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Querida Mestra Zsuzsanna,
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É com considerável jucundidade que componho estas linhas a uma das poucas (pouquíssimas) “uberfrau” da modalidade.
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Escrever… escrever é no fundo uma forma de exibicionismo. E tal como o outro… “género” de exibicionismo, também este nos poderá levar para dentro de uma cela de cadeia.
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Como diria o poeta (ou seria um político ex-poeta? Um “Alegre” qualquer?), “ninguém sabe a hora nem a maré“, neste caso, da… pont-ualidade do “insuflamento venoso”, aquele com que as deidades e sirenas (ou Soraias) nos infundem com os seus ardis hiper-femininos.
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Optei por não escrever a… “hora de ponta“, pois isso já soaria “fálico” em demasia. E a sua natureza “pontiaguda” e de “castelo-de-proa” em “champignon” poderia desfeitear a brandura de alguma… “Incapaz” numa selvática noite estival.
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Maiormente, poderá ser-nos prejudicial, se não condimentar-mos essas escreveduras com advérbios, proposições e calemburgos suficientes que nos permitam futuramente uma “negação plausível“, em que a “culpa” residiria somente no défice de compreensão de quem nos leu de forma apressada e paranóica…
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Infelizmente, todos eles (e elas) já sabem a morada do DIAP. Quando na realidade, alguns (pouquíssimos) deviam antes familiarizar-se com a Clínica de Metadona de Matosinhos.
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Eu recordo-me de quando a Sofia bateu Korchnoi há 20 anos, e o Mestre respondeu-lhe (e bem), “minha querida, esta foi a primeira e última vez que me ganhaste na tua vida. Nunca me voltarás a ganhar, lamento-o imenso!“. Claro, o Grão-mestre já tinha 71 anos (e sempre fumou que nem uma chaminé das fábricas da Sorefame), enquanto Sofia contava então com apenas 26 primaveras.
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Sei bem como o Petersburguês (Lenine já caiu em desgraça há muito…) se sentiu, pois eu quando há 9 anos estive 3 meses em casa em convalescença da minha Trombose da Veia Cava Inferior (as enfermeiras eram feias e a comida era tão má, que eu até pensei que tinha vindo directamente do refeitório da Carregueira…), joguei 50 jogos contra a minha Mãe, e para minha permanente vergonha e dessacração do meu avultado ego (imagine o Hindenburg ou o Graf Zeppelin…), só consegui ganhar 48 desses 50 jogos contra a minha progenitora.
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Há uns anos, sonhei que jogava ao mesmo tempo contra a Dra Maria João Rodrigues e a Dra Teresa Paiva, e só ganhei 99 jogos em 100. Foi horrível, mal acordei, até tive que ir à rua comprar um pacote de M&M’s de amendoim para “arrebitar”, pois o abalo psíquico foi de tal ordem, que aquilo com quiche de soja ou empadão de Tofu seguramente não teria ido parar ao sítio… Não, não! Comigo, para me “vivificar”, tem que ser algo com uma “pegada carbónica” e que seja “camarada” do LDL (assim uma espécie de “Banco Mau” para o Colesterol…)
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De qualquer forma, desde então já consumi tanta Vitamina K, Luteína, Potássio, Magnésio e Betacaroteno, que hoje em dia duvido que qualquer uma me pudesse ganhar, excepto talvez a minha irmã, a Rita Jorge, a Dra Ana Catarina Mendes e a esposa do António Horta Osório.
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E quando a “MARXão” quiser (que tal a 8 de Março?), podemos fazer uma corrida da biblioteca do Colégio São João de Brito até à biblioteca da Universidade Católica Portuguesa. Se eu perder, pactuarei em escrever… “Quidditch” (como diria Marlon Brando, “o horror… o horror…“) no quadro negro 500 vezes. Mas quando (e não se”) a “Tovarish” MARXão perder, ela terá que ir ao comício dos “Bloqueiros” ler em voz alta (umas 500 vezes) o capítulo 18 do livro de Levítico do Antigo Testamento.
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Zsuzsanna, Segunda-Feira última não foi um bom dia,
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OS PICARETAS DO CENJOR:
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Eu ainda estava de (irrisória) ressaca relativamente ao “débâcle” daquela cambada de “paneleiros” (mais informo os Departamentos Jurídicos, que me reporto apenas e tão somente àqueles indivíduos que vendem ou fabricam utensílios de culinária…) o jogo em Arouca, e tinha trabalhado 8 horas seguidas entre as 08:00 e as 16.00 (só parei para beber um copo de 500 mls de leite proteíco de chocolate para me poder medicar com o Ácido Fusídico do meio-dia).
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Estava eu um tanto ou quanto adinâmico quando me deitei na cama ao lado da ventoinha e tentei abstrair-me dos 7000 vocábulos que tinha estado a “despejar”. Comecei a “desabrolhar” as notícias num jornal online conhecido pela sua pronunciada “superpopulação” de “picaretas“.
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Antigamente, quando uma pessoa seguia pela via do jornalismo desportivo, perguntavam-lhes se sabiam escrever bem… ou se sabiam de desporto. Eu em toda a minha honestidade (quando a mesma me é conveniente ou conivente), só posso presumir que os “picaretas” actuais devem escrever melhor do que Charles Baudelaire e Molière juntos. Especulo dessa forma, porque é… “tétrico”, o quão pouco parecem perceber de desporto ou ter concepção da sua história.
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Em 2009, visitei um jornal, e perguntei a uma moça sobre um jogador Francês. E ela respondeu-me que o trabalho dela passava por acompanhar o dia a dia do Sport Lisboa e Benfica, e que por isso, ela percebia era de…. BENFICA, e não de desporto propriamente dito.
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….era essa a sua cultura (em sua defesa, devo dizer que ela devorava livros de Soren Kierkegaard, enquanto eu ficava repimpado na bancada de imprensa a ler “Trópico de Câncer“, a “galar” as colaboradoras do MaisFutebol, e “à coca” pela namorada do Miguel Ángel Angulo). Sim, essa jornalista não percebia necessariamente de Futebol…
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Sim, parece de facto haver uma “treva escarlatina” que tudo encobre no limiar da cidade jornalística Lisboeta. Eu ainda há uns tempos no El Corte Inglês, pedi ajuda a um funcionário tratando-o por “o Senhor“, imediatamente, ele começou a tratar-me por “mano” e a dizer-me que eu lhe iria pagar umas panquecas(…). Francamente, até pensei que ele era um daqueles Lampiões de Abrantes.
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Obviamente, executei um “Roque Menor” (haveria metáfora mais ajustada a esta prosa?) retorquindo com um “você é benfiquista, não é???“, e acertei logo na “mouche“. Se a Zsuzsanna me permite parafrasear um velho provérbio Russo… “A capitania do Porto topa sempre um «faineiro» à distância…”
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Conhecendo essa “maltinha” (“jornalistas”) como conheço, provavelmente já o CNID as agraciou por excelência no periodismo. Se o CNID alguma vez me tentar “premiar”, eu terei que lhes dizer que nesse dia estarei muito ocupado, ou a mastigar pastilha elástica ou a… rearranjar a minha gaveta de peúgas de lã escocesa…
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Elogios de certas pessoas dispenso eu bem, sobretudo, se forem ex-Secretários Técnicos (os tais que eram os… “delfinos” do “Mil-Folhas“…) de Alcochete que tenham sobrancelhas idênticas às de Montgomery Clift ou de Pedro Couceiro. A sério, penso que até em Trás-os-Montes ou na massa adepta Vitoriana já há quem saiba fazer “tweezing“.
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Mil perdões pela referência Vidalesca, pois o velho Gore mesmo 10 anos depois de morto ainda escreveria melhor do que qualquer “Mil-Folhas” ou seus delfinos, delfins ou dauphins. Delfins, só se forem aqueles que metiam a Helen Jabour nos seus vídeos. Os outros que arregacem as mangas e vão procurar emprego no Zoo Marine, no Comité Olímpico Português, ou na FPF (consta, consta…)
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Eu ouço linguistas afirmar regularmente que em 200 anos, o nosso dialecto terá de tal forma sido pervasivamente adulterado pela tendência dos jovens e músicos (“ué, galera!!!!“) em “falar” de forma Abrasileirada ou aCastelhanizada, que ninguém saberá expressar-se num Português Europeu correcto.
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Ou pior, talvez o façam num “Lusitânico” “aMarchonizado“, com uma inacabável sucessão de “Yas” (ainda se fossem hospedeiras de bordo naturais de Estocolmo e com nomes como “Inga” ou “Annika Marie“…), “Manos” e “Bués“.
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DEUS proteja a nossa juventude de “intelectuais públicas” assim. Quando eu andava na escola há mais de 40 anos, o primeiro aluno que falasse com uma abreviação levava logo uma reguada na mão, e por vezes, não era com réguas, era mesmo com paus.
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Quando no “Jornal dos Picaretas” (aquele que bate… RECORD(es) de gafes) li que nem sequer conseguiam escrever correctamente o nome de um dos desportistas mais populares dos anos 70 e 80, pensei que por ali, o “status quo” de exiguidade e “accountability” se ia mantendo.
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Naquela redacção, “détente” só quando os Editores e Directores começarem a ler o que produzem os seus “fâmulos”, que costumeiramente confundem laterais com centrais, defesas com médios e extremos com avançados–centro. Verdade seja escrita, também houve quem tivesse confundido a Fontemanha com a Lucy Bronze ou Giulia Gwinn. Para mim, a “Manhas“, é boa, é para dar uso à “Leg Press” no ginásio de Alcochete.
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Enquanto os galifões RECORDianos não quiserem saber, não se registará ali qualquer “glasnost“, “perestroika” ou uma “Realpolitik” redatorial. Quando me constou que esses “picaretas” recebem prémios por excelência no ofício, até fico a rapsodizar… “por que razão homenageiam aquela gente? Não terão candidatos que ao menos sejam seres humanos?”
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Nos RECORDistas das atrapalhações e “mancadas” li que Anatoly estava num coma induzido após sofrer uma lesão craniocerebral. Felizmente, passei pelo Twitter da primogética do Clã Polgár e fui informado através de uma fonte fiável (aparentemente, na Rússia e/ou Hungria já não há tantos “picaretas”) de que “Tolya” estaria bem, e a esperança era uma de uma recuperação total. Antes desta semana, passarei pela capela antes das 16:00 para orar pela sua recuperação, pois ele é o único ídolo que alguma vez tive no desporto.
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Já mais abonançado do meu sobressalto e atormentamento, elegi ir à rua andar a pé para desanuviar, e fui comprar 1600 gramas de sopa de nabiças, até porque, não podemos descurar a importância do antioxidante Sulforafano que “habita” nos vegetais crucíferos, e é de extrema importância na protecção das nossas funções cognitivas contra a eventual chegada da insidiosa demência que parece sobretudo afectar os homens a partir dos 70.
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Há uns meses vi “Closing Gambit“, e há muito que vasculho a net por “Chempion Mira“. Relativamente ao documentário, devo dizer que a lenda em redor desse Mundial de 1978 foi o “gatilho”(psico-gastronómico) que despoletou o meu interesse e apetite por iogurtes de mirtilo.
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MAIOR QUE RONALDO VS MESSI:
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Inesquecível foi o Mundial de 1984, um confronto que a BBC baptizou de “Combate Mortal Intelectual“. Falou-se que perto do controverso final, Tolya teria sofrido um esgostamento mental. Bem sei o que isso é, pois em tempos, já fui a palestras da “Deputada Jorge” e da “Dra Jones“, e qual das duas a mais fastidiosa e repetitiva? Venha Belzebu e (que)leve as duas.
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Já Anatoly (que estava a vencer 5-3 no momento do adiamento, tendo chegado aos 4-0 após apenas 9 jogos, quando Garry “reagiu” e empatou 17 jogos consecutivos) alegou que não houve qualquer esgotamento, e que se tivesse conseguido vencer por 6-0, Garry jamais teria recuperado psicológicamente dessa aniquilação e nunca se teria tornado o Mestre que hoje em dia todos reconhecem.
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Penso ser consensual que a maioria dos historiadores coloca Garry acima de Anatoly, mas os seus duelos foram míticos, acima inclusive de Magic Vs Bird ou Ronaldo Vs Messi. Entre 1984 e 1990 em 168 jogos, empataram 119 vezes, Garry ganhou 28 e Anatoly 21.
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Incrível, lendário! Não se via algo tão renhido desde Joan Crawford vs Bette Davis entre 1933 e 1977. Nem mesmo o “Cabo Austríaco” e “Koba” se zangaram tanto por causa dum “Corredor Polaco”…
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Sabe… quando uma pessoa chama (o que eu faço/penso constantemente) outra de “estúpida“, não só a está a insultar ou a qualificar (ou quantificar), mas creio ser lógico assumir, que ao fazê-lo, fá-lo da sua perspectiva/relatividade, e revela que na sua opinião, se considera “superior“.
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Aplicando essa mesma lógica ao jornalismo… quando uns chamam os outros de “propaganda“, só posso deduzir que estão a querer insinuar, que quem acusa, se arroga de não ser propagandista, de ser moralmente, eticamente e jornalisticamente superior.
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Se tal for o caso, então a imprensa ocidental está a querer se caracterizar de apolítica e imparcial. E claro, nunca optariam por um critério editorial que tivesse como objectivo a popularidade e comerciabilidade?
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Eu felizmente pouca televisão vejo, mas não consigo deixar de reparar que todas as “notícias” sobre Trump, Boris Johnson e Bolsonaro, são quase sempre com fotos e vídeos pouco lisongeadores. Como que… se houvesse uma vontade de… “favorecer” os Obamas, Lulas, etc deste Mundo, e passar a narrativa de que os “outros” são todos (ou somente) fascistas, populistas, incompetentes, despenteados, gordos, etc.
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Do pouco que tenho visto duma… “CNN cá do burgo”, Bolsonaro (evidentemente um idiota!) é fascista, intolerante, autocrático, desprovido de sentido de humor, etc. Enquanto quando o seu opositor venceu, quase deu a impressão de que nalgumas redacções saltaram as rolhas de champanhe. Isso é que é ser “ideologicamente desapaixonado“? Uma cobertura que incrementa ou “alteia” um espectro político (ou Clube) sobre a concorrência?
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Não me choca, numa sociedade em que cada pessoa com uma conta no Twitter se intitula de intelectual. Bonaparte fez algo semelhante, mas para além desse quesito, não vejo qualquer paralelo possível.
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Quando falamos em talentos natos, provavelmente, os nomes que surgem serão os de Paul, Bobby, Garry e mais recentemente, Magnus. Mas para se ser Campeão, não basta o talento, é igualmente necessária uma tremenda ética de trabalho como Bobby, Garry e Anatoly tinham, enquanto Boris e outros talvez não tanto.
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Sempre houve (até mesmo na minha mente quando mais rapazote) esta ideia de que um estilo hedonista (o meu era mais uma “declividade” na direcção de Croissants com creme de ovo…) em que dormir pouco, fumar muito, ser promíscuo, comer que nem uma besta, e claro, aquela “propensão dipsomaníaca” de… “auto-cumprimentarem-se” (de hora em hora) com “líquidos espirituosos“. Reinava a ideia de que todo esse deboche os levaria a uma maior “sensibilidade artística”.
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A sério, para se ser fadista ou um poeta homossexual do Século XIX, eu até percebo que necessitem de uma alma (e fígado e pulmões) torturada para relatar sofrimento e “compunções”. Mas para “empurrar madeira“? Sim, uma “uberdade táctica” (ou estratégica) terá o seu papel, mas só no topo de inúmeros e profundíssimos “alicerces” feitos de cálculo e memorização.
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Há espaço para criar e para o desassombro, mas a melhor valentia é aquela que foi “pré-aprovada” pela racionalidade da lógica após olharmos para os “64” e tentarmos imaginar todas as contra-reacções imagináveis. Diga-se que isso eventualmente, será o suficiente para tornar qualquer um paranóico ou até mesmo esquizofrénico. Empurrar Madeira é como qualquer outro desporto, em demasia ou expressado de forma obsessiva, nunca poderá ser saudável.
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Sempre gostei de Anatoly. Achei que com naturalidade, tínhamos estilos semelhantes, com as devidas distâncias (neste caso, do tamanho de uma “Unidade Astronómica“, ou duas… ou oitenta e duas!). Análogos, “gémeos” ou “convizinhos estilistas” no sentido em que arriscamos muito pouco. Quase que diria que a minha vocação inicial raramente passa por tentar ganhar, e quando a vitória surge, geralmente, ela acontece de forma incidental devido ao atrito mental que criei ao meu opositor.
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Por alguma razão, Anatoly era conhecido como a “Boa Constrictora“. Movia-se devagarinho e furtivamente pelos “64”, mas sempre fechando saídas, isolando o adversário, apertando-o cada vez mais até o “asfixiar”. As peças negras foram inventadas a pensar em homens como ele ou Karjakin de quem sou um confesso admirador enquanto desportista, ou não fosse ele o mestre das “grandes evasões“, um génio politicamente incorrecto e “saneado” pelos auto-coroados “bons da fita”.
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Eu jogo para conter, para manter um empate o máximo tempo possível enquanto via 1000 micro-incisuras vou lascando a paciência, determinação e resistência do meu antagonista. E para jogar assim, é preciso dormir imenso, tragar o mínimo possível de toxinas e fugir da cafeína e da sacarose. É uma metodologia de “ataque” em que não aceito qualquer perda material em busca de proveitos tácticos. Pensando bem, talvez o meu “estilo” seja mais… “Pretosiano“.
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Se tenho a iniciativa e os meus instintos de augúrio pressentem perigo, eu procuro aliviar a pressão. Ali não há espaço para “exames fundoscópicos” nem incisões para aliviar “hematomas epidurais”, por vezes, a única forma de afrouxar a “cominação” é estar preparado para destruir quem a nós tentar fazer o mesmo.
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Perante esses constrangimentos, recuo ou reposiciono-me para contra-atacar, numa “estratégia” de “destruição mútua assegurada” mas contida a um dezasseis avos (quem diria que a Matemática um dia seria útil…) da minha logística, ela que envolverá perdas mas simplificará a questão numa espécie de “sangria” de toxinas, meios (de ambos as facções) e problemas para fora da nossa equação.
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Conter, empatar, reposicionar, “emancipar”, avançar (lentamente… “et avec «prudence féminine»“). E na esperança, de que ele (ou ela) perca a sua equanimidade antes de mim, a sua capacidade de concentração (com “elas” é mais fácil…) ou de cálculo exaustivo. Lá está a importância do iogurte de mirtilo, com uma “injecção” de frutose e lactose para nos reenergizar as “celulazinhas cinzentas“. Poirot encomendaria salmão grelhado (com nabiças!), já Anatoly em Baguio teve que se contentar com iogurtes.
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Mas não apenas de iogurtes consistia o seu génio. A trave mestra era de imenso trabalho. Dormir bem, comer bem, empurrar madeira todos os dias durante horas, nadar, jogar ténis, etc. De certa forma, ele e Bobby foram antessignanos da condição física na modalidade, embora, eu suspeite que a alimentação de Bobby era horrenda… Curiosamente, tal como eu, ele também não tocava em doces com sacarose, nem conferia qualquer amplidão a festas de aniversário.
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Mas Bobby sabia falar Russo, eu somente algumas palavras (espero um dia expandir esse meu elucidário), com privilégio para… “Ya vas lyublyu” (“eu amo-te“) que aprendi com Charles Bronson num épico de John Sturges. Já experimentei numa esteticista Moldava, e os resultados foram “misturados”.
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Uma vez perguntei-lhe (à Moldava) como se chamavam os seus filhos nascidos em Portugal. E ela respondeu “Leonardo e Lourenço“, e eu disse-lhe que era bom para assim se integrarem mais facilmente na textura da sociedade e cultura Portuguesa, ao que ela respondeu, “claro! Achas que os ia chamar de PUTIN???!!!”
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Relativamente ao “Valdomiro Putinho“. Eu sempre gostei de história, e tenho uma natural curiosidade por figuras como Hitler, Estaline, Mussolini, Hillary Clinton e Kathleen Kennedy. E por conseguinte, acho Putin fascinante, mas não posso dizer que lhe deseje mal. Não me cabe a mim fazer ou desejar mal a seja quem for, excepto claro, a Roger Schmidt.
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Pessoalmente, considero Putin uma pessoa na generalidade inteligente e previdente. Bem sei que a propaganda Ocidental agora criou esta mentalidade absolutista (à qual as cabeleireiras, peixeiras, sopeiras, desempregadas, donas de casa e reformadas não conseguem contraditar) em que tudo o que é Russo é mau. Coitadas, agora têm que se ficar pelo caviar Iraniano.
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Aqui entre nós, continuo a gostar de Nureyev, de Nijinski, de Baryshnikov, de Karelin, de Anatoly, de Boris, de Solzhenitsyn, de Tigran, de Kostya Tszyu, de Tchaikovsky, de Marat Izmaylov, de Olga Korbut, de Shostakovich, de Prokofiev, de Helen Mirren (sim, sim!), de Ayn Rand, de Nabokov, de Vasily Livanov, de Andrei Sakharov, de Grigori Perelman, etc, etc, etc.
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Até o João Ferreira é bom em debates. E estou certo de que as Camaradas Alma Rivera, Diana Ferreira e Paula Santos todas elas seriam debatimentos estimulantes durante o pequeno-almoço.
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Que saudades dos tempos em que as mulheres na política eram formadas em Química como a Baronesa Thatcher ou em Química Quântica como a Dra Merkel.
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Hoje em dia, a “classe” foi infiltrada por umas advogadas “ranhosas”, umas “pseudo-psicólogas” com queda para o Tik-Tok e o paineleirismo, e umas sociólogas medíocres que não sabem onde encomendar livros da JANE’s antes de irem à telopsia dissertar (Zzzzzz…) sobre a (suposta)doutrina de Sergei Shoigu. Ao menos o PCP ainda nos dá umas conversadoras interessantes. E o “Frei Jerónimo” é sempre entretenimento garantido pelo excelente orador público que sempre foi.
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Raios, eu no “Rocky IV” torci em igual medida por Balboa e Ivan Drago. Stallone em 1985 era a reencarnação de Leni Riefenstahl (que ainda nem sequer tinha falecido) em termos de aptidão para a montagem de “propaganda desportiva” no celuloide.
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Ainda sobre Russos, admito livremente, que nunca achei grande piada a “Ana Corno-&-Cova“, a Andrei Tarkovsky, a Milla Jovovich (um bocadinho de Hipertrofia Sarcoplasmática e Vitamina D, se faz favor…), de Sergei Eisenstein (o cabelinho à Art Garfunkel também nunca o favoreceu…), de Fedor Emelianenko, ou de Irina Shayk (a sua actual “sucedânea” é que bem precisava de umas dietas de nabiças… pois eu já vi “rabadelas” com menor envergadura na Base Naval do Alfeite…).
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Quanto ao Conde Tolstoy, acredito que ele tenha sido a única pessoa na história da humanidade com uma “pior” capacidade de síntese que a minha…
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Quando perscruto a “vox populi” feminina sobre uma miríade de temáticas em caixas de comentários (é onde geralmente ficam mais desinibidas) e jantares, não consigo deixar de reparar, que o mulherio frequentemente diz coisas como, “alguém devia matar esse homem(Putin)”.
Não consigo sacudir a noção, de que quando uma mulher diz “alguém“, elas não se estão a referir a si próprias, ou às outras mulheres. Estarão a aludir sim aos homens, aos machos. “Pau para toda a obra“, inclusive, para assassinatos políticos, aparentemente.
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Até a “outra” emancipada pedia ao Santo António para matar o Bolsonaro. Curioso que uma ateia peça favores a um Santo…
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Quão emancipatória é essa tendência de para certos serviços chamarem os machos? Como que se houvesse uma necessidade permanente de os chamar para… desviar móveis, pendurar quadros, trocar pneus, abrir frascos de cebolinhas, tirar a gata debaixo do armário, desentupir as cantoneiras, carregar a bateria do carro, agredir quem lhes deu o “assobio do lobo“, e aparentemente, até para matar ditadores.
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Para algumas, os homens tinham que matar Putin, Bolsonaro, Harvey Weinstein, Filipe Vieira, e provavelmente, também aquele gajo que incendiou a sapataria de Christian Louboutin em Grândola.
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Por que raio não se mata antes Rian Johnson, Jake Paul, Kevin Feige e 90% dos humoristas Portugueses? Aliás, matem-nos a todos, excepto a Dª Filomena Cautela (essa sim, um verdadeiro talento nato) Sempre afrouxávamos a estupidificação da “malta jovem” da “Geração Rasca 3.0“.
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Mas pelo menos estes, não escrevem refrões “lerdaços” (“Madnigga não sabe versificar yo!!“) sobre as gravuras de Foz Coa… Se é para esse saudosismo Noventista, então, prefiro mil vezes cânticos sobre o Sol da Caparica (“as miúdas da Costa são uma tentação…”
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Sinceramente, esta mentalidade misândrica de tratar os machos como se fossem umas meras ferramentas ou utensílios rombos e cegos, qualquer dia ainda vai levar o “gariname” a ir à procura de esposos aos congressos de Bricolage, em vez de irem às convenções da Administração Regional de Saúde em Santo Amaro de Oeiras.
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As melhores, “Tolya“, ainda tens muitos movimentos “en passant” pela frente.
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Parque das Nações,
Quarta-Feira, 2 de Novembro de 2022,
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Texto: Santiago Gregório Fuentes.
Imagem: Todos os direitos reservados.
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