, nem quero ter nenhuma a falar por mim. Cogito, ergo sum!
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Sendo que o “reflexo” mais comum dos “novos ricos“, é de uma enorme clivagem para a ostentação. De quererem mostrar as casas (pessoalmente, adoro a arquitectura de “La Finca“), os bólides (para mim, os carros servem para me levar ao supermercado ou ao médico quando está a chover, de resto, vou a todo o lado a pé), etc.
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Todo aquele “narcisismo financeiro” revela uma tremenda falta de berço, de classe. Em vez de Lamborghinis, ele que se vá inscrever no Cambridge ou Wall Street Institute que ficam a escassas centenas de metros do quartel-general da Gestifute aqui na Expo.
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Eu entendo que Ronaldo (ou em menor escala, uma Carolina Patrocínio) pode ser uma influência tremendamente positiva para os jovens, sobre os benefícios da nutrição, higiene de sono, atitude mental positiva, ambição, auto-estima forte, ética de trabalho, etc…
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…Mas quando um homem de 37 anos se começa a comportar como um “rapazola” na presença dos seus “biltres“, a ideia que transmite à juventude, é de que as birras, o descontrole emocional, a petulância, que tudo isso é aceitável num homem adulto.
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Mas não é, ser um homem implica controle e domínio das emoções, sobre o álcool, tabaco, impulsividade, promiscuidade, a gula, etc. Sem controle e disciplina ninguém vai a lado nenhum, nem Ronaldo teria subido a pulso entre 2002 e 2018.
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Inclusive, era bom que todos os jovens quisessem ser “Ronaldos” em questões de ambição e trabalho. Pois Portugal aclamaria com muito gosto os “Ronaldos” da arquitectura, da literatura, da engenharia, da Cirurgia Vascular (já existe, é o Professor Doutor Luís Mendes Pedro do Instituto Cardiovascular de Lisboa, e que é o meu médico. O homem tem diplomas que cheguem para forrar as paredes do Palácio de São Bento). Esta ideia de que uma pessoa só pode ser reconhecida pelos seus dotes desportivos é muito “estreita“.
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O que me preocupa na juventude, é que a maioria não parece “vidrada” naquilo que permitiu a Ronaldo ser grande, mas sim no resultado de tudo isso. Para eles, não lhes fascina o trabalho, dedicação, disciplina e uma vida estruturada), para eles, o que reluz é o dinheiro, e sobretudo a fama.
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Esta fixação dos jovens com a fama é o resultado natural de 20 anos de “poluição intelectual” propiciada por “reality shows” que só serviram para glorificar gente medíocre e ignorante. Pois nesta vida, somente uma coisa interessa, a capacidade para criar, para erguer, para construir algo do zero, para deixar algo de legado, seja uma vacina, uma técnica de desobstrução das vias aéreas, uma ponte, um livro, etc, etc, etc.
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Fama e reconhecimento social é o resultado natural do trabalho desenvolvido ao longo de anos e anos, e o mesmo só é possível com talento, e não com inveja.
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Quanto a Ronaldo alegar que o Clube devia ter tido mais consideração para com ele após o falecimento e doenças dos seus bebés. Espero muito sinceramente, que isso venha do coração, pois se porventura, se estivesse a “escudar” atrás da instrumentalização comunicativa da morte de um bebé, isso seria do mais ordinário possível, e somente germinado pela mente do pior Relações Públicas à face do terceiro planeta contar do sol. Nem mesmo o saudoso Lee Atwater seria capaz de algo tão desprezível.
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Ronaldo falhou um jogo a 13 de Novembro pelo Clube alegando estar doente, mas menos de 24 horas depois, tinha recuperado a saúde e vitalidade para treinar pela Selecção no Jamor. E depois, ele diz que fica ofendido quando os dirigentes do Clube têm suspeições quanto à sua honestidade…
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Eu tenho sorte, pois sempre gostei de mim, do meu aspecto, da minha retórica, do meu individualismo e intelectividade. Mas vejo que em meu redor, há muitos jovens submissos, pessoas que não gostam de si, e por essa razão, preferem “viver vicariamente” através de outros, através de ídolos.
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Eu também tenho/tive ídolos, mas não gosto de ninguém neste planeta mais do que gosto de mim próprio. Até porque, se não gostasse, já me teria metamorfoseado (e eis a referência Kafkiana da semana…) para um aspecto ou expressividade mais do meu agrado.
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É patético ver jovens que criam perfis nas redes sociais e em vez de fotos suas ou os seus nomes, preferem antes fazer de contas que são Cristiano Ronaldo ou Kim Kardashian (que pavor…) É revelador de uma tremenda falta de amor próprio e a ausência de uma personalidade forte. Quase diria ser doentio esses jovens que metem fotos na net em que se tentam vestir e pentear como Ronaldo, é um comportamento muito “femme” e subserviente.
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Acredito inclusive, que esses jovens que sonham que são outras pessoas (que não conhecem de parte alguma) são por natureza submissos a cultos de personalidade (no Sporting já tivemos um com um “trambolho” com voz de bagaceiro, mas que vivia rodeado de uns jovens muito entusiastas que o idoltravam, apesar do homem escrever “umbigo” com “H“, ,e outras “idiossincrasias gramaticais” típicas de Doutorados em…. sabe-se lá o quê. Em “vigarices”…) são jovens impressionáveis (pela fama) que manifestam uma personalidade extremamente submissa, e mais do que provavelmente, indicativa de uma homossexualidade latente.
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Não tenho a mais pequena dúvida, de que muitos jovens admiradores de Ronaldo e de um ex-Presidente do Sporting são “rapazes confusos” que ainda não deram conta da sua homossexualidade e da fixação homo-erótica que têm para com os seus ídolos (um dos quais, parece o “João Bafo de Onça“…).
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E não há nada de errado em serem “invertidos sexuais” (ou latentes na sua aceitação), mas nunca deixa de me surpreender, como esses rapazinhos. quando exaltados, “ventaneiam” quase sempre um discurso homofóbico odioso e particularmente agressivo e venenoso. Quase tão caricato como aqueles judeus que sofrem de esquizofrenia paranóide até se tornarem… anti-semitas.
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Saúde mental é um assunto sério, mesmo para os Bilionários. Mas o mais importante para se conseguir ajuda, é aceitarem e assumirem que têm problemas, e essa admissão, é imensamente difícil quando se vive arredado da realidade, e rodeado de pessoas que lhes dizem somente aquilo que elas querem ouvir.
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Desde cedo percebi, que o homem é uma criatura que não altera radicalmente a sua natureza, sobretudo, se for bastante autónomo (financeiramente). Na sua essência, os homens ainda são primatas agressivos – ignorantes, de consciências sub-desenvolvidas e pouco inclusivas , intolerantes, compreensivas ou fraternas – apenas superficialmente são humanos.
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São seres que contam com a indulgência paternal dos “seres superiores” mas cuja dependência dessas doutrinas lhes rouba de méritos próprios na evolução do seu humanismo e beatitude. A sua percepção da natureza finita da vida torna-os apressados na sua ambição, por vezes sacrificando-lhes o carácter, ética e moralidade.
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E por isso, perscrutando o seu passado, conseguimos antever os seus comportamentos futuros. Quem ontem destratou o seu Clube e dirigentes, algures no futuro, irá fazer precisamente o mesmo à sua Selecção e dirigentes.
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Que se preparem, pois é muito provável que venham a ser “rasgados” na primeira vez em que tiverem a audácia de tentarem disciplinar essa “Alteza” com um simples “não!“. O ser ególatra estará sempre preparado para sacrificar tudo e todos (sem excepção) à sua volta para se auto-preservar, a si e à sua fatuidade.
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Temo que um dia, irá haver uma remodelação, possivelmente após um momento de epifania ou clarividência. E depois, se calhar, alguns dos ex-colaboradores irão ser processados por fraude, desvio de fundos, abuso de confiança, etc. É uma estória tão antiga como as areias do tempo…
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Parque das Nações,
Segunda-Feira, 14 de Novembro e 2022.
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Texto: Santiago Gregório Fuentes,
Imagem: Todos os Direitos Reservados.
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