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Bom dia Exmo. Sr. Presidente,
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Li o seu e-mail com atenção individida,
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E agora, questiono-me…
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Vamos supor hipoteticamente, que a associação a que o Sr. Preside, tem sócios que são colaboradores do Jornal Sporting, da Sporting TV, do Porto Canal, da Revista Dragões, da BTV, da revista Mística ou do Jornal do Benfica, etc.
.
O Sr. Presidente também envia “advertências” singulares a notificá-los de que vai estar “especialmente atento” ao seu conteúdo intelectual, exigindo-lhes isenção? Quase que me sinto para consigo, como uma “amante ingrata“, pois eu nunca li nem ouvi nada da sua autoria, e no entanto, o Sr Presidente parece… “especialmente” interessado em me “controlar”.
.
Confesso-lhe, meu querido amigo (permita-me que assim o qualifique), que eu não estou especialmente interessado, em que o Sr Presidente disponibilize uma “supervisão” especial para mim. Aliás, tenho a certeza de que a Lei de Imprensa tal nem sequer permitiria. Tal como não permite “blackouts” para uns, e um “passe-partout” para outros, situação essa, que acaba por “coagir” uns e “influenciar”/”beneficiar” outros.
.
O meu prezado amigo seguramente reprovará tais expedientes. Por mim, podem fazer isso em Cuba, Coreia do Norte, Nicarágua, Venezuela e na Guatemala. Até porque, eu só reúno “apetites excursionistas” pelo litoral Lisboeta, Alentejano, Algarvio, e por Provence-Alpes-Côte d’Azur, até porque, sempre “cultuei” a Fraulein/Mademoiselle Romy Schneider.
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Eu sempre benqueri a expressão germânica “ordnung muss sein“, a qual quer dizer “deve existir ordem“, e aí estou de acordo, afinal, é para isso, que existem leis, constituições, códigos deontológicos, palavra de honra, sensatez, etc. E que eu saiba, o meu encarecido “condiscípulo” não é Juiz nem Procurador, aliás, nem sequer é a mais humilde das Técnicas Auxiliares de Justiça.
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E que eu tenha conhecimento, também vossa excelência não é “assessor de imprensa” nalguma “SAD acarminada”. Mas se porventura o for… de alguma forma um colaborador de uma “SAD rúbea”, então agradeço que assim me relate esse seu “métier à temps partiel“, e eu tratarei de encaminhar essa informação para junto da autoridade governamental que me parecer mais conveniente.
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Bom dia Exmo. Sr. Presidente,
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Li o seu e-mail com atenção individida,
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E agora, questiono-me…
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Vamos supor hipoteticamente, que a associação a que o Sr. Preside, tem sócios que são colaboradores do Jornal Sporting, da Sporting TV, do Porto Canal, da Revista Dragões, da BTV, da revista Mística ou do Jornal do Benfica, etc.
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O Sr. Presidente também envia “advertências” singulares a notificá-los de que vai estar “especialmente atento” ao seu conteúdo intelectual, exigindo-lhes isenção? Quase que me sinto para consigo, como uma “amante ingrata“, pois eu nunca li nem ouvi nada da sua autoria, e no entanto, o Sr Presidente parece… “especialmente” interessado em me “controlar”.
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Confesso-lhe, meu querido amigo (permita-me que assim o qualifique), que eu não estou especialmente interessado, em que o Sr Presidente disponibilize uma “supervisão” especial para mim. Aliás, tenho a certeza de que a Lei de Imprensa tal nem sequer permitiria. Tal como não permite “blackouts” para uns, e um “passe-partout” para outros, situação essa, que acaba por “coagir” uns e “influenciar”/”beneficiar” outros.
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O meu prezado amigo seguramente reprovará tais expedientes. Por mim, podem fazer isso em Cuba, Coreia do Norte, Nicarágua, Venezuela e na Guatemala. Até porque, eu só reúno “apetites excursionistas” pelo litoral Lisboeta, Alentejano, Algarvio, e por Provence-Alpes-Côte d’Azur, até porque, sempre “cultuei” a Fraulein/Mademoiselle Romy Schneider.
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Eu sempre benqueri a expressão germânica “ordnung muss sein“, a qual quer dizer “deve existir ordem“, e aí estou de acordo, afinal, é para isso, que existem leis, constituições, códigos deontológicos, palavra de honra, sensatez, etc. E que eu saiba, o meu encarecido “condiscípulo” não é Juiz nem Procurador, aliás, nem sequer é a mais humilde das Técnicas Auxiliares de Justiça.
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E que eu tenha conhecimento, também vossa excelência não é “assessor de imprensa” nalguma “SAD acarminada”. Mas se porventura o for… de alguma forma um colaborador de uma “SAD rúbea”, então agradeço que assim me relate esse seu “métier à temps partiel“, e eu tratarei de encaminhar essa informação para junto da autoridade governamental que me parecer mais conveniente.
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Devo dizer-lhe, que fiquei “embasbacado” com o seu “ralhete”. Afinal de contas, se “trincheiras” com jornalistas houvessem, de um lado estariam associações como aquela que V.Ex.ª rege, e do outro, os departamentos de comunicação e jurídicos. Não me entra na cabeça que o meu estimado colega possa estar mais preocupado com a “linha partidária” dos “carmesins” do que em ser equidoso para com os da sua classe.
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Eu as minhas advogadas nos passados 20 anos, já lidámos com muitos “moços de recados” (isto não é, de forma alguma, uma alusão, à sua pessoa) ao serviço de SADs e Clubes, e todos eles têm algo em comum. Ameaçam, ameaçam, ameaçam – geralmente, com grande “teatralidade” e imprecisão -, mas depois, revelam-se uma “canzoada” sem quaisquer “dentes”. E em vez de “morder”, quase que suplicam por algo a que eles denominam de “boa imprensa“.
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Digo-lhe que ao fim de um quarto de um século nesta nobre e tão bonita profissão, tanto aqui, como no estrangeiro (San Francisco), continuo sem saber que raio é isso da “boa imprensa“, pelo menos, quando visionada pelo prisma ou “engenharia mental” de uma assessoria jurídica a soldo de “autocratas” mal adestrados na arte do “spin“.
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Tal como não sei o que é “imprensa amiga“, ou o que é “dizer mal“. São conceitos que me são “alienígenas”. Uma coisa é certa, eu nunca tive a ambição de escrever para o Jornal Oficial do Sporting, ou para o “O Avante“, pois o “onanismo intelectual” nunca me fascinou.
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Quanto ao “prestígio” a que fez referência na sua missiva. Meu caro, quem estas linhas lhe escreve, é jornalista desde o Sábado 21 Novembro de 1998, e na minha humilde opinião, no que a capacidade de expressividade escrita diz respeito, considero-me dos melhores jornalistas deste País, senão mesmo, o “Top1“, e orgulho-me de o conseguir fazer não apenas no idioma de Luís Vaz de Camões.
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Talvez aquilo que eu escrevo, e sobretudo… a forma como o escrevo, talvez não colha a aprovação do Sr. Presidente, ou de alguns…”enfarinhados” que por aí andam sem “trela”. Mas a ser assim, isso não quer dizer que qualquer um de vocês os dois desfrute de autoridade intelectual, moral ou deontológica sobre mim. Quer dizer apenas e somente, que… têm uma OPINIÃO (ou “Fé” ou “Doutrina”) que difere da minha.
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E os meus caros, têm ao abrigo da Democracia o desafogado direito de discordar de mim, mas não mais do que isso, sob o risco, de ao perseguirem um “monstro”, também vós vos transformardes em “monstros”.
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A mim incomoda-me zero que não concordem comigo, aliás, como me submeto à filosofia do Objetivismo, eu não tenho qualquer interesse em saber da sua opinião, ou dos “enfarinhados”. Por mim, vocês até podem achar que a Terra é plana, que JFK matou Marilyn Monroe, que as vacinas da Pfizer não funcionam, ou que todos nós descendemos de um par de embeiçados nudistas no Jardim do Éden.
.
Não me cabe a mim, a um Individualista, tentar “controlar” a narrativa dos “colectivistas” que me enviam mensagens a pressionar-me à “conformidade” de acordo com os seus “dogmas” pessoais. Eu sou livre, desde que me oriente pelas leis em vigor e esteja dentro dos parâmetros da decência e do bom gosto. E aqui, sinto que deveria ser eu a adverti-lo (e a quem mais a si se queira “arregimentar”).
.
A ideia de que todos nós temos que pensar o mesmo, francamente, para um homem da minha limitada sapiência, parece ser uma forma de “comunismo“. E eu embora razoavelmente neutro na vertente política, sempre fui um excelente aluno de História (e Anatomofisiologia e Teologia), e por essa razão, sou bem versado em figuras como Clístenes, Péricles, Mário Soares, etc.
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E se necessário for, posso redigir-lhe (“avec grand plaisir“) um ensaio de 20.000 palavras sobre pessoas como Leon Trotsky, Vladimir Lenine, Josef Estaline, Lavrentiy Beria, Mikhail Suslov, etc, etc, etc.
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Mas isso seguramente não vai ser necessário, pois eu presumo de boa-fé, que um homem da óbvia inteligência do Sr Presidente já sabe disso tudo, e por conseguinte, um “bastião” e “comandante” da sua estatura, não irá adjudicar-me qualquer “especial atenção”, tal como eu, como “maior e vacinado”, graças a Deus, também não necessito dela.
.
Sinto que eu também engrandeço o jornalismo Lusitano, ao aportar-lhe a minha ampla cultural geral, e o meu inexaurível “arsenal” de metáforas, analogias, alegorias, ironias, sarcasmo, fac-símiles, advérbios, eufemismos, calemburgos, anáforas, etc.
.
Aliás, surpreende-me que o Sr. Presidente me tenha “acostado” para me dar uma “reprimenda”, quando na realidade, pensei que iria me agradecer por tudo o que fiz para glorificar o jornalismo Português – aqui e nos EUA – nos últimos 24 anos.
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É que eu, asseguro-lhe que não sou daqueles que confundem “municiar” com “manusear“, “licenciosidade” com “licenciado” nem tão pouco, escrevo “Umbigo” com “H“, como fazem alguns “Doutorados” neste País. Logo, em termos de “logística”, quer-me parecer (com toda a falibilidade humana que ambos temos) que o seu sábio ajuizamento melhor seria alocado na direcção de outros cronistas.
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Aliás, nem outra coisa me passa pela cabeça, pois para “tratamentos (em teoria)desnivelados”, já nos bastaria a todos a ERC. A qual, infelizmente, na minha óptica, tem tanta utilidade, quanto os sindicatos de jornalistas, de treinadores ou de futebolistas. Como diria a “Vox Populi“, “é tudo… farinha do mesmo saco”
.
Sendo eu “Freelancer“, sou livre da “constrição” de qualquer critério editorial, e opto por fazer uma cobertura… “Sporting-cêntrica“. Da mesma forma, que outros, o fazem com uma “inclinação” em tons de “ciano” ou de “escarlate“.
.
Se a mim, o Sr. me der essa atenção “especial”, então, seguramente, irá exigir a si próprio a mesma vigilância para as prosas escritas pelos Senhores “Enfarinhados” e “Marinhos”. Deus sabe, que andam por aí uns “diletantes” que bem que precisam de ajuda com as suas estruturas sintácticas…
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Quiçá, talvez o Sr. Presidente até os possa instruir sobre a forma correcta de integrar substantivos femininos naquelas repetitivas e inimaginativas “newsletters” que eles lá vão “regurgitando” dia após dia, para gáudio dos “plebeus” dos estratos intelectuais mais baixos, e com uma inteligência emocional manifestamente pobre. “Jactâncias” essas, que para mim, mais não parecem, do que um incentivo à paranóia, aos delírios persecutórios, e à fomentação do ódio no seio de um desporto que a todos nós “alimenta”.
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Agradeço que também não me confunda com aqueles “mandaretes”, que através do “recadismo” para com os “Freitas” e “Brazes” cá do burgo, foram subindo na vida e na profissão. Eu com farinha faço bolos, e não jornalismo! E isso para mim, é “sine qua non“. Num estado democrático, cada um pensa pela própria cabeça. Como se diz nas aldeias nos arrabaldes de Monsaraz, “Deus dá o pão, mas não amassa a farinha“.
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E atenção, nada tenho contra esses “recadeiros”, se calhar, até somos amigos de longa data. Mas eu, a prosperar, prefiro fazê-lo alicerçado no meu considerável talento plumitivo, e não na base da “genuflexão” perante os “poderes estabelecidos”. Eu só me ajoelho quando entro numa capela (ou para atar os atacadores). Mais do que isso seria blasfémia e obsceno.
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E até lhe digo mais, eu quando joguei à bola, fui sempre “médio defensivo”(daqueles que com 10 anos já dava porrada, cuspia e praguejava), nunca fui “ponta-de-lança”, embora, indubitavelmente, andem por aí, nos jornais e nas televisões, uns quantos “malandros” a tentar “marcar golos”… para agradar aos seus “mestres”.
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Já Cristo no seu sermão dizia, “não poderás servir dois mestres“. E isto não é uma alusão ao politeísmo, mas sim àqueles que se colocam em pedestais da pudicícia, mas depois, têm pés de barro, rabos de palha, telhados de vidro, e “corações” incoerentes.
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Mas eu confesso-lhe, sinto uma profunda admiração pelo Sr Presidente, e preferia tombar de “inanição intelectual” do que não ser capaz de emular os seus bons ofícios. Obrigado! Pelo incentivo e inspiração ao longo destes anos todos.
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Reparo que a SIC Notícias tem uma obliquidade anti-conservantismo, e a CMTV aparenta nutrir uma inimizade fundamentalista para com o Sr. Engº José Sócrates. E é melhor que eu nem me debruce sobre aqueles “recadeiros” cujas prosas parecem ter sido escritas em Alvalade ou na Gestifute… Sim, concordo com o Sr. Presidente, realmente, há por aí muito “jornalismo” que pouco prestigia ou credibiliza a nossa profissão.
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Já eu, estou bem versado na Lei da Imprensa, no Código Penal e na Constituição da República Portuguesa. E para aquilo que o meu intelecto não tiver autoridade, para isso, “convoco” a minha advogada, pois no passado já fui 5 vezes a tribunal acusado de prática difamatórias, e ganhámos sempre. Os tontos chamam-lhe “sorte“, e acredite, há muitos “tontos” no futebol Português. Se ao menos a Direcção Geral de Saúde lhes pudesse distribuir Benzodiazepina de borla…
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Meu caro Presidente, não quero, nem desejo, nem aceitarei que tenha uma “especial atenção” para comigo, a menos que seja para me galardoar. De resto, quero ser tratado como todos os outros, não vá eu pensar que estou a ser alvo de um “tratamento” diferenciado ou de alguma espécie de “discriminação” ou “saneamento”. Se for para isso, então, mais vale termos aí algum “Farinha“, “Guerra“, “Braz“, ou então, aquele blogger morbidamente obeso, que em vez de se preocupar com as diabetes, prefere antes insultar tudo e todos, inclusive, a nós os dois.
.
Eu sempre me pautei pelas leis em vigor, e aproveito sempre na sua máxima “latitude” e “longitude” o Direito Constitucional de Liberdade de Expressão. E assim continuarei a fazer. Já li vários livros do Sr. George Orwell, e que fique claro, o conceito de uma “Polícia do Pensamento” não é do meu interesse, tal como não era do dele, talvez devido ao facto de ambos sermos… anti-estalinistas.
.
Felizmente, longe vão os tempos, em que o Sr Marcello Caetano, o Major Fernando Silva Pais e o Inspector Rosa Casaco se levantavam pela fresca para irem comprar a edição matutina do “Diário da Manhã“. Jornalismo dessa laia, prefiro que fique “sepultado” no 24 de Abril. E faço votos, de que o Sr. Presidente sobre este assunto, cerre fileiras comigo.
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Após o “brunch” até podemos ir contar espingardas… Agora, se o meu caro, por casualidade, estiver de facto empenhado em me “manietar”, “segregar” ou “esterilizar” (na esperança de que eu redija “utopias” antagónicas com a realidade). Então, meu bem-visto consócio, apenas terei que contactar L’Association Internationale de la Presse Sportive, e a partir daí, será navegação pouco ondulosa, até porque duvido que em Lausanne, alguém esteja sequer preocupado com o que sai da… “extremidade intestinal” dos ideólogos de “persuasão avermelhada”.
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Relembro-lhe, ninguém poderá servir dois mestres. Isso seria como Daniel Ortega (que também é um Presidente) nos anos 80 andar a apertar as mãos aos Sandinistas e aos plutocratas. Duvido que Marx ou Engels aprovassem dessa “duplicidade”. Ou será “Presidente” dos jornalistas, ou Presidente dos… “emocionalmente desassossegados”. Mas creio que a 2ª hipótese não envolveria qualquer estipêndio.
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Quero crer, que da próxima vez que o excelentíssimo me contactar, será para me informar, de que irei ser agraciado em múltiplas ocasiões com um Prémio de excelência no Jornalismo. Sinceramente, preferia antes o Pulitzer (de comentário), o Nobel (de Literatura), ou o prémio Nathaniel Fleischer, mas todos nós temos que começar algures. E eu felizmente, sempre acreditei em mim próprio.
.
Renovo aqui uma vez mais, o meu compromisso de fidelidade e heteronomia para consigo e a associação a que preside. Mas concomitantemente, sinto em mim, uma afinidade e deferência ainda maior para com Thomas Wolfe, James Joyce, Vladimir Nabokov, J.R.R. Tolkien, Edgar Allan Poe, Charles Dickens, Peter Cook, Voltaire, Jane Austen, Mark Twain, William Shakespeare, Lord Byron, George F. Will e Winston Churchill.
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Enobrecido, erudito e equânime Sr. Presidente,
Certo de o ter elucidado, desejo-lhe agora o resto de um muito bom dia,
.
Grato pela atenção,
Certo da sua compreensão,
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Eu sou, fui e sempre serei, Sr. Presidente, um seu obediente “servo”.
E nunca, em toda a sua “regência”, irá contar na sua “servidão”, com um comunicador com mais carisma do que eu.
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Parque das Nações,
Sexta-Feira, 15 de Julho de 2022,
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Texto: Santiago Gregório Fuentes.
Imagem: Direitos Reservados.
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Eu as minhas advogadas nos passados 20 anos, já lidámos com muitos “moços de recados” (isto não é, de forma alguma, uma alusão, à sua pessoa) ao serviço de SADs e Clubes, e todos eles têm algo em comum. Ameaçam, ameaçam, ameaçam – geralmente, com grande “teatralidade” e imprecisão -, mas depois, revelam-se uma “canzoada” sem quaisquer “dentes”. E em vez de “morder”, quase que suplicam por algo a que eles denominam de “boa imprensa“.
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Digo-lhe que ao fim de um quarto de um século nesta nobre e tão bonita profissão, tanto aqui, como no estrangeiro (San Francisco), continuo sem saber que raio é isso da “boa imprensa“, pelo menos, quando visionada pelo prisma ou “engenharia mental” de uma assessoria jurídica a soldo de “autocratas” mal adestrados na arte do “spin“.
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Tal como não sei o que é “imprensa amiga“, ou o que é “dizer mal“. São conceitos que me são “alienígenas”. Uma coisa é certa, eu nunca tive a ambição de escrever para o Jornal Oficial do Sporting, ou para o “O Avante“, pois o “onanismo intelectual” nunca me fascinou.
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Quanto ao “prestígio” a que fez referência na sua missiva. Meu caro, quem estas linhas lhe escreve, é jornalista desde o Sábado 21 Novembro de 1998, e na minha humilde opinião, no que a capacidade de expressividade escrita diz respeito, considero-me dos melhores jornalistas deste País, senão mesmo, o “Top1“, e orgulho-me de o conseguir fazer não apenas no idioma de Luís Vaz de Camões.
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Talvez aquilo que eu escrevo, e sobretudo… a forma como o escrevo, talvez não colha a aprovação do Sr. Presidente, ou de alguns…”enfarinhados” que por aí andam sem “trela”. Mas a ser assim, isso não quer dizer que qualquer um de vocês os dois desfrute de autoridade intelectual, moral ou deontológica sobre mim. Quer dizer apenas e somente, que… têm uma OPINIÃO (ou “Fé” ou “Doutrina”) que difere da minha.
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E os meus caros, têm ao abrigo da Democracia o desafogado direito de discordar de mim, mas não mais do que isso, sob o risco, de ao perseguirem um “monstro”, também vós vos transformardes em “monstros”.
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A mim incomoda-me zero que não concordem comigo, aliás, como me submeto à filosofia do Objetivismo, eu não tenho qualquer interesse em saber da sua opinião, ou dos “enfarinhados”. Por mim, vocês até podem achar que a Terra é plana, que JFK matou Marilyn Monroe, que as vacinas da Pfizer não funcionam, ou que todos nós descendemos de um par de embeiçados nudistas no Jardim do Éden.
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Não me cabe a mim, a um Individualista, tentar “controlar” a narrativa dos “colectivistas” que me enviam mensagens a pressionar-me à “conformidade” de acordo com os seus “dogmas” pessoais. Eu sou livre, desde que me oriente pelas leis em vigor e esteja dentro dos parâmetros da decência e do bom gosto. E aqui, sinto que deveria ser eu a adverti-lo (e a quem mais a si se queira “arregimentar”).
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A ideia de que todos nós temos que pensar o mesmo, francamente, para um homem da minha limitada sapiência, parece ser uma forma de “comunismo“. E eu embora razoavelmente neutro na vertente política, sempre fui um excelente aluno de História (e Anatomofisiologia e Teologia), e por essa razão, sou bem versado em figuras como Clístenes, Péricles, Mário Soares, etc.
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E se necessário for, posso redigir-lhe (“avec grand plaisir“) um ensaio de 20.000 palavras sobre pessoas como Leon Trotsky, Vladimir Lenine, Josef Estaline, Lavrentiy Beria, Mikhail Suslov, etc, etc, etc.
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Mas isso seguramente não vai ser necessário, pois eu presumo de boa-fé, que um homem da óbvia inteligência do Sr Presidente já sabe disso tudo, e por conseguinte, um “bastião” e “comandante” da sua estatura, não irá adjudicar-me qualquer “especial atenção”, tal como eu, como “maior e vacinado”, graças a Deus, também não necessito dela.
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Sinto que eu também engrandeço o jornalismo Lusitano, ao aportar-lhe a minha ampla cultural geral, e o meu inexaurível “arsenal” de metáforas, analogias, alegorias, ironias, sarcasmo, fac-símiles, advérbios, eufemismos, calemburgos, anáforas, etc.
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Aliás, surpreende-me que o Sr. Presidente me tenha “acostado” para me dar uma “reprimenda”, quando na realidade, pensei que iria me agradecer por tudo o que fiz para glorificar o jornalismo Português – aqui e nos EUA – nos últimos 24 anos.
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É que eu, asseguro-lhe que não sou daqueles que confundem “municiar” com “manusear“, “licenciosidade” com “licenciado” nem tão pouco, escrevo “Umbigo” com “H“, como fazem alguns “Doutorados” neste País. Logo, em termos de “logística”, quer-me parecer (com toda a falibilidade humana que ambos temos) que o seu sábio ajuizamento melhor seria alocado na direcção de outros cronistas.
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Aliás, nem outra coisa me passa pela cabeça, pois para “tratamentos (em teoria)desnivelados”, já nos bastaria a todos a ERC. A qual, infelizmente, na minha óptica, tem tanta utilidade, quanto os sindicatos de jornalistas, de treinadores ou de futebolistas. Como diria a “Vox Populi“, “é tudo… farinha do mesmo saco”
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Sendo eu “Freelancer“, sou livre da “constrição” de qualquer critério editorial, e opto por fazer uma cobertura… “Sporting-cêntrica“. Da mesma forma, que outros, o fazem com uma “inclinação” em tons de “ciano” ou de “escarlate“.
.
Se a mim, o Sr. me der essa atenção “especial”, então, seguramente, irá exigir a si próprio a mesma vigilância para as prosas escritas pelos Senhores “Enfarinhados” e “Marinhos”. Deus sabe, que andam por aí uns “diletantes” que bem que precisam de ajuda com as suas estruturas sintácticas…
.
Quiçá, talvez o Sr. Presidente até os possa instruir sobre a forma correcta de integrar substantivos femininos naquelas repetitivas e inimaginativas “newsletters” que eles lá vão “regurgitando” dia após dia, para gáudio dos “plebeus” dos estratos intelectuais mais baixos, e com uma inteligência emocional manifestamente pobre. “Jactâncias” essas, que para mim, mais não parecem, do que um incentivo à paranóia, aos delírios persecutórios, e à fomentação do ódio no seio de um desporto que a todos nós “alimenta”.
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Agradeço que também não me confunda com aqueles “mandaretes”, que através do “recadismo” para com os “Freitas” e “Brazes” cá do burgo, foram subindo na vida e na profissão. Eu com farinha faço bolos, e não jornalismo! E isso para mim, é “sine qua non“. Num estado democrático, cada um pensa pela própria cabeça. Como se diz nas aldeias nos arrabaldes de Monsaraz, “Deus dá o pão, mas não amassa a farinha“.
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E atenção, nada tenho contra esses “recadeiros”, se calhar, até somos amigos de longa data. Mas eu, a prosperar, prefiro fazê-lo alicerçado no meu considerável talento plumitivo, e não na base da “genuflexão” perante os “poderes estabelecidos”. Eu só me ajoelho quando entro numa capela (ou para atar os atacadores). Mais do que isso seria blasfémia e obsceno.
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E até lhe digo mais, eu quando joguei à bola, fui sempre “médio defensivo”(daqueles que com 10 anos já dava porrada, cuspia e praguejava), nunca fui “ponta-de-lança”, embora, indubitavelmente, andem por aí, nos jornais e nas televisões, uns quantos “malandros” a tentar “marcar golos”… para agradar aos seus “mestres”.
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Já Cristo no seu sermão dizia, “não poderás servir dois mestres“. E isto não é uma alusão ao politeísmo, mas sim àqueles que se colocam em pedestais da pudicícia, mas depois, têm pés de barro, rabos de palha, telhados de vidro, e “corações” incoerentes.
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Mas eu confesso-lhe, sinto uma profunda admiração pelo Sr Presidente, e preferia tombar de “inanição intelectual” do que não ser capaz de emular os seus bons ofícios. Obrigado! Pelo incentivo e inspiração ao longo destes anos todos.
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Reparo que a SIC Notícias tem uma obliquidade anti-conservantismo, e a CMTV aparenta nutrir uma inimizade fundamentalista para com o Sr. Engº José Sócrates. E é melhor que eu nem me debruce sobre aqueles “recadeiros” cujas prosas parecem ter sido escritas em Alvalade ou na Gestifute… Sim, concordo com o Sr. Presidente, realmente, há por aí muito “jornalismo” que pouco prestigia ou credibiliza a nossa profissão.
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Já eu, estou bem versado na Lei da Imprensa, no Código Penal e na Constituição da República Portuguesa. E para aquilo que o meu intelecto não tiver autoridade, para isso, “convoco” a minha advogada, pois no passado já fui 5 vezes a tribunal acusado de prática difamatórias, e ganhámos sempre. Os tontos chamam-lhe “sorte“, e acredite, há muitos “tontos” no futebol Português. Se ao menos a Direcção Geral de Saúde lhes pudesse distribuir Benzodiazepina de borla…
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Meu caro Presidente, não quero, nem desejo, nem aceitarei que tenha uma “especial atenção” para comigo, a menos que seja para me galardoar. De resto, quero ser tratado como todos os outros, não vá eu pensar que estou a ser alvo de um “tratamento” diferenciado ou de alguma espécie de “discriminação” ou “saneamento”. Se for para isso, então, mais vale termos aí algum “Farinha“, “Guerra“, “Braz“, ou então, aquele blogger morbidamente obeso, que em vez de se preocupar com as diabetes, prefere antes insultar tudo e todos, inclusive, a nós os dois.
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Eu sempre me pautei pelas leis em vigor, e aproveito sempre na sua máxima “latitude” e “longitude” o Direito Constitucional de Liberdade de Expressão. E assim continuarei a fazer. Já li vários livros do Sr. George Orwell, e que fique claro, o conceito de uma “Polícia do Pensamento” não é do meu interesse, tal como não era do dele, talvez devido ao facto de ambos sermos… anti-estalinistas.
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Felizmente, longe vão os tempos, em que o Sr Marcello Caetano, o Major Fernando Silva Pais e o Inspector Rosa Casaco se levantavam pela fresca para irem comprar a edição matutina do “Diário da Manhã“. Jornalismo dessa laia, prefiro que fique “sepultado” no 24 de Abril. E faço votos, de que o Sr. Presidente sobre este assunto, cerre fileiras comigo.
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Após o “brunch” até podemos ir contar espingardas… Agora, se o meu caro, por casualidade, estiver de facto empenhado em me “manietar”, “segregar” ou “esterilizar” (na esperança de que eu redija “utopias” antagónicas com a realidade). Então, meu bem-visto consócio, apenas terei que contactar L’Association Internationale de la Presse Sportive, e a partir daí, será navegação pouco ondulosa, até porque duvido que em Lausanne, alguém esteja sequer preocupado com o que sai da… “extremidade intestinal” dos ideólogos de “persuasão avermelhada”.
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Relembro-lhe, ninguém poderá servir dois mestres. Isso seria como Daniel Ortega (que também é um Presidente) nos anos 80 andar a apertar as mãos aos Sandinistas e aos plutocratas. Duvido que Marx ou Engels aprovassem dessa “duplicidade”. Ou será “Presidente” dos jornalistas, ou Presidente dos… “emocionalmente desassossegados”. Mas creio que a 2ª hipótese não envolveria qualquer estipêndio.
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Quero crer, que da próxima vez que o excelentíssimo me contactar, será para me informar, de que irei ser agraciado em múltiplas ocasiões com um Prémio de excelência no Jornalismo. Sinceramente, preferia antes o Pulitzer (de comentário), o Nobel (de Literatura), ou o prémio Nathaniel Fleischer, mas todos nós temos que começar algures. E eu felizmente, sempre acreditei em mim próprio.
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Renovo aqui uma vez mais, o meu compromisso de fidelidade e heteronomia para consigo e a associação a que preside. Mas concomitantemente, sinto em mim, uma afinidade e deferência ainda maior para com Thomas Wolfe, James Joyce, Vladimir Nabokov, J.R.R. Tolkien, Edgar Allan Poe, Charles Dickens, Peter Cook, Voltaire, Jane Austen, Mark Twain, William Shakespeare, Lord Byron, George F. Will e Winston Churchill.
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Enobrecido, erudito e equânime Sr. Presidente,
Certo de o ter elucidado, desejo-lhe agora o resto de um muito bom dia,
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Grato pela atenção,
Certo da sua compreensão,
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Eu sou, fui e sempre serei, Sr. Presidente, um seu obediente “servo”.
E nunca, em toda a sua “regência”, irá contar na sua “servidão”, com um comunicador com mais carisma do que eu.
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Parque das Nações,
Sexta-Feira, 15 de Julho de 2022,
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Texto: Santiago Gregório Fuentes.
Imagem: Direitos Reservados.
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