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Portugal é um País com quase 85% de Cristãos, no entanto, há um número crescente (sobretudo, na comunidade homossexual e de extrema esquerda) que não é crente. Portanto, entre os Agnósticos, os Ateus, os Objectivistas (que estão alinhados à direita), os seguidores do “Nietzschismo“, Comunistas e os Bloquistas, eles estão sempre a dizer que Deus não existe, ou que já morreu.
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Bem, na Filosofia, existe algo chamado a Navalha Epistemológica de Hitchens (isto são as coisas que aprendemos ao ler “Deus é Grande” em vez de… “O Prisioneiro de Azkaban“…) concebida obviamente pelo intelectual público Christopher Hitchens (e que sim, era Homossexual e Marxista), e que alega que “aquilo que pode ser alegado sem provas, também pode ser rebatido sem provas“. Um pouco como a Acusação tem que provar a culpabilidade do Arguido sem registo criminal, e não a defesa a ter que provar a inocência do seu cliente.
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Então para que serve a Religião? Na minha óptica, para aquilo que está para além da Ciência e (ainda) não consegue ser explicado pela mesma. Aliás, sem surpresa, quase todas as pessoas que se consideram mais inteligentes que as demais (como é o caso dos Comunistas e Bloquistas), dizem ser ateus ou ateias. Qualquer dia, ainda teremos aí umas valentes “burras” a dizer-se ateias só para que as outras as julguem ser umas intelectuais, um pouco como aquele estereótipo de que as raparigas mais bonitas nunca têm namorado…
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Mas regressando à crença para além do tangível e do visível, entramos aqui no domínio do ilógico e do optimismo, daí, chamar-se… FÉ, crença em algo que não pode ser provado, e várias vezes, porque simplesmente, ainda não aconteceu. Também há quem acredite em extraterrestres, embora nunca os tenha visto, embora eu, há muito que suspeite que a Donatella Versace na realidade seja uma criatura doutro Mundo…
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Que sinais temos então da existência daquele a que George Washington denominava de “Providência“, “Ser Superior“, “o Divino Autor“, “o Criador” (não o do Fenerbahçe…) ou “o Todo Poderoso“? Bem, há quem diga que milagres não existem, eu pessoalmente, acho que pequenas “graças” acontecem regularmente. Pré-1985 preparava-me para atravessar a Rua Bartolomeu Dias para ir beber uma groselha, e no último momento, alguém me agarrou no carapuço e puxou-me para trás.
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Meio segundo depois, um carro passou em grande velocidade no preciso lugar onde eu teria atravessado. Nunca me esqueci disso, e estou grato, tenha sido sorte, ou lá o que tenha sido. 40 anos depois, ainda aqui estou, com uma “Dolce Vita” (nada ver com o “shoppping” na Amadora onde as “saloias” compram os tamancos…) que tenho desfrutado na sua plenitude, e tal hedonismo (ui, foram tantos Croissants na primeira década deste novo Milénio…) não seria possível se alguém não tivesse olhado por mim nesse final de tarde à beira dos Jerónimos.
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Mas hoje em dia, que sinais temos nós da existência do “Autor Divino“? Bom, nesta passada Sexta-Feira dia 2 de Setembro, eu mal vi o XI titular do Sporting na Amoreira, não pude deixar de reparar, que Luís Neto e Ricardo Esgaio não eram titulares, e que Pote ia jogar na linha avançada.
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Claro, nem só de “celestialidades” (como diria o bom reverendo George Foreman) se inspira o nosso Mister Amorim, e por conseguinte, também nos aprontou a “diabrura” de meter o Nuno Santos como titular. Mas, como diria Henrique (não o Fotocompositor, mas sim o Monarca Inglês que triunfou em Azincourt), “vocês sabem as vossas posições, Deus esteja com todos vós!“. E de facto, desta vez, os “qualificados” estavam nas suas posições no sistema de jogo, e quando assim é, como diriam os crentes, “Deus ajuda a quem se ajuda a si próprio“.
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Curiosamente, na véspera do jogo, o Mestre Amorim mencionou que Sotiris Alexandropoulos poderá vir a ser um “6“, e não um “8“, e aos 89 minutos do dia seguinte, o Grego entrou por troca com Manuel Ugarte.
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Diga-se, que o Mestre Amorim na CI de Quinta-Feira, vinha de uma vitória em 4 jogos e 8 golos sofridos, e na minha opinião, e independentemente do seu discurso panglossiano, Rúben evidenciou algum desassossego na sua linguagem gestual, particularmente as suas mãos estavam “irrequietas” à medida que ele “dissertava” sobre a época em curso.
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ARTHUR GOMES:
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Ao que tudo(e o próprio) indica, Rúben Amorim não viu nenhum “9” que o tivesse “apaixonado“, e optou antes por trazer (mais)um ala que nos permitirá alguma “ductilidade” na gestão de Pote.
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À partida, Arthur não é um jogador que entusiasme pelo seu talento, ou que produza grandes estatísticas. Mas confiemos em Amorim, pois parece ter sido uma escolha dele, e também ninguém dava por nada por Matheus Reis no Rio Ave, mas Rúben Amorim acreditou(lá está, há que haver fé) nele. Ainda há um ano, eu praguejava quando Matheus Reis aparecia no XI titular, mas 6 meses depois, já era argumentável que o São-Joanense se tratava do nosso melhor central.
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Pessoalmente, fiquei agradado com a escolha de Jeremiah St. Juste, Sebastián Coates e Matheus Reis para jogarem de início no Estoril. para mim, de momento, é a nossa melhor tripla, e Gonçalo Inácio não tem lugar nesta equipa. Mas a época será longa, e Inácio pode jogar (melhor ou pior) em qualquer uma das 3 posições no tridente de centrais, portanto, seguramente, irá ter muitos minutos.
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Quanto a Arthur, veremos se irá jogar somente a “avançado-esquerdo“, ou, se como eu especulei (AQUI) há uma semana, se o Uberlandense não fará também uma perninha (ou duas) a Lateral Esquerdo.
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Para mim, Nuno Santos não me convence, e aparentemente, talvez também não convença o Mister. Suspeito que se o treinador tivesse dois Matheus Reis, metia-a os dois em campo, um a central-esquerdo e outro a lateral-esquerdo. Em horas recentes chegaram rumores de que durante o verão a SAD andou a sondar um lateral Chileno (Gabriel Suazo), o que, a ser verdade, poderá ser indicativo de uma possível “insatisfação” de Amorim com as prestações de Nuno Santos, e poderá abrir espaço a “experimentações”, talvez com o recém-chegado Sr. Arthur Gomes.
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RITA LATAS E O DELEGADO (não confundir com “THE DEVIL AND MISS JONES”):
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Há 8 dias escrevi (AQUI), que os “Manda-Mais” do Sporting deviam se preocupar era em isolar os nossos atletas do “ruído”, em vez de andarem a agir disciplinarmente contra Pepe e a ameaçar processar Slimani. E não é que desde então, também já foram fazer “queixinhas” da jornalista Rita Latas? Nos Colégios Católicos e Jesuítas que frequentei, fizeram-mos aprender o hino nacional e a Constituição da República, portanto, qual é o problema desta “gente”?
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Pessoalmente, nem sequer sou fã de Rita Latas, mas na minha concepção, isto de andarem a “perseguir” a rapariga pode ser interpretado como “mesquinho” e muito, muito pouco enobrecedor. Sinceramente, sinto-me aviltado por esta atitude “persecutória”, e que parece(repito, P-A-R-E-C-E) algo (mal)parido pela engenharia mental de uma ressentida”criança” com mau perder, e que possivelmente, até ficou em último no seu curso de Direito.
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Consta, que o Delegado do Sporting foi fazer “queixinhas” da Sra Latas ao Delegado da Liga. Pelo que me disseram, esse Delegado do Sporting, seria o Senhor Vasco Fernandes, não sei se será verdade, mas, espero que não seja o caso.
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Eu conheço o Vasco, e descrevê-lo-ia como um “rapaz” educado, discreto, profissional, “corporativo” (quem naquela SAD não for “corporativo” durará tanto tempo quanto um Montague num “soirée” dos Capulets…) e um “soldado obediente“. Conheço um Alentejano chamado “Zé Maluco“, e já lhe disse, que se quiser ir para o Sporting, tem que mudar de nome para Joseph Sampaio de Corte-Real, senão, ali jamais entrará, a menos que vá trabalhar para a Polícia Judiciária ou para a Telepizza de Telheiras.
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Lembro-me de quando o Vasco era pouco mais do que um “lugar-tenente” dum Secretário Técnico (imencionável, mas a quem em boa hora, coloquei e epíteto de… “Delfino di luci“. E sim, Christopher Hitchens também era visto como o “delfino” de Gore Vidal) em Alcochete, mas que depois, (o Vasco) teve uma ascensão fulgurante pela estrutura acima, e ainda bem para ele, pois sempre foi um rapaz “correcto” (na volta, também é Alentejano), e eu gosto de gente assim.
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Não sou amigo nem inimigo do Sr. Fernandes, e mais uma vez nesta prosa, eu deparo-me com uma escolha, e opto pelo negativismo, ou pela “FÉ“. E eu escolho ter fé no Vasco e quero acreditar, que se de facto foi ele que foi… “alardear” lamúrias sobre a Sra. Latas, que o tenha feito não por sua própria “inspiração” e “entusiasmo”, mas porque recebeu instrucções superiores nesse preciso sentido. Espero que não tenha sido o Viana, pois foi dos meus jogadores favoritos.
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TRINCÃO:
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Reparo que muitos “velhos do Restelo” (mas que tomam o “petit-déjeuner” no “Boia Verde“) e jovens hiper-ansiosos (provavelmente, com conta no Twitter…), já andam a “triturar” o Francisco Trincão. E isso, é o que acontece, quando a “jarretice” ou a Coca-Cola se sobrepõem às realidades empíricas. Vejamos…
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Na realidade, esta época, (São)Pote está de volta ao seu melhor nível, e tanto Edwards como Trincão têm vindo a crescer(paulatinamente) de jogo para jogo. Mais semana, menos semana, e vamos ter “orquestra“, é tudo uma questão de continuidade (e fé, sustentada em inequívoco talento e micro-factos ao alcance da acuidade visual dos perspicazes….)
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Não há volta a dar, Trincão é um talento colossal, mas… a experiência ensinou-me algo, que a confiança e o ritmo de jogo fazem maior diferença nos jovens do que nos veteranos, e por isso, após dois anos hórridos e malíssimos em Barcelona e nas Midlands Ocidentais, é natural que Francisco António precise de “carinho”, de um voto de confiança e de jogos em cima de jogos. Calma!!! Ansiedade a mais leva a sexo desembestado. Para “regozijo” das vossas amásias (e do Sporting), “per favore” menos açúcar refinado e menos cafeína por esse gasganete abaixo…
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JOELSON FERNANDES:
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Joelson Fernandes está de volta (infelizmente). Eu nos passados 16 anos, lidei com muitos jovens jogadores, e como regra geral, quem chega “lá acima“, costumam ser aqueles que têm uma maturidade invulgar, que são mais “homenzinhos“, como foram João Moutinho, João Mário e Eric Dier.
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E mais, na minha extensíssima vivência de observar desportos (vários) de alto rendimento, cheguei (rápidamente) à conclusão, de que somente indivíduos com inteligência acima da média chegam ao topo. Por vezes, até podemos pensar que este ou aquele atleta não passa de um “brutamontes” que mal consegue articular o seu discurso, mas depois, numa análise mais “subcutânea”, verificamos que na realidade, eles possuem uma inteligência aplicável à sua área de intervenção.
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Considero-me(desde cedo) um eficiente observador da natureza humana, e para mim, Joelson é um pobre “tontinho” deslumbrado e pueril e “vaidoso” que nunca vai dar em nada no Futebol. Digo-o sem exagero, que por uma proposta de uns meros 25.000 euros eu aceitava deixá-lo seguir com a sua vida noutros “pastoreios“, pois por aqui, precisamos é de quem queira correr, e não “pastar” (ou “desfilar“). “Pastar é só nos descontos“, como diria o Mestre Mourinho na final de Sevilha em 2003.
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E no mesmo “barco”, colocaria Bruno Tavares, Diogo Brás (que já foram “despachados”) e provavelmente, também Youssef Chermiti. O nosso aspecto exterior naturalmente “espelha” o que vai na nossa mente, e não querendo soar “preconceituoso”, mas quando vejo certos jovens, a ideia com que fico, é que as suas mentes estão “cheias” de narcisismo fútil, pensamentos vápidos e muito, muito “ar quente“.
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E nós no Sporting (entre outras coisas) jogamos é à bola, não somos nenhum “show” para balões de ar quente… Se fosse para isso, mudávamos antes o nome da Academia para… “Académie Montgolfier” e servíamos Vichyssoise na cantina.
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Agradecemos àqueles que queiram ser “modelos de Instagram“, “rappers“, “actores“, ou simplesmente “semi-famosos” e patronos de discotecas por terem “pinta de jogador“, esses que se faz favor, não batam à porta de Alcochete, senão, a gente chama a GNR. Uma coisa é certa, ter “pinta de jogador“, dá muito menos trabalho do que ser jogador.
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Os “mandriões” escusam de se abeirar da Academia, vão antes entregar o seu Curriculum Vitae ao teatro “A Comuna” (ai de vós que sequer se abeirem do Teatro Camões!!!), ou então, escrevam uma carta ao António Pedro Vasconcellos, ao Goucha ou ao Kevin Feige…
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Se estou preocupado com as “evasões” hodiernas de Saná Fernandes e de Vivaldo Semedo para a Lázio e Udinese? Nem por isso, como costuma dizer Ronald William Miller, “não é pele do meu nariz“.
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Eu até posso estar a ser insensato, mas para mim, Saná não tem mentalidade para ser jogador dos seniores do Sporting, e Vivaldo (nascido em Angola) até agora, fazia a diferença sobretudo pelo seu físico (1,92 com 17 aninhos), e mais promissor que ele foi Amido Baldé (nascido na Guiné-Bissau) que se reformou há 2 anos, quando tinha apenas (supostamente) 29 anos.
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E se faz favor, o Mestre Amorim que deixe o Roger Fernandes estar onde está… O Salvador que o “impinja” antes ao Swansea, Wolverhampton ou ao Valencia. O Roger pode vir, mas só se primeiro se licenciar em Direito na Universidade de Coimbra e tiver bom aproveitamento, então sim, creio que poderia ser útil ao Sporting.
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MESTRE ZÉ JOÃO:
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No outro dia (Domingo, dia 4), estava eu a ver os nossos Juvenis a perder por 0-2 em Alcochete contra os “vermelhuscos“, e eu pensei, “o Mister ainda vai dar a volta a isto…!“. Lá está, estávamos a perder por “2 secos”, só faltavam 30 minutos, mas podendo eu escolher entre o “melodrama” (para isso, ia ver a CNN Portugal…) ou a crença, eu optei por ter fé. Mas uma “Fé” “alicerçada” em algo tangível, afinal, aquele era o mesmo “Timoneiro” que na época transacta nos havia reconduzido (5 anos depois) ao Título Nacional Sub-17, e sofrendo apenas duas derrotas em 35 jogos.
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Não vejo nem falo com o Mister José João Gomes há uns 15 anos, mas tenho-o como um homem sério (portanto, uma raridade no Futebol) e exigente, e com títulos ou sem títulos, foi uma grande adição à nossa Estrutura Técnica. Espero lá para Outubro cruzar-me com ele para lhe apertar a mão e desejar-lhe o melhor de tudo.
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E sim, o filme “Cinco Anos Depois/One-Eyed Jacks” (1961) é um excelente “Western“, e nele, o Mister Marlon Brando também “abate” os malandros todos.
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GELSON MARTINS:
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Poderá o Sporting lucrar com o propalado interesse do Tottenham em Gelson Martins? Dependerá. Se vier algo da sua contratação isso seria positivo, mas se for por “objectivos“, eu estaria mais preocupado de que se uma “Hippie” fosse para Ministra da Defesa. Eu conheço o Gelson, é um rapaz humilde, trabalhador, bom atleta e tem algum talento. Mas na minha estimativa(e que pode estar desacertada), ele não é um rapaz particularmente inteligente, nem terá uma personalidade forte, portanto, eu nunca apostaria numa pessoa com esse perfil para ter sucesso em níveis cada vez mais exigentes.
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BIG BENFAS:
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Reparo que alguns adeptos mais jovens e ansiosos parecem estar temerosos quanto às “Bombas” que o Benfica foi buscar durante o verão. Pessoalmente, acho que fizeram uma boa gestão, não somente na vertente desportiva, mas igualmente na económica.
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Mas quanto ao “temor”… Como diria Franklin Delano Roosevelt, “a única coisa a temer é o próprio medo“. Ou, ou, ou… como diria Honoré de Balzac, “os nossos piores receios residem na antecipação“.
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Meus amigos e queridos leitores, eu ainda me recordo de no final de Agosto de 2004 eu estar no supermercado Ibérico (grandes gelados de pistachio) em Telheiras, e um Sportinguista me dizer que estava apoquentado com o facto do FC Porto pós-vitória na Champions se ter reforçado com Ricardo Quaresma, Diego Ribas, Luís Fabiano, Hélder Postiga, Anderson, Seitaridis e Pepe.
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E eu apenas lhe disse, que era um grande plantel, mas, que ainda assim, só poderiam jogar 11 de cada vez.
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Sabem o que aconteceu a esse FC Porto “bombástico”? Em Maio terminou com apenas 17 vitórias em 34 jogos, e teve 3 treinadores diferentes. Em revisão, foi um FC Porto dispendioso, mas que não revalidou o título nacional.
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Calma! Como diria/cantaria a Doris Day, “Que Sera, Sera…”
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SC BRAGA:
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É verdade, que os “Guerreiros” ganharam “à rasca” contra os Vitorianos, mas não se equivoquem, pois do meu ponto de vista, o SCB está “melhor” agora do que quando empatou connosco na primeira jornada. Especificamente, melhoraram na Lateral Direita e os seus dois avançados-centro aprimoraram o seu posicionamento relativamente há 5 semanas. Cuidado com essa equipa.
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A CORDA DE HERR SCHMIDT:
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Eu escrevo-o sinceramente, eu gosto de Roger Schmidt (a quem já coloquei o carençoso cognome de… “Schmidty”), embora, prefira Doris Day… E quando digo que gosto, obviamente, que gosto tanto quanto é possível a um Sportinguista “apreciar” um colaborador dos nossos arquirrivais. E mesmo lá, prefiro a “Raquel“.
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Schmidt parece(por enquanto) ser um bom treinador, no sentido em que vence(muito frequentemente) e que o faz(por vezes) com estilo (“arte“). Mas a somar a isso, não sei… o homem é uma figura simpática, sorri muito, é amistoso e parece respeitar os seus anfitriões.
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Eu tenho muito respeito pelo povo Alemão, pois é uma “raça” que já foi arrasada pela guerra em inúmeras vezes, e voltam sempre a reerguer-se fortes, poderosos e orgulhosos. Há uns 20 anos falei com um Português que tinha vivido na Alemanha, e ele disse-me que os Alemães não têm um grande sentido de humor (então, “Schmidty” deve ter uma costela Austríaca…), e por vezes, são um povo frio, mas são muito fiáveis, no sentido em que todos os dias, aparecem para trabalhar.
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Podem estar doentes, bêbados, indispostos, mas são uma “tribo! que se apresenta sempre no local de trabalho para produzir. Podem não executar as suas funções com grande entusiasmo ou velocidade (“Schnell!! Schnell!!“), mas estão sempre de “mangas arregaçadas” e são disciplinados e extremamente organizados, e aí, reside o segredo da sua grandeza.
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Aliás, um dos meus provérbios favoritos é precisamente “Ordnung Muss Sein“, e que traduzido quer essencialmente dizer “tem que existir ordem“, ou dito de outra forma, sem disciplina, lógica organizacional e suor, não vão a lado algum.
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Eu já em finais de Janeiro, numa missiva que enviei, tinha delineado, que os “tijolos” Nº1 e Nº2 da reconstrução do “Edifício Futebolístico” do Benfas, passariam por recuperar os Drs. Ricardo Lemos para a Comunicação, e Lourenço Pereira Coelho para o Futebol. Rui Costa foi buscá-los, meteu-os em redor de “Schmidty“, e coincidência ou não, os “Rúbidos” esta época começaram “com a corda toda“.
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Mas, essa é uma expressão popular interessante. Pois eu suspeito (e posso estar equivocado) que a “corda” de “Schmidty” poderá ser curta, mas ainda assim, suficiente, para se “esganar” alguém (quem será??).
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Eu há 16 dias escrevi (AQUI) que talvez Rúben Amorim estivesse “tacticamente estagnado“. Pois quando chega um grande treinador, a sua proposta de jogo costuma revolucionar levar tudo à frente na 1ª época. O problema, é que ao fim de uma época (ou jornadas), os treinadores adversários começam a “descodificar” essa proposta de jogo para saber como a anular. E eu creio que temos visto algo disso relativamente ao Sporting, e daí, este menor fulgor interno de Amorim na sua 3ª época e Alvalade.
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Mas, se com Amorim levaram duas épocas para o decifrar, questiono-me se com “Schmidty” não se estará a passar o mesmo, mas ao fim de apenas 2 meses? Fico com a ideia, de que há medida que as jornadas passam, os treinadores adversários parecem já compreender melhor como anular os comandados do Alemão.
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A somar à possível “estagnação” em termos de dinâmica e táctica, há outras duas questões na minha mente: 1) Quão profundo é o banco do Benfica? e 2) O Benfica terá defesas com qualidade e características para fazer o modelo de jogo do Alemão ser eficiente? Suspeito que nos últimos 3 meses deste ano iremos ter as respostas para estas dúvidas(e “feelings“) minhas.
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Eu tenho escrito regularmente, que “Schmidty” a treinar Benfica, faz-me lembrar Ricardo Sá Pinto a treinar os Sub-19 do Sporting no Outono de 2011. E nessa altura, todos diziam que Sá Pinto era um treinador fantástico, mas, o tempo foi Mestre (como sempre é), e 11 anos depois, sabemos que afinal, Sá Pinto não é um treinador fabuloso, tal como sabemos, que “Herr Schmidty” antes de vir parar ao Benfica também não acumulou propriamente um grande pecúlio em títulos, e por alguma razão tal (não)terá acontecido.
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E sabem por que razão há 11 anos quase todos diziam que Sá Pinto era um grande treinador em potência? Porque ele ganhava muitos jogos, e geralmente conseguia-o de forma arrebatadora. Mas na minha opinião, sabem qual era razão pela qual Sá Pinto ganhava tanto e de forma tão dominadora?
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Para mim, era porque ele aparentemente, metia quase sempre os mesmos em campo, os “melhores“, os outros (alguns com muito talento) ficaram no banco a “apodrecer”. E obviamente, quando se metem sempre os melhores (e os mesmos), é mais fácil cimentar rapidamente uma identidade de jogo, e assim, está-se mais perto da vitória.
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O problema, é que a época é longa, e como diria Sir Alex Ferguson no Outono de 1999, “assim matam os jogadores“.
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Parque das Nações,
Quarta-Feira, 7 de Setembro de 2022,
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Texto: Santiago Gregório Fuentes.
Imagem: Direitos reservados.
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Em FUTEBOL
DEUS, AMORIM, DIABRURAS, SHAKESPEARE, QUEIXINHAS, DONATELLA VERSACE E AS EJACULAÇÕES PRECOCES…
7 de Setembro, 2022
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