A medida de um homem, não está relacionada com os seus músculos, o seu irsutismo, ou a sua masculinidade, mas sim com a sua maturidade e fibra mental, a sua capacidade de lidar sozinho com os seus próprios problemas. Ser independente e psicologicamente forte, é essa a medida do que é ser homem adulto. Até porque, mais cedo ou mais tarde, todos ficamos sozinhos e os elogios solidários “secam” ou revelam-se efémeros ou “politicamente inoportunos”.
É importante que todas as crianças possam crescer num ambiente familiar estável, com uma forte influência masculina(o Pai), e uma forte influência feminina(a Mãe), e acima de tudo, uma criança precisa de serenidade, de apoio e compreensão, e não de pressão, tem que desfrutar da vida, para com naturalidade, descobrir quais os seus talentos e vocações. Nada pior do que Pais nervosos, agressivos ou Mães solteiras.
Ernest Hemingway dizia, “coragem, é serenidade quando sob pressão“. Obviamente, que um homem de 40 lida melhor com a pressão psicológica, do que um rapaz de 10, e lida com essa pressão, sem perder a sua equanimidade, sendo capaz de raciocinar de forma lúcida e serena, de modo a encontrar a melhor solução, pois é isso que fazem os adultos, aceitam os problemas(por mais indesejados que eles possam ser) e adaptam-se, improvisam se necessário, e superam esses(e quaisquer outros) obstáculos.
Ficou triste? E depois?! Diz-se que sofrer faz bem à alma, que cria carácter. Quanto a isso não sei, mas que aprendemos muito mais com as experiências negativas do que positivas, disso não tenho quaisquer dúvidas. Só espero que depois de chorar baba e ranho, que esse “chutador de bolas” não tenha agora a audácia de citar Nietzsche… Mas como eu já vi fãs de Tony Carreira citar Goethe, eu já acredito em tudo… excepto na CNN quando enaltecem a acuidade mental de Joe Biden.
Quando somos jovens, é natural pedirmos ajuda, conselhos, ou querer desabafar nos braços das nossas Mães, mas, gradualmente, temos que aprender a lidar com as adversidades sozinhos, com dignidade e discrição, e por que não dizê-lo, com “fleuma masculina“, leia-se, de forma destemida(mas não estúpida), com coragem(mas com as devidas cautelas). é muito mais fácil tomar as decisões acertadas, quando não estamos condicionados pelo medo, pela ansiedade, pela paranoia, e pela histeria. Nas imortais palavras de Honoré de Balzac, “os nossos maiores receios residem na antecipação”
Recentemente, um jovem(mas já não tão jovem assim) futebolista, chamado… “Leandro… Campus“(um nome tão legítimo quanto “Dean Moriarty” ou “Sal Paradise“) foi sujeito a… “pressão”, pelo menos na sua óptica. Leandro é “Preto“(e atleta filiado com o “Grande Cão Vermelho“), pelo menos, é assim que homens da minha geração o “identificariam”, em termos de uma das suas características visuais. Para outros, ele é “Negro“, mas essa palavra soa mais a “condição médica“(nódoas negras, hematomas), e ainda para outros seria “Afro-Descendente“, mas isso, faz-me pensar logo em… Elon Musk. Prefiro “Preto”, e uso-a sem malícia, por mais paranoia e estigmas negativos que a palavra possa gerar junto de “branquelos“, “wokes” e “Twitterati“.
Uma vez, fui cortar o cabelo, e estava lá um cabeleireira Preta. Quando a tratei por “Negra“, ela respondeu-me, “Negra não! Eu sou PRETA! Negros ficam vocês brancos quando levam porrada!”
A Leandro, chamaram-lhe, ou referiram-se a ele como “Preto“, e ele, considerou isso ofensivo, possivelmente degradante, motivo para sofrer um descalabro emocional nas redes sociais e sofrer uma depressão, portanto, um espectáculo pouco enobrecedor. Se eu tenho pena ou se eu, Santiago, sinto empatia para com Leandro? Não! Zero! Não por falta de humanismo da minha parte. Não sinto pena, posso ter dó dele, e considerá-lo uma figura patética e pouco digna. Empatia não tenho nenhuma, pela simples razão, que não há palavra que me possam chamar, que me abale minimamente. Eu sou diferente, objectivamente, eu sou imensamente mais forte que Leandro, logo, não me identifico com ele, felizmente.
Uma vez, eu estava a passear perto do Teatro Nacional D. Maria II, e estavam vários Pretos “abancados” na escadaria. Quando me viram passar, um desses pretos, olhou para mim com cara de poucos amigos, e disse-me “o que é que estes Brancos vêm fazer para a nossa zona?!” Se eu me senti intimidado, incomodado, indignado, triste, nervoso, etc? Não, de forma alguma. Se me espetarem uma faca na minha Artéria Femoral, eu prometo que grito! Se me apontarem uma pistola, eu juro que fico preocupado. Se me roubarem dinheiro do bolso, eu ficarei chateado. Mas alguma vez palavras me incomodarão? Duvido! Já me aconteceu, ser motivo de chacota e insultos, ou ameaçado com chaves de fendas, e fiquei perturbado, mas, isso era quando tinha menos de 10 anos, portanto, quando era uma criança. E Leandro também já não é uma criança. Se ao menos parassem de o tratar como uma…
Há mais de duas décadas, eu queixei-me da ansiedade que sentia antes dos exames na escola, e a minha Mãe, sem qualquer sentimento de maldade ou recriminação, disse-me de forma honesta e calma, que eu estava a ser fraco do ponto de vista mental. Nunca mais me esqueci disso, e gostaria de pensar, que beneficiei da sua sinceridade. A Leandro, aparentemente, ninguém quer dizer nada que lhe cause desconforto, preferem tratá-lo como se fosse um “deficiente mental” sem estofo para qualquer apreciação menos do que 100% “maternalista”. É muito difícil tratar uma “doença” quando nem sequer queremos ser honestos em relação aos sintomas.
Quando falamos de Machismo e de Feminismo, no fundo, estamos a falar de um lote de qualidades e de características do que é ser másculo ou efeminado. E há certas características femininas, na minha óptica, tais como a cautela(por vezes em excesso), os instintos de sobrevivência apurados, a compaixão(por vezes ingénua) e humanismo, a pusilanimidade, a histeria, a vaidade(a qual, pode ser positiva ou negativa), discrição, subtileza(algo que nós homens temos em défice…) e a vitimização. A realidade, é que é mais comum uma mulher ceder à tentação de se vitimizar, do que um homem. É a nossa natureza masculina, lidar com os nossos problemas de forma discreta, projectando força para o exterior(Sun Tzu: “aparenta ser forte quando estás fraco“), “escondendo” os nossos receios, angustias, depressões, dúvidas, etc.
Digo isto sem qualquer malícia, para mim, Leandro Campus é um “rapaz” efeminado(isto nada tem a ver com homossexualidade), ou no mínimo, tem-se comportado de uma forma feminina ao partilhar com o Mundo todos os seus problemas, talvez na esperança de em troca receber amparo, conforto, elogios, compaixão, etc. Costuma-se dizer, que quem quer isso tudo, tem é que se casar… Ser feminino é algo relativamente normal, todos nós homens temos um lado feminino, e não o devemos rejeitar, pois também há força, sabedoria e poder na feminilidade, mas esta choradeira pública é melodramática e francamente embaraçosa, está a comportar-se como uma rapariga adolescente, uma “Drama Queen“.
Todos nós já tivemos desgostos amorosos, momentos de menor auto-confiança, de auto-estima menos forte, e talvez até pensamentos suicidas em momentos de menor clarividência sobre o quanto a vida é(e vai continuar a ser) bela. Mas, a maioria de nós, resolvemos isso de forma ajuizada. Falámos com os nossos Pais, ou com um Padre, ou com um Psiquiatra, ou até com nós próprios soubemos fazer “autofocus“, e soubemos relativizar a importância e magnitude das coisas, e percepcionar, que existe um padrão das nossas vidas, e nele, há muito mais doçura do que amargura, e temos razões para encarar o futuro sem antecipações temerosas.
Leandro Campus faz parte de uma geração mimada, sem problemas “a sério”, como a guerra, recessões económicas, etc. Dilemas a sério, têm os soldados que na Guerra do Ultramar tiveram que matar outros seres humanos, e agora têm que viver com Transtorno de stress pós-traumático para o resto da vida. Se Leandro quer saber o que são contrariedades a sério e razões para chorar e sofrer depressões, então meta-se num avião e vá até Carcóvia falar com as Mães que nunca mais voltarão a ver os filhos.
Leandro é efeminado, e do contrário, ninguém me convence, e digo mais, tenho dúvidas de que venha a ser jogador, pois para isso, a força mental é um ingrediente imprescindível. Um rapaz que se deixa abater com meras palavras, é FRACO, fraco de força psicológica, desprovido de fibra, de masculinidade, etc. Com essa atitude como é que vai lidar com lesões, com a perda da titularidade, etc? Vai-se vitimizar outra vez?? Será este um comportamento cíclico? Não conheço a sua realidade, se calhar, nunca teve um Pai ou Padrasto, se calhar, foi criado por uma Mãe solteira, e daí, não saber “comportar-se como um homem“, por mais retrógrada ou troglodítica que essa expressão possa soar para uma leitora. Mas, como em tempos disse uma eminente psicóloga do “Castelo Verde-e-Branco“, “as Mães não sabem criar filhos homens”
Se o racismo é reprovável? Eu penso que é importante diferenciar entre o que é ser racismo, e o que é ser… parvo, provocador, ou meramente mal-educado. Para mim, é perfeitamente possível que alguém chame alguém de “Preto” sem ser racista, ou que alguém use essa palavra de forma raivosa, sem ser um racista convicto. Se Leandro fosse “pesadinho“, a apupadora, ter-lhe-ia chamado antes de “GORDO, se ele usasse óculos, ter-lhe-ia chamado antes de “caixa de óculos“, se fosse de Lisboa, ter-lhe-ia chamado antes de “Mouro“, se tivesse queda de cabelo, ter-lhe-ia chamado antes de “careca“. Na minha opinião, não houve qualquer racismo, houve sim, uma tentativa(pouco “desportiva”) de afectar o jogador psiquicamente, e aparentemente, com retumbante sucesso, Leandro deu-lhes essa satisfação…
Não devemos banalizar acusações de racismo, misóginia, violência doméstica, fascismo, etc. E penso que em Portugal, já fazemos isso com demasiada frequência, como que se apontar dedos aos outros fosse alguma espécie de “modalidade olímpica”… De forma preguiçosa, rotulamos todos de Hitler, e de racista, e de machista, e de imperialista, etc. Na maioria dos casos, quem usa essa retórica, nem sequer sabe o alcance dessas palavras ou em que contexto as empregar, repito, tresanda a indolência intelectual. Comprem um dicionário. As enciclopédias foram os primeiros livros que a minha Mãe me ofereceu.
Mas à margem da questão do racismo, e se foi ou não o que aconteceu, há aqui outra questão… A mim, Santiago, nenhuma palavra me consegue abalar, e isso deve-se ao facto, de eu ser uma pessoa que gosta imenso de si própria, felizmente, tenho uma enorme auto-estima, o que me leva a concluir, que parte do problema de Leandro, é que ele tem uma auto-estima tão fraca, que a junção de duas vogais e três consoantes em “Preto“, são o suficiente para o enviar numa espiral(episódica ou não) psicológica negativa.
Leandro tem que se olhar ao espelho, talvez, hajam pessoas más lá fora, mas qual é a solução? É passar o resto da vida escondido debaixo da cama ou dentro de um armário ou escondido atrás de um perfil de Twitter, com receio de que os “mauzões” ainda estejam à sua porta? Quer ser jogador de bola, ou prefere antes ir para o circo brincar com o “Trampinhas“? Vai continuar a reagir com uma postura donzélica cada vez que for apupado, criticado ou preterido? Com essa atitude, durará pouco como futebolista. As pessoas(algumas delas, provavelmente hipócritas , cínicas e mais preocupadas com a gestão do seu “marketing pessoal”) que o têm vindo a animar ao validarem a sua postura dizendo que de facto foi vítima, e que devemos todos estar solidários com ele, só o estão a prejudicar ao “ratificar” a sua histeria, depressão e falta de amor próprio. Que espécie de Pai vai ser Leandro ao comportar-se assim ao pé do seu influenciável filho? Qualquer mulher sensata não quer ter filhos com um homem “piegas“.
O que o rapaz necessita, é de ir a um psiquiatra, o psiquiatra não vai remover nem o racismo, nem o pecado do Mundo, mas, poderá(em teoria) ajudar o rapaz a perceber por que razão não tem uma auto-estima forte e quem sabe, assisti-lo a superar essa sua debilidade emocional. Uma coisa é certa, com o amparo de psicólogas é que Leandro não irá a lado nenhum, pois mulheres não têm concepção da psique masculina, logo, dificilmente lhe poderão dizer como um homem se deve comportar. Qualquer conselho vindo dali, virá sempre a partir de uma engenharia mental feminina, e Leandro aparentemente, já foi “feminizado” que chegue ao longo da sua vida.
Por falar em conforto(psicológico), pseudo-ciência e abraços solidários e pseudo-maternais… Eu estou(desde 31 de Dezembro…) é com um “Jones” por gelado de chocolate, para me fazer subir os níveis de Dopamina e Serotonina.
Post-Scriptum: Do que tenho acompanhado do julgamento de Depp versus Heard, devo dizer que o depoimento da Drª Shannon Curry(Psicóloga Forense) revelou-a como até agora a pessoa mais interessante a abrir a boca neste julgamento. Inteligente, de velocidade de raciocínio “relampejante“, bonita e até algo cómica/divertida. Uma Mulher fascinante, fiquei desiludido ao ouvi-la dizer repetidamente que já é casada. Homem de sorte, o Sr. Curry. Até agora, diria que a Drª Curry fez mais “gato-sapato” dos advogados de Amber Heard do que os advogados de Depp têm conseguido.
Texto: Santiago Gregório Fuentes.
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