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Boa tarde, Digníssima Srª Jogadora… Anna-Elliot Jenner von Wachowski.
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Escrevo este texto pelas 19:37 do dia 2 de Junho de 2022. E escrevo-o já agora, pois eu já sei o que aí vem, para si… E já o sei há 14 meses.
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Contacto-a para lhe relatar o quanto estou arreliado e malcontente ao saber de que o “seu” Clube não demonstrou grande interesse em renovar-lhe o contrato.
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Estou desiludido, pois não me esqueço de como a caríssima, na passada 3ª semana de Março, me contactou para me dar conta de que me iria mover um processo crime, acusando-me de prática difamatória contra a sua augusta e singela pessoa.
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Não lhe vou mentir, quando sou ameaçado, o que acontece frequentemente, é que questiono-me sempre, sobre o porquê de o fazerem. Afinal de contas, quem quer processar, agredir ou matar, somente tem que o fazer, não precisa de o pré-anunciar, embora lhe fique bem, pois é… “socialmente correcto”. Se o fazem, é porque provavelmente lhes dá…”prazer” ameaçar os outros. Talvez assim se sintam “empoderados”. Não faço ideia, mas reservo-me ao direito de no mínimo pensar que quem ameaça, é por natureza prepotente e pusilânime.
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Não lhe vou mentir, quando a Srª me ameaçou, eu “entreti” essa advertência com um considerável grau de paternalismo e condescendência, até porque, tenho idade para ser seu progenitor. Percebi que a Srª estaria “exalta” e por essa razão, incapaz de se conter emotivamente, e teve que me vir tentar amedrontar. Digo-lhe, que não fiquei assustado, até porque de uma forma serena e racional, identifiquei as “acusações” que me fez, como meras opiniões. E numa Democracia, as opiniões são mais que bem-vindas. Já em tribunal, elas são tão úteis quanto um paraplégico numa corrida de 100 metros…
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Aliás, a Srª não se ficou apenas pelas intimação, pois embora não me conheça(nem vai conhecer, asseguro-lhe) de parte alguma, teve a insensatez de me fazer várias considerações “pejorativas”. Se bem se recorda(está tudo registado e arquivado…) disse-me que eu era amnésico, disse que eu era uma vergonha, disse que eu tinha mau gosto, que era imaturo, que era desrespeitador, e a cereja em cima do bolo, foi quando me disse que conhecia a minha esposa, e que eu fazia comentários sobre o Primeiro Ministro, o Sr. Dr. António Costa.
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Foram tantas as acusações de alegada malfeitoria que me fez, que eu a dada altura, até considerei enviar o meu “curriculum vitae” ao cuidado do inferno, com o expresso propósito de me candidatar à sucessão do “Príncipe das Trevas“…
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Se bem se recorda, no fim de tudo o que me escreveu, eu limitei-me a retorquir com, “Perdoe-me, mas agora quase que diria que está a tentar ser cómica“. De qualquer forma, a Srª até me pode ser útil, pois como em duas ocasiões afirmou conhecer a minha esposa, o mínimo que podia fazer por mim, seria dizer-me quem ela é(??), pois eu talvez tenha estado próximo de me casar no final da década de 90, mas mais perto do que isso da “chama”, penso que nunca me abeirei. Felizmente!
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Ah, e os meus amigos do PSD seguramente adoravam saber mais detalhes dessa “estória” em que me acusa de criticar António Costa. Por favor, não poupe nos detalhes, pois entre a minha suposta inimizade com ele a que fez alusão, e a minha benquista esposa, eu diria que a Srª tem mais imaginação do que Júlio Verne. Aliás, até vou mais longe, as suas inculpações surreais fizeram-me lembrar o estilo literário do… “realismo mágico” cunhado pelo Sr. Gabriel García Marquéz no final da década de 60.
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Quanto ao seu suposto processo crime contra mim, passados mais de 2 meses, e ainda de nada fui(nem vou ser…) notificado, e a minha vivência ensinou-me algo que me é vantajoso… É mais fácil dizer-se a uma pessoa que a vamos processar, do que na realidade processá-la. Sim, é mais fácil, dá menos trabalho e custa menos dinheiro. Daí, haver tanto… fala-baratismo entre os jovens e “tontinhos” nesta “Califórnia Lusitana”. Porque como diria a actriz Annette Bening, “diálogo é barato em Hollywood“.
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No mínimo, solicito-lhe encarecidamente, que da próxima vez que me quiser ameaçar, por favor, não escreva “Mano” e “Ya” 100 vezes. É que quando o faz, passa a ideia de ter sido criada na Quinta do Mocho, ou, de ainda ter somente 16 anos.
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De qualquer forma, eu fui ameaçado com tantos processos em Janeiro último, que o seu em Março, se tivesse chegado, o DIAP provavelmente teria que o deixar para último da pilha. Mas, por alguma razão o povo diz que “cão que ladra não morde“, pois nem os inúmeros processos de Janeiro, nem o seu, surtiram qualquer efeito. Porventura, a minha estimada(ironia…) acreditou que um advogado iria arriscaria a sua reputação indo para tribunal sem quaisquer provas que sustentassem as opiniões de Vossência?
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Ou pensa que se o DIAP receber 1000 queixas contra mim, o Ministério Público agenda 1000 julgamentos? E para isso, os acusados de pedófilia, de piromania, de narcotráfico, de homicídio, de violação, de bestialidade, etc ficavam todos à espera para que primeiro pudessem atender as “preces” de alguém como a Srª, uma indivídua que julga que alguém anda supostamente a criticá-la, mas não tem como provar essa “imputação”.
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Nos anos 70 havia um diplomata Americano brilhante chamado Daniel Patrick Moynihan que escreveu vários livros. A dada altura, ele era frequentemente acusado de racismo. Até que ele um dia, cansado de ser criticado, disse o seguinte a quem o contestava, “A Senhora tem todo o direito às suas próprias opiniões, mas não tem direito aos seus próprios factos.”
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Minha prezada(mais ironia) Srª, os tribunais têm mais do que fazer do que chamar pessoas como eu que têm um registo criminal imaculado só porque alguém com uma suposta “mania da perseguição” quer fazer “queixinhas” sem conseguir fundamentar essas “criminações”. Agendar um julgamento não é como pedir uma torrada e um galão numa pastelaria em São Miguel do Rio Torto ou em Curralão da Jardoa. Se faz favor, ganhe juízo…
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E caso ainda não tenha percebido, eu nunca a difamei, nem sequer a referenciei, até porque, como bem sabe, não nos conhecemos de parte alguma, e na minha opinião, somente uma pessoa a sofrer de alguma categoria de… “delírio” é que se consegue convencer de que um completo desconhecido anda a “falar” dela sem razão aparente.
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E mais, em tribunal, a digníssima teria igualmente que provar que eu teria agido com malícia, e que a Srª havido sofrido danos reputacionais ou materiais por minha causa. Afinal de contas, foi lesada em quê? Suponho que tão somente num défice de equanimidade e bom senso…
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Curiosamente, a Srª é natural de uma zona do País onde eu tenho família. Recordo-me de lá ir quando era criança, e pensar que por aquelas bandas, era tudo gente boa e com tino. Agora, depois de a “conhecer” a si, já não estou assim tão seguro disso…
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Gostava de poder concluir esta prosa com algo magnânimo, tal como “espero piamente que a Srª seja melhor a jogar Futebol do que a ameaçar pessoas.” Mas a verdade, é que a vi jogar a Dª Anna-Elliot esta temporada, e quer-me parecer, que a Srª já não tem muito… “jeito para a coisa”. Acredito que tenha tido há 6 anos, mas o tempo passa e o seu ordenado talvez já não correspondesse ao seu rendimento. Espero que mais à frente, enverede por uma actividade atléticamente menos escrupulosa.
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Porque não experimenta antes ir trabalhar para o Banco de Portugal perto da estação de metro nos Anjos?? Ouvi dizer que por lá andam a contratar seguranças, porteiras, operadoras de elevador e até camareiras de WC…
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Da próxima vez(que não vai haver) experimente antes dialogar e inquirir de forma pacata, em vez de intentar intimidações e maldizer um desconhecido. Nem todos reagem bem a ameaças, e eu sou um dos que não reage bem! Mas, a esses seus maus prenúncios, “responderei” sempre com jovialidade e ironia.
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Subscrevo-me com a maior das considerações e apenas “condimentando-as” com algum sarcasmo.
Já a minha esposa(…), ela envia-lhe dois beijinhos e um chicoração.
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Parque das Nações,
2 de Junho de 2022.
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Texto: Santiago Gregório Fuentes.
Imagem: Direitos Reservados.
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Post-Scriptum: Este texto foi uma obra de ficção. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, factos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.
Em CARTAS
CARTAS À BEIRA-TEJO: DIGNÍSSIMA SRª JOGADORA… ANNA-ELLIOT JENNER VON WACHOWSKI.
10 de Junho, 2022
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