E assim, “teço” os meus “labirintos”…
E eis que aconteceu, ocorreu neste passado Sábado! Em pleno “canil” e sob o firmamento nocturno. O “Grande Cão Vermelho” genuflectiu e claudicou, para mal da auto-estima dos seus 6 milhões de “apóstatas” e das mercuriais “bipolaridades” que os afligem “Any Given Sunday“. Como se diz no Brasil, a congregação do “Grande Cão Vermelho” tem milhões de seguidores, mas são quase todos bandidos…
Quando o assunto não convém, muda-se o tópico, portanto, alguns(poucos) “comunicadeiros“, agora não querem falar dos inconseguimentos recentes do “Grande Cão Vermelho”, preferem antes mudar de assunto e debruçar-se antes sobre… o “racismo“, o “adultério“, a “violência doméstica“, o respeito pelo vizinho, a vida sexual de Rock Hudson. Enfim, prosternam-se sobre tudo(!), excepto, sobre o fracasso mais recente do “Grande Cão Vermelho”. Infelizmente, a sua fidelidade a cânones, não abrange… “não levantar falso testemunho“, até porque, em relações públicas, em “propaganda”, em manipulação das massas asininas, etc, tudo isso subsiste de “spin” e de muitos e voluminosos insultos à inteligência, mesmo as dos burros e dos ovinos.
Logo pela fresca, surgem “newsletters“, cheias de “palha” e de “feno” em aparente tributo a Muhammad Saeed al-Sahhaf(ex-Ministro de Informação Iraquiano), e de culpabilização de todas as criaturas sob o sol, há espaço no cartório para todos, menos para o “Grande Cão Vermelho” e para aqueles que a partir dele recebem o seu estipêndio mensal, a troco de se tornarem “meretrizes intelectuais“, que “prostituem” a narrativa que melhor limpa o rabo dos seus tabágicos mestres, “maestros” e senhores.
Os culpados? Para uns são os “judeus” ou os “plutocratas”, para outros, são os “racistas”, ou qualquer outro “Méchant Célèbre“, ou então, os que simplesmente resistem à endoctrinação ao “evangelho canídeo” que os comunicadeiros despóticos atabalhoadamente vão elaborando, embora pontualmente(“pun intended“), sob grande pressão laboral, confundindo, pontos e virgulas, com pontapés de baliza. Rebola “Beethoven“! Porque amanhã tens que refrescar a “newsletter” outra vez…
Fruto de uma infância privilegiada, eu Santiago, sempre me senti um rapaz/homem livre. Graciosamente, empresto o meu aval a certas filosofias e movimentos artístico-sociais, mas sou livre de associações e de correntes de pensamento. Livre de censuras, livre de construcções sociais, (quase)desmamado de elogios, imune a criticas destructivas, aos vitupérios e às tentativas de atemorização. E quando se é livre, quando não se vive “espartilhado” do oxigénio da democracia, quando o coração pulsa e o cérebro “dispara”, a criatividade “esvoaça”! Quem tem olhos, memória e curiosidade, é indubitavelmente uma das abençoadas criaturas de Deus, pois Deus, tal como a cultura, é omnipresente, as capelas e bibliotecas não mais são do que os seus templos.
A curiosidade alimenta-nos. A sátira, a ironia, o sarcasmo, o humor, as metáforas, os fac-símiles, as não-afirmações(mas que parecem afirmações…) são “Lâminas” que aprendemos a afiar aos esgrimir argumentos. Aprende-se a criar “labirintos” que provocam “enxaquecas” a quem suspeita, mas que nunca consegue provar essas suposições.
Um Procurador do Ministério Público uma vez disse-me que eu me “escondia” atrás de “jogos de palavras“. Percebendo eu, que ele i nadvertidamente e/ou inconscientemente e/ou subconscientemente me estava a elogiar, levantei-me, sorri educadamente, e agradeci-lhe, pois eu já então sabia, que a gratidão é maior das virtudes humanas, e uma estratégia proactiva para estabelecer uma “relação” mutuamente “lucrativa”, de modo a assegurar elogios porvindouros.
Há quem pense que o “Grande Cão Vermelho” está para além da “reprovação” de comuns “humanóides” como eu, Santiago. Acreditam que ele reside num(canil!) plano social consagrado e para além do nosso alcance. E quando confrontados com essa “repreensão”, eles vêm de pedras nas mãos. Cristo desceu do Monte das Oliveiras, e ao ver Maria Magdalena ajoelhada, hematomática e indefesa, o redentor inquiriu-a e confirmou as suspeitas da ralé que havia congregado para linchar uma descrente que se havia desviado dos seus dogmas. O filho do carpinteiro pegou num calhau, e desafiou os hipócritas da populaça a atirar a primeira pedra sobre a prevaricadora. E a plebe que encarnava a suposta rectidão moral de Jerusalém, depressa acusou o rebate e desmobilizou.
No nosso Portugal moderno, vamos percebendo, que há arautos do “Grande Cão Vermelho” que estão ao nível do mais anti-social dos Fariseus. Nas suas mentes, não há espaço para qualquer narrativa ou “linha partidária” excepto aquela que eles seguem como seitistas desprovidos de espírito crítico, sedentos de propaganda pervasiva e populista, que os absolva das suas imperfeições, e alente o seu delírio. E as vozes dissonantes, essas, são para serem suprimidas, seja pelo insulto, pela ameaça, ou pela violência. São o tal “espartilho” supramencionado, mas a censura e a opressão serem foram grandes estímulos à criatividade, e incentivos à clandestinidade.
Um filósofo Francês disse há 40 anos, “o homem é um ser inconstante que apenas quer aquilo que ainda não tem“. Eu quero aquilo que sempre quis, desde o momento em que obtive consciência de mim e do que me rodeava, precisamente aquilo que sempre fui e encarnei. Ser livre! Quero e muito, “espreguiçar”(petulantemente) as minhas opiniões na cara dos reaccionários, dos bufos cesarísticos, e todos os demais “pidescos” que sabem que a democracia não lhes convém. Assim sou, porque, é essa a essência de um “agent provocateur“. E quanto mais acusarem o toque, quanto mais “flanco” me derem para “cavalgar” adentro, mais “ciânicos” serão os golpes da minha lâmina literária.
Filosoficamente, a função da sabedoria é a de discernir entre o bem o mal, mas a função de um “assessor” ou de qualquer outro mandarete corporativo ou “Mussolini de bairro“, é a de discernir entre a democracia vantajosa, e a democracia incabível. Os sábios e justos sabem-no, a turba quer ouvir a verdade, quere-o, até ao dia em que a verdade seja sobre o seu “canil”, a partir daí, passa a ser “crime”, “difamação” ou um delito de opinião sedento pelo “lápis azul” dum qualquer “potentado” “calvo” de ideias e de estratégias, “Comunicação Mole“, opinam alguns “carteiros”. Há faces que saem da multidão, e há assessores que vieram da gentalha, e é para lá que asseguradamente irão regressar!
É preciso coragem(e dinheiro) para se ser livre numa sociedade com tantas restricções, com tantas leis e com tão pouca justiça. E a coragem não é um facto, não é tangível ou visível, é uma serenidade perante a pressão psicológica, é uma crença, é um optimismo, é um positivismo, é a opção de querer acreditar que nós estamos bem, que somos felizes, satisfeitos, e que nada de mal nos irá acontecer, até porque, calculámos, antecipámos e tomámos as devidas precauções. Um homem de coragem é por necessidade um homem de fé, sobretudo, de fé em si próprio. Quem não é feliz… muda. Liberdade é a capacidade de vivermos como bem entendemos, e isso é o “ingresso” para a felicidade… ser Livre!
As pessoas são fieis à sua natureza, à sua matriz identitária, não conseguem superar um determinado “plafond“. Quem escrevia editoriais enfadonhos que batiam… records de pasmaceira, obviamente, que só poderia vir a escrever “newsletters” inimaginativas, que não mais fazem, do que alimentar a paranoia de quem as lê, ansiosos por descarregarem as suas raivinhas em alguém. A culpa? Nunca de quem as redige ou de quem lhes paga para redigir. Não, a culpa é sempre de outros, é sempre dos “judeus”, dos “lobos judeus“(atenção, Sr. Procurador, isto é o que se chama uma… ANALOGIA).
Quem não sabe debater, insulta! Quem não é verbalmente efluente, ameaça! Quem não sabe pensar, agride! Impotência em… “sensibilizar” os outros à sua narrativa gera frustração, e esse stress é muitas vezes exteriorizado através de violência, em todas as suas formas. Sigmund Freud disse-o(escreveu-o), a violência deriva da frustração, e a frustração(em todas as suas formas) deriva da impotência. O “belicismo” sempre foi uma admissão de derrota “diplomática” e da ausência de mentes férteis.
Carisma, em todas as suas formas, é a capacidade de “incentivar” os outros à acção. O “poder” de encostar as pontas dos dedos a um teclado e deixá-los ser o “fio condutor” para o que vai no nosso encéfalo. E através da palavra escrita, conseguir “aguçar” 300(mas não os de Termópilas…) mentecaptos a comportarem-se como rufias pleonásticos numa sociedade de leis e de gente educada e serena.
Pedras e paus, morte, cadeira de rodas, atropelado, estropiado, quadriplégico, “ad infinitum“… Medo? Somente o mesmo de há 40 anos na sala de aula quando sujeito ao método socrático. O medo de futuramente vir a ser desprovido de sentido de humor auto-depreciativo!
O medo morreu em Abril de 74!
Texto: Santiago Gregório Fuentes.
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