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Bom dia, Dra. Duarte Bento Proença,
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O meu nome é Santiago Gregório Fuentes, e quero acreditar, que o meu nome lhe diz algo. Sou aquele “rapaz” (muito) extrovertido que em anos idos lhe ofertou (nas entranhas do Estádio “daqueles (seus)gajos“) a “magnum opus” de Sylvia Plath. Pois nem só de John le Carré poderia subsistir o intelecto de uma mulher.
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Venho por este meio, tentar por “une dernière fois” reencetar conversações com vossa excelência. Sinto que ao escrever esta missiva estou a ser repetitivo, e “peut-être” com uma “metodização” que num passado relativamente recente não tem ofertado quaisquer frutos.
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No entanto, não posso esquecer as sábias palavras de William Shakespeare que em tempos disse que… “é mais fácil obter o que se deseja com um sorriso do que com a ponta de uma espada“.
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Bardo de Avon esse, que mais tarde foi parafraseado (“é mais fácil obtermos aquilo que queremos com uma palavra bondosa e uma pistola, do que simplesmente com uma palavra bondosa…“) por ninguém menos do que Al Capone e o saudoso Donald Rumsfeld.
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Além do mais, há muito que troquei a minha cimitarra (e a “Sra Smith & Wesson”) por uma “sitara”. Outrossim, considero que a verticalidade é um pré-requisito para um diálogo no qual impere o civismo.
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Há quase 3 anos que as minhas palavras não encontram qualquer “eco” da sua parte. Como que se dependurada à porta” do seu e-mail, sms e messenger houvesse uma cartolina a dizer “Ne pas déranger!“.
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Ou talvez, a Dra Duarte Bento Proença esteja indisposta ou indisponível, pois ainda é demasiado… “muchacha” para ter sido colhida por um estado demencial (ou qualquer outro desequilíbrio psíquico) que possa ser confundido com indelicadeza, a qual, diga-se, tem sido inexorável da sua parte.
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Geralmente, quando as pessoas optam por ser… “Ursas”, desapiedadas ou “encardidas” para comigo, eu escolho fazer de conta que já faleceram, ou que para todos os efeitos, me são tão úteis quanto “les mamelles de une sanglier“.
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A Dra Duarte Bento Proença é suposto ser uma fazedora de bom “networking“, mas aos meus mais recentes “codicilos”, tem apenas e somente “investido” em cultivar um antecedente de má vontade. DEUS me oiça e a Dra me leia (e responda), pois o silêncio poderá (ou não) ser acolhedor a “estímulos”, “modus operandi” e “encorajamentos” mais… “contundentes”, e pela sua natureza, inignoráveis, mesmo à mais plácida ou arraigada das disposições.
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Agradar-me-ia, se na mediação/arbitragem da “enrascada” inframencionada, pudesse optar por uma postura “Suprapartidária” (ou que não seja “enviesada”), mas a sua “afasia” e “obliquidade” tem me levado a crer que tal não será possível. Se estiver equivocado na minha dedução, então, peço-lhe que encare este… como o momento ideal para desfazer tais “entendimentos”.
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Não sendo eu uma donzela, não espero, nem apelarei para o seu sentimento de “noblesse oblige“. Mas confrontado com a sua “sequidão”, tenho sido a personificação de um verdadeiro ensaio em pacacidade, mas… o mutismo de vocês as duas, dessa dupla, dessa parelha e desse “casal”… “les deux m’emmerdent”
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Desde Janeiro de há uns anos, tenho tentado obsecrar-lhe, para que no mínimo, não seja grosseira para comigo. Tentei por vários métodos e estilos, mas no final, tudo o que tentei acabam por ser “variations sur le même thème“.
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Não reputo que as minhas tentativas tenham sido “folhetinescas”, e por isso, não consigo “computar” se esse seu comportamento “bravio” deve ser rotulado de monolítico, ou se as minhas “suplicâncias” não estarão a esbarrar numa “parcialidade… eucalíptica”, que nada nem ninguém conseguirá demover. E eu, humildemente (mas com a ajuda do monsieur Descartes – ou, por outras palavras…”Cogito, ergo sum” – ), tenho o desembaraço de me considerar… “alguém“.
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Asseguro-lhe, que cada sílaba minha tem sido redigida sem um desmarcado nível de “insouciance“, e à vista disso, será fútil ir mostrá-las a seja quem for, na esperança de as poder “militarizar”, ou montar uma “tocaia” contra a minha pessoa, embora… tudo isso soe tremendamente “estimulante” para esta “mariposa”.
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Poupe-se de tais de esforços. Senão, como diria o povo, “Se não quisermos… ficamos onde estamos“, mas a obstinar-se, este “status quo“, ele conseguirá ser tão incomodativo quanto uma espondilite anquilosante. Digníssima, “Tempus fugit” na minha fleuma, e pela “dernière fois“, peço-lhe (e nunca mais do que isso), que seja mais “interpelativa”, de modo a evitar possíveis “malgrados” (daqui depreenda aquilo que bem entender).
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Nos passados 2 anos, em várias ocasiões, tentei contactar consigo através de e-mails, SMS, e mensagens de Facebook, Instagram ou LinkedIn. Sempre sem sucesso. Ou porque não escolhi os canais apropriados, ou porque terei sido ignorado. Sobre esta última possibilidade, opto por não especular, pois duvido que as conclusões fossem fáceis de digerir, para qualquer uma das partes.
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Na Física diz-se que cada acção gera uma reacção oposta. De modo a evitar mais “desencontros comunicacionais”, desta vez, tomei a liberdade (que a sua irresponsividade “gerou” e me “concedeu”) de contactar directamente com os seus empregadores (muito profissionais, tratáveis, e de um sotaque “diáfano”) de modo a obter o seu contacto de e-mail, e o endereço do vosso domicílio profissional nas imediações da A5.
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No passado tentei contactá-la de modo a aferir sobre situações relacionadas com a vossa comunicação, nomeadamente, cursos que são leccionados nas vossas instalações. Aliás, ainda agora, passei pelo vosso site e os meus olhos ficaram “gulosos” com algo.
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Talvez em 2023 passe por lá, mas isso em parte também irá depender da “temperatura” e probidade da resposta que/se vier a receber a esta epístola. Assumindo, claro, que irá haver um “reflexo” (ou “redarguição”) da sua parte. Seria do mais elementar naquilo que consideramos “socialmente correcto”. Embora, aqui entre nós, tenho sérias dúvidas de que Sir John Cockcroft e Jonas Salk (e os restantes da guisa deles) fossem… “faroleiros”.
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Mas desta vez, estou a contactar consigo por causa de outro assunto, algo que considero ligeiramente mais “afligente”.
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É algo que poderia ser rotulado como uma matéria de cariz pessoal, mas ao mesmo tempo, também a considero “material”, aliás, é irrefutavelmente mais materialista, embora, certas questões e nuances sejam indissociáveis da mesma.
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A Dra Duarte Bento Proença tem uma colaboradora, e essa colaboradora tem algo que considero minha propriedade, ou “conteúdo intelectual”. Obviamente, que em condições “normais”, eu contactaria antes essa colaboradora de modo a com ela “negociar” que me seja devolvido algo que para mim tem algum valor sentimental e precipuamente… material.
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Mas receio que por questões várias, isso talvez não seja possível. Eu preferia que fosse, pois seria indubitavelmente, mais honesto, civilizado e adulto, mas, como se costuma dizer, “são preciso dois para dançar o Tango…”
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Caso a Dra Duarte Bento Proença não esteja a “captar” – ou a querer fazê-lo -, eis 4 pistas: 1) 166 centímetros de altura, 2) 39 de sapato, 3) tatuagem no trapézio direito, próxima do levantador da escápula, 4) Cicatrizes de acne cístico no músculo braquial anterior do bicep esquerdo.
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Pedia-lhe se faz favor, se pudesse (e à sua conveniência) adjudicar e “arbitrar” um rápido diálogo entre as duas partes, até que me seja “restituído” aquilo que é meu. Estou (quase) certo que esse “recheio” não terá qualquer valor material para a sua colaboradora. Embora, de acordo com as “amigas”, nunca ninguém antes teve tal gesto para com ela.
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Pensei em entregar este assunto à minha advogada, de modo a que o mesmo fosse abordado de forma (ainda) mais formal e “distante” possível, e para evitar (“viáveis” e intelectualmente desonestas conveniências) mal entendidos, ou que os meus motivos fossem questionados.
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Mas… já nenhum dos intervenientes é uma criança (ou sequer trintão), portanto, quero ter fé que tal não será necessário, e que em 13 anos, muita coisa arrefeceu, e que qualquer hostilidade imatura (ou “aflitiva”) já desafogueou há muito.
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Aquilo que eu gostava de ter de volta, são 3 cartas, escritas por mim entre Dezembro de 2009 e Fevereiro de 2010. “Ela” até pode fazer 1000 fotocópias, apenas quero os originais na minha gaveta. São as minhas palavras e pensamentos, são preciosas, para mim (e estou 99% seguro de que somente para mim), e gostava de as ter na minha secretária. Penso que não estou a requerer nada que não seja razoável e receptível.
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Se da sua parte não houver compreensão, receptividade ou disponibilidade sobre este assunto, não será por causa disso que irei desistir de “recolectar” as minhas 3 prosas. Simplesmente percebei que para mim, a Dra Duarte Bento Proença deixou de ter qualquer utilidade, e em consequência, irei tratá-la como tal, como uma “inútil”
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Diz-se, que após o milagre da maternidade, uma mulher ganha maior percepção da sua vulnerabilidade e sobre a natureza finita da vida. Daí, assumo que sua sensatez e instintos de auto-preservação estejam agora mais agudos que dantes.
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Se até à meia-noite de 31 de Dezembro próximo eu não tiver recebido uma resposta (ou argumentação) da sua parte, saberei de forma elucidativa, que estou a lidar com uma pessoa que está a agir de má-fé, e partir daí, comunicacionalmente encontrar-me-à “irresponsivo”, e talvez até “indolente” para com a sua pessoa.
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A escolha é sua, se ao fim de 15 anos, quer manter, ou baixar a “temperatura ambiente”. Só lhe peço, que não insulte a minha inteligência, acredite que não tem “escadote” para isso…
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Como sempre, faço votos, de que ninguém nessa “sátrapa” persista num pérfido hábito tabágico, pois a aterosclerose é uma feroz inimiga da lucidez e também da clareza de consciência que lhe parece vir a escassear, e que em nada irá beneficiar seja quem for.
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Grato pela sua atenção
Subscrevo-me com os meus melhores cumprimentos e desejo-lhe o resto de um bom dia.
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Parque das Nações,
Segunda-Feira, 17 de Outubro de 2022,
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Texto: Santiago Gregório Fuentes.
Imagem: Direitos reservados.
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Post-Scriptum: Não me desiluda. Não tem motivos objectivos para tal, e neste “Outubro Indiano”, a tempérie até tem estado amena.
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Post-Post-Scriptum: Este texto foi uma obra de ficção. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, mensagens, factos, cargos, instituições, localidades ou quaisquer situações da vida real terá sido mera coincidência.
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