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Caro Mister,
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Permita-me que o trate pelo seu prefixo invés do seu nome Cristão. A verdade, é que tento não me apegar em demasia a enfermeiras que calcem “Skechers“, farmacêuticas com sobrancelhas bem aprumadas, “Cashiers” com as coxas tatuadas, sopeiras indigestas, recepcionistas do Holmes Place, marketeiras da UNICEF, “Press Officers” mamalhudas, ou a treinadores caprichosos e “cabeçudos”.
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O senhor está a fazer o melhor que pode e sabe, está a dar tudo de si, mas esta época, o seu trabalho, os seus resultados, têm estado quase irreconhecíveis. O Mestre parece estar lá em espírito, mais do que em substância. E recentemente, o Mister, tal como Ahab, parece ter desenvolvido uma obsessão pouco salutífera.
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O meu Trisavô (Rufus Renault-Duval Fuentes) costumava dizer-me, “Santiago, nunca vás atrás de mulheres com bexigas na cara, de modas Londrinas, de autocarros movidos a cânhamo, de cachalotes brancos e de laterais direitas.” E o meu Trisavô era o homem mais alto, mais forte, mais valente, mais vaidoso e mais bem-parecido de Nabais.
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Todas as Sextas-Feiras, ele ia de Harley-Davidson até ao salão da Dª Borges na Freguesia de Gouveia cortar o cabelo e aprumar as cutículas. E pelo caminho, matava 20 lobos, 10 ursos, 50 piromaníacos e 5 Neopentecostais. Ele era uma espécie de Mílon de Crotona, mas em versão Beira-Alta. Faleceu com 127 anos de idade quando foi atropelado por um camião TIR (conduzido por um tipo chamado “Januário Jesus“) que transportava amplificadores para um concerto de Bárbara Bandeira.
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Em Maio de 2001 o Mister era deificado pelos “tiffosi“, mas talvez tenha falhado no tempo (e estratégia) de saída. Há 40 anos, Truman Capote faleceu, e o seu rival Gore Vidal disse, “a qualidade da escrita dele estava em claro declínio, portanto, morrer foi a melhor opção em termos de gestão de carreira“.
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Anos mais tarde, Adrian Lyne disse que Mickey Rourke tinha tanto talento quando fez “Angel Heart“, que se tivesse falecido logo a seguir, ter-se-ia tornado um mito maior do que James Dean. Se o Mister vai ser um James Dean ou uma Faye Dunaway, isso é algo que sinceramente já não consigo prever. Mas eu (e Cary Grant) sinceramente estimava mais a Dyan Cannon.
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Eu acredito verdadeiramente que esteja a fazer o melhor possível, mas nem sempre somos/estamos nós próprios. Ou escrito doutra forma, nem em todos os momentos podemos sentir a lucidez, a imparcialidade e a sagacidade emocionalmente desapaixonada para tomarmos as melhores decisões. No fundo, o que lhe estou a querer transmitir, é que o Mister talvez esteja… confuso.
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Repare, não há nada de errado em estar “meândrico”, pois eu desde sempre achei que sofria de… Prosopagnosia, uma embaraçosa dificuldade em memorizar caras. Eu memorizo sapatos, narizes, sotaques nortenhos, brincos, fivelas, tatuagens, cortes de cabelo, etc. Mas sempre tive problemas em lembrar-me das caras das pessoas. Continuamente me senti mortificado com a possibilidade de me cruzar com alguma conhecida fora do nosso contexto habitual, de não a reconhecer, e dela em consequência ficar a pensar que eu estaria a ser indelicado.
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Mas nem tudo o que isso engloba é mau, Mister. Há uns anos, eu andava sistematicamente a beijar duas vizinhas minhas, convencidíssimo de que eram a mesma pessoa. Só ao fim de uns (muitos)meses é que me dei conta de que andava a beijar duas irmãs diferentes. Diga-se, que elas também nada fizeram para me esclarecer. Desde então, beijinhos, só se for para a Administradora do Condomínio…
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Uma vez, entrei num elevador no Lumiar, e estavam lá duas pequenas. À minha Direita (só podia…) estava Mariah Gómez van Andrews, e à minha Esquerda (só podia…) estava a “Brendita Piroclástica“.
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Fiquei ali, qual centrista permeio daquelas duas, fitei-lhes a estatura, o cabelo, o sorriso traquina, a maquilhagem, e ainda assim pensei… “serão duas, ou isto é como na «casa dos espelhos» na Feira Popular?” Ainda por cima, expressavam-se as duas em Castelhano, mas uma delas com um sotaque à Florentino Pérez, e a outra com um “timbre” lá da… “comuna dos pseudo-intelectuais“. Como diria o saudoso Mestre Roger Ailes sobre Obama, “este gajo é um organizador de comunas, o que é sinal de que é um comunista…”
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E esta minha “atrapalhação”, até se verifica com mulheres famosas, pois ainda hoje acuso dificuldades em distinguir entre Jacqueline Bisset, Geneviève Bujold e Charlote Rampling. Embora, devo confessar nunca ter beijado nenhuma das três (Dean Martin talvez pudesse alegar algo diferente), mas também, a minha vida ainda nem sequer entrou no seu “3º acto“, portanto, ainda iria a tempo para isso, caso tal fosse (e não é!) do meu interesse.
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Mas algo lhe posso garantir, meu caro Mister. Eu não confundo o Esgalho com um lateral direito de qualidade. Isto já parece um pouco aquela canção de Serge Gainsbourg, em que o Mister parece que ama o Esgalho, enquanto nós adeptos lhe respondemos, “Moi Non Plus“. Na realidade, eu penso que a gente até já está mesmo é com vontade de dizer “sacrebleu!“, “ferme ta gueule!” e “Putain de merde!“.
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Creia-me, a eutimia vai cessando, e as “facas” começam a aparecer nas cintas. Tal como César, o Mister tem Brutus e Cassius na sua peugada no “senado do Lumiar“, e arreceio que a teimar na teimosia, até Junho, no chão do senado, se comece a sentir um pungente odor metálico de hemoglobina oxidada. “Ich Rieche Blut!”
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Repare, eu podia escrever uma lista mais longa que “Guerra e Paz” (com a devida vénia ao Conde Tolstói, mas gostei mais do filme com as meninas Knightley (Islingtoniana) e a Alfamense Vikander), mas… “il suffit de dire” que o Esgalho não tem qualidade para jogar na nossa equipa, e persistir nesse erro por uma comoção de… “lealdade desmesurada” será equipolente a um/uns acto(s) de loucura. Peço-lhe que reconsidere.
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Seria feio lembrar-lhe, que a sua fidelidade deveria ser para com a sua entidade patronal (e a massa humana que a esteia) que lhe paga o ordenado, e não para com um dos seus protegidos. Tempos houve, em que o Mister era um “Dean” em potência. Mas quando o barco abana, todos os marujos se molham.
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E os comungantes do bairro de Alvalade começam a ficar alquebrados do Esgalho, do Sobrinho e do Paulito. Sinceramente, isto já começa a fazer lembrar quando Matthew Weiner metia o inexpressivo filho dele na série “Mad Men“, acredite, o “fast-forward” foi inventado por alguma razão.
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Aqui entre nós, em Dezembro de 1973, a Suzanne Somers também era toda… “saborida”. Mas isso foi há quase 49 anos. E desde então, a fruta já lhe (des)caiu toda de sobremadura. O que lhe estou a querer transmitir, caro Mister, é que tudo tem o seu tempo (e lugar). É como os chapéus “Cloche“, muito populares entre as “snappers” nos anos 20 do século passado, mas hoje em dia, estão mais “démodé” do que as calças boca de sino, excepto, claro está, nos concertos de Madonna desde Abril de 1990.
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Sabe, eu conheço o Esgalho há imensos anos. A primeira vez que lhe meti os olhos em cima, foi no Torneio Internacional da Pontinha, até me recordo, que na altura, fiquei convencido de que o rapaz era cigano, tal era a tez bronzeada dele. Uns anos depois, visitei o “Quartel Infra-Tejo” do “Castelo Verde-e-Branco“, e encostei-me à vedação de um dos campos secundários a ver um jogo de Iniciados A (Sub-15)
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Estavam lá dois atletas Sub-14. E quando perguntei aos jogadores se aqueles dois iam jogar na Fase Final, eles disseram-me que sim. Quando perguntei porquê, eles disseram que aqueles dois, eram “duas bombas, dois Ferraris!“.
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Por acaso, nessa época, nem sequer fomos Campeões, mas até gostei muito da nossa equipa (treinador incluído), e tudo terminou em beleza, com uma vitória por 2-0 no terreno da “malandragem“, em que um dos fiscais de linha era um amigo meu, a quem em boa hora coloquei o “nom de Football” de o… “Galáctico do Apito“. Era um verdadeiro Mestre, apitava como um autêntico “Leão”.
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Eu quando o vi sair do carro no centro de estágio dos gajos, até disse logo ao Mister, “bombeiem bolas para a área, que neste jogo vamos ter pelo menos 1 penalty assinalado a nosso favor.” E tivemos mesmo (convertido com classe, raça e mestria pelo jovem Coentrão), o “Mestre Galáctico” nunca facilitava… O Coentrão era “terrível” (tinha um vocabulário mais “suíno” que um WC público no bairro da Pasteleira), quando ele se aproximava dos árbitros, era assim estilo… Rui Jorge, mas com uma linguagem mais colorida.
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Uma vez no Estádio Universitário (AKA a “Quintinha do Mil-Folhas“), o “Galáctico” foi “apertado” por um Lampião “verticalmente desafiado“. E atenção, quando eu escrevo “verticalmente desafiado”, estou a alegar, que era mais pequeno que a Beatriz Fonseca (a lendária “meio metro“), a Daniela Silva ou a Nicole Nunes. Embora, com essas 3, ao menos ainda dá para um gajo “lavar os olhos“.
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Quero dizer, “pequenino” em altura, porque de resto, o homenzinho, até era mais rotundo que o pneu dum tractor agrícola. Parecia o Ronald Koeman no 1º dia de pré-temporada em 1989. Não sei se ele sabia dançar, mas sem dúvida que se comportava como um encurtado “velhaco“.
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Supostamente, era “olheiro” (os “Modernistas da Cruz Quebrada” preferem “Prospector de Talentos” (francamente, isso a mim soa como se fosse um caixeiro viajante da IKEA…)), eu nunca o vi/ouvi fazer nada excepto ofender os árbitros e jogadores adversários de 12 anos, tinha umas cordas vocais dignas da latrina de um Pingo Doce.
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Mas o mini-Lampião tentou apertar com o “Galáctico“, alegando que ele era Sportinguista (somos todos!!!), mas o Mestre Galáctico, impávido, colocou as mãos atrás das costas, mirou o horizonte, e com uma tranquilidade estóica retorquiu… “Sportinguista??? Mê amigu, ê sémpre fui Pórtista… carago!“. Ri-me com tanta força que quase me espirrei os dentes todos.
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O que nem seria um drama, pois a minha dentista e a sua assistente são duas mulheres de imenso charme, a “Luso-Brazilian Connection“, como eu gosto de as designar. Pense numa dupla de Carmen Mirandas, mas com (muito) melhor gosto em chapéus. E a minha dentista, ela sim, é ainda mais pequenina que as 3 internacionais Sub-23 supramencionadas. Quando a vejo, até me sinto tentado em pegar nela ao colo, como alguns árbitros (com tendências… “seminaristas“) alegadamente fazem para socorrer um… “Clube que eu cá sei“.
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Recapitulando, num início de tarde, fui ver um jogo a um campo secundário do “quartel“, e ao meu lado, estavam duas senhoras. E como eu sou muito sociável (nesse aspecto, sou um fiel reflexo do meu Pai) começámos a falar do “Nazareno” (do “Esgalho“, e não de Cristo da Nazaré. Há que ter cuidado, que o Futebol Lusitano está apinhado de Jesuses e Nazarenos, e cada um, mais “herético” que o anterior). E comentei com elas, que o Esgalho era cigano (tinha essa tez, essa “fuligem”).
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Mas para minha surpresa, uma delas apresentou-se como a avó dele. E a “vovó Esgalho” depressa asseverou que o seu netinho não era “lelo“, o que diga-se de passagem, até foi um filme bastante razoável de José Giovanni há 47 anos. A avózinha Esgalho ratificou que o netinho apenas tinha aquela tonalidade porque passava demasiadas horas na praia. Até me recordo, que os colegas dele costumavam dizer-me que ele era mais preto que o seu colega “João Trágico“.
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Mestre, sabe me dizer onde anda o Rosado, o Altair, o Moreto, o Paulo Sérgio, o Fábio Paim, o Edgar Marcelino, etc? Pois… um era suposto ser o novo Rui Costa, o outro o novo Ronaldo, aqueloutro o novo Ronaldinho, e o último… o “Maradona da Guiné” (de momento, é apenas o “Maradona de Reims“, o que já não está mal).
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Ser craque aos 13-16 anos prevê muito pouco de como virão a ser nos seniores. É verdade, que o Esgalho em tempos foi uma bomba, um Ferrari. Pessoalmente, nunca o achei tecnicamente nada de invulgar, mas, com 13 anos era fisicamente superior a muitos com mais 1 ano de idade.
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Sempre vi a sua fisicalidade como a sua principal valência, e nunca ali identifiquei nenhum talento fora de série. O problema para ele, é que depois nos seniores, todos são grandes e fortes, e a sua vantagem foi-se esbatendo até “desbotar” por completo.
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Que características são ideais para um lateral? Resistência aeróbica, explosividade, cruzamento, cultura táctica, capacidade de “tackle“, etc. Sim, o Esgalho é um bom (não excepcional) atleta, tal como o Cédric é bom atleta (melhor que o Esgalho, mas enquanto ser humano, prefiro o Nazareno…).
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Aliás, eu um dia, estava na sala de imprensa de Alcochete a ver um jogo do Cédric como médio-centro, e exclamei que ele era um atleta fora do vulgar. Mas alguém ao meu lado disse-me (e bem), “é verdade, Santiago, mas repara como ele no último terço nem sequer sabe o que fazer com a bola…” Foi uma análise incisiva, pois ainda hoje, nem Cédric nem Esgalho parecem saber o que fazer com o esférico nos últimos 30 metros.
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Recordo-me perfeitamente, de que há uns 7 anos, uma “aia” do “Castelo Verde-e-Branco” me disse que o Cédric era o melhor lateral direito da Premier League. E ela disse-o, porque ele tinha acabado de ganhar esse prémio relativamente ao mês (Setembro?) que tinha findado. Eu comecei a rir-me e disse-lhe para ver mais jogos de Héctor Bellerín, e que o João Cancelo iria ser o melhor lateral direito Português.
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E essa “aia” tinha sido jornalista desportiva. Entrem em qualquer redacção de um diário desportivo e perguntem às mulheres que lá trabalham se sabem quem foi Zbigniew Boniek. Irão ser “confrontados” com olhares confusos, frustrados e irados.
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Mas de certeza que sabem o nome da namorada e da ex-mulher de Rui Costa, ou quais os cabeleireiros frequentados por Magali Aravena e as (ex?)esposas de Anderson Polga e Luisão. Mas elas não têm culpa, eu próprio por vezes já acuso dificuldades em distinguir o RECORD da Flash, Caras, Lux e VIP. Seguramente uma “Prosopagnosia literária“…
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Há quem afirme que Esgalho e Cédric cruzam bem. Meu amigo, se aquilo que eles fazem é um cruzamento, então, eu vou mudar de nome para “Bruno Miguel Basto“, aquele que quando “cruzava”, alegadamente, partia metade das cadeiras no velho Estádio da Luz.
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Eu há muito que cristalizei a ideia, de que para um atleta chegar ao topo, tem que ser um “atleta pensador“, cerebral. Os músculos são importantes e têm um papel a desempenhar, mas ao mais alto nível, o que faz a diferença é mesmo o cérebro.
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E eu ainda me lembro, de telefonar para o Esgalho quando ele teria uns 16 ou 17 anos, e quem me atendeu, disse-me que ele estava ocupado a… brincar “à apanhada“. Pessoalmente, Mister, eu preferia era que ele fosse antes brincar “às escondidas“. Mas que se escondesse tão bem, tão bem, que o Mister nunca mais o conseguisse colocar no XI titular. Ou então, quando fosse para jogar “à apanhada“, ele que apanhe antes os extremos esquerdos adversários.
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A “moça de Gouveia” já não caminha para jovem, mas até ela nunca faria as “cagadas” que o Esgalho tem feito. E ele tem-nas feito vezes que cheguem para já ser um padrão de incompetência ou insuficiência para o contexto desportivo em que ele está inserido há 2 anos. Aquilo agora, já não é o “Cafu dos pobres“, já deve mesmo ser o “Carlos Alberto dos sem-abrigo“.
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Até a esposa do Sr. Esgalho já o veio defender, mas aqui, devo parabenizá-la, pois ao contrário de muitas “encostadas” (a uma árvore que rende bananas) ela não criticou os adeptos, nem deu a entender que percebia mais de Futebol do que eles. Apenas o defendeu como ser humano e companheiro.
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E sem gracejos, parece-me absolutamente normal que o faça, pois a mesma senhora assume publicamente que não está empregada, e por isso, naturalmente encarará o esposo/noivo/”macho significativo” como o “sustentáculo financeiro” do seu agregado familiar.
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É normal, nos anos 90, eu quando comprava acções da Crisal e da Transisular, eu também dizia sempre bem dessa empresas. Ou escrito de outra forma, tanto eu, como a Sra Esgalho, temos uma responsabilidade moral (e “fiduciária“) de defender os nossos “investimentos“.
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Mister, o Championship Manager 2001/02 ensinou-me que há Clubes Amadores, Semi-Amadores, e Profissionais. Lamento, mas no meu Clube têm que jogar os titulares, e não os… “tulelados“. Da mesma forma, que a comentar na televisão, preferia ouvir ex-avançados e não os… avençados (vulgos “chulos“) do costume.
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Senão, qualquer dia, isto já parece aquela “Selecção Bolchevista” em que as suplentes de uma equipa Espanhola chegam à Selecção e são titulares. Ou em que as titulares da pior (20 golos mamados em apenas 6 jogos) equipa da Liga Feminina Italiana chegam à Selecção e são indiscutíveis.
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Mudando completamente de assunto, devido à MARXão fiquei com cabelos brancos (do lado… Esquerdo, obviamente!), mas agora com o Esgalho, também estou a ficar grisalho acima da orelha direita. Se eu ficar com muitos mais cabelos brancos à… direita, qualquer dia ainda me chamam de… “Balsemão“, ou pior ainda, de “Ângelo“.
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Já me bastou, quando uma vez entrei numa Repsol, eu já não fazia a barba há semanas, e a moça da caixa perguntou-me se eu era o Manuel Alegre (são apenas 39 anos de diferença…), até pensei em telefonar à brigada de costumes da Judite para virem ali fazer um “despiste“.
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Menos mal foi quando há uns anos entrei no Continente de Telheiras e outra moça da caixa me disse que eu parecia o Antero de Quental (ou o Aquilino Ribeiro, foi um desses dois…). Eu ainda tentei explicar-lhes que eu seria mais análogo a Lester Bangs, Gay Talese ou Hunter S. Thompson, mas… Qualquer dia, ainda dizem que eu me pareço com a Helena de Sacadura Cabral…
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Sinceramente, penso que preferia antes ser confundido com Guerra Junqueiro, pela simples razão de que quando eu era criança, depois das aulas de natação, a minha Mãe levava-me a uma pastelaria no Bairro do Junqueiro (na Parede) em que tinham dos melhores rins de chocolate que eu já comi até hoje.
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E em qualquer padaria desse bairro as moçoilas sabiam o que era um “Papo-Seco“. Enquanto hoje em dia, se eu entrar numa padaria e disser “menina, posso ver o seu papo?” ainda me arrisco a comer um chapadão na tromba. Elas já nem sabem o que é um “Pão Saloio” ou um “Casqueiro Alentejano“. Hoje em dia, um gajo vai à padaria e vendem pães de cores estranhas e com sabor a beterraba. Que saudades dos anos 80 (e 70), só falta começarem a vender leite azul.
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O Parque das Nações tem momentos em que é um bairro pouco civilizado. Alguns “heréticos” que por aqui trabalham “transvestidos” de confeiteiros nem sequer sabem o que é uma Delícia Folhada. “Incroyable!!!” Ao que este País chegou a débito da malfadada austeridade. Aposto como em Bruxelas comem Brigadeiros e Palmiers Cobertos 7 vezes ao dia.
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Espertos foram os Ingleses que deram de frosques… mas também, a ideia de ter como sobremesa “Spotted dick” ou “Shepherd’s Pie“, é algo que eu não desejaria ao mais mau dos Directores de Ciclo.
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Estamos a 22 de Outubro (11:12 no momento em que “teclo” isto), e estou convencido de que os “Escarlates” vão ser Campeões, os “Blue Meanies” vice-campeões, e nós… nós ficaremos com os “restos”. Há que terminar a época de forma condigna, e depois, avaliar sem egos nem dramas os ajustes que devem ser feitos.
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Parece que 25 anos depois dos “pardavascos“, também nós caímos nalguma espécie de “Vietname” (prefiro massagistas Tailandesas ou Balinesas). Eu quero e desejo inequivocamente que o Mister continue por uns anos mais, mas… temos que sair desta situação, “nem que seja a última coisa que façamos“, como cantarejaria Eric Burdon.
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Se calhar, o Esgalho tem que fazer como o Trent Alexander-Arnold e aprender a jogar Xadrez. A “Gouveense” joga (alegadamente) à “bisca lambida” e não me parece que isso lhe prejudique o rendimento. E presumo que Jorge Nuno Pinto da Costa seja mestre a jogar ao… Gamão.
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Eu quando era puto, ia para o jardim jogar ao “abafa o guelas“, tínhamos um copo que era o “abafador”, pousávamos o copo em cima dos berlindes dos outros meninos e dizíamos “é meu!“. Pressuponho que Pinto da Costa devia ser (ou talvez não) exímio a “abafar” os berlindes dos outro alunos no Colégio das Caldinhas.
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Para além de Xadrez, se for preciso, eu e a minha irmã, até nos oferecemos para ensinar o Esgalho a jogar Bridge. Mas até lá, ele tem que sair de circulação, pois as ambições desportivas da instituição devem estar (muito) acima de qualquer sentimento de lealdade de um comandante para com um dos seus comandados.
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Sabe como na tropa nos referíamos à cadeia? Era a “Mariazinha“. Segundo me contou Ronald William Miller, a expressão até teve origem em Vilar Formoso. Os magalas que não cumpriam com os mínimos exigidos, o 1º Sargento arranjava-lhes logo um quartinho na “Mariazinha“. Tinha que ser, era bom para o moral do batalhão.
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Mister, atendendo ao quão calamitosas e miseráveis têm sido as “exibições” (ali ninguém bate palmas, nem exclama “encore, encore!!“) de Esgalho, seria de esperar algumas “flutuações mentais“(…) da sua parte, mas a verdade, é que o Mister o vai metendo aqui e ali. E ele, jogo sim, jogo não, joga mal, para não escrever, que joga pessimamente.
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Eu inclusive, até já pensei, que quando ele joga bem, ele devia de imediato ser encostado à “box“, pois mais do que provavelmente, aquilo terá sido um indício ou um prenúncio, de que no jogo a seguir, ele vai “estercar” o relvado mais do que uma manada de “Kátias” após beberem um garrafão de sumo de ameixa e irem para o Algarve com as suas “namoradas” (não é um segredo muito bem guardado…) dançar o “Mambo Italiano“.
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Parque das Nações,
Sábado, 22 de Outubro de 2022,
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Texto: Santiago Gregório Fuentes.
Imagem: Direitos reservados.
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