Eu recebi a 2ª dose da Vacina(Moderna) no passado dia 21 de Setembro, e como só posso receber o Certificado Digital 14 dias depois, ainda não pude ir a esta Assembleia Geral. Não vou a nenhuma desde Setembro de 2013, e com pena minha, pois gosto sempre de rever algumas caras, e temos todos que estar unidos em prol do Sporting.
As Contas e o Orçamento foram chumbadas, e isso, aconteceu, porque existe uma minoria(num universo de dezenas de milhares de sócios) “revoltosa”, extremamente militante e que se opõe ao actual Presidente(no qual não votei, nele, ou noutro qualquer candidato) e a tudo o que ele apresenta a votação. Isto já é uma “embirração” infantil com a figura do Presidente que vai muito para além daquilo que for melhor para o Sporting.
Eu sou humilde(por vezes…) e admito que não tenho nenhum MBA(Master em Business Administration) da Universidade de Harvard, mas a julgar pela forma como se apresentam, este segmento anti-Varandas parecem ser uns “maltrapilhos” mal-educados, excessivamente emocionais e academicamente ignorantes que também não possuem faculdades ou erudição para reprovarem a actual gestão da SAD(da qual, eu Sim, sou accionista).
Quando Varandas sucedeu a Bruno Azevedo de Carvalho, houve muitos que o viram como um Presidente de “transição“, e não alguém com o carisma e sucesso necessário para poder deixar a sua marca e conquistar a pulso(e nas urnas) a estabilidade necessária para se impor em Alvalade. Eu há anos que deixei de votar em eleições, já cometi erros no passado e a melhor forma de evitar cometer(ou não) cometer mais no futuro, é retirar-me da equação presidencial. Pontualmente posso discordar ou concordar com os actos de gestão(sobretudo, de Recursos Humanos, pois não aprovo nem de Nepotismo, nem falta de Meritocracia) do Presidente, mas não sou 100% a favor ou contra da sua administração ou pessoa(que nem sequer conheço).
Há quem diga, que os críticos do actual Presidente(Campeão) são pessoas de mentes simples(mas de agressividade elevada) que mantém uma relação de “afecto político“(e talvez não só político) com o anterior Presidente. Há ali uma afeição quasi-canina desmesurada com laivos de homossexualidade latente que os leva a serem ferozmente leais para com uma pessoa que nada conquistou, que faliu 6 empresas em 5 anos, que não tem património, que já se divorciou 3 vezes, que não está(que eu saiba) empregado e portanto, não serve qualquer propósito na sociedade, que já esteve preso e alegadamente tentou cometer suicídio, etc. Mas há pessoas que se enamoraram por ele, e nada quebra esse “feitiço”, há jovens assim em todas as jotinhas por este País fora.
Quando Bruno Azevedo de Carvalho foi eleito, fui a um jantar “seu” onde estava Daniel Sampaio(que inclusive levou BdC ao funeral de Mário Soares) e Miguel Sampaio, e apercebi-me que a maioria das pessoas que apoiavam o então presidente, eram simplórios, jovens confusos ou pessoas que estavam bem-regadas com “coragem liquida”. Presente nesse jantar, um amigo meu(mas de cores política dispares) disse-me que os populistas são sempre apoiados pelos estratos intelectuais mais baixos.
E de facto, com as devidas distâncias, o mesmo se passou com Trump, Bolsonaro, Nigel Farage e Adolf Hitler, foi a “populaça” que os levou em ombros, apaixonada por discursos repletos de clichés e piadolas(como diria o sábio, “o humor é um fraco substituo para inteligência“, embora, verdade seja dita, tanto Hitler como Trump fizeram coisas importantes pelas economias Alemã e Norte-Americana, enquanto a Bruno Azevedo de Carvalho, não lhe são reconhecidos padrões económicos, excepto na área de falência de meia-dúzia de micro-empresas, e isto é factual e incontestável.
O “Brunismo” faz-me lembrar o “Chega“, forte militância, fraca capacidade de argumentação, baixo estratos intelectuais, elevados níveis de agressividade, coacção, insultos, vandalismo e arruaça. E curiosamente, ambos conotados com a extrema direita, e esta fixação com a força, vitalidade, juventude, ferocidade, que os outros são “moles“, “fracos” “velhos“, “pacifistas“, etc, só falta chamarem-nos de “Judeus” ou “Mexicanos”. Nos EUA costuma-se referir a certas pessoas nas redes sociais como a “Twitter Mob“, a “Máfia” ou “multidão” do Twitter. Pessoas que escondidas atrás de teclados tentam coagir, insultar, ameaçar, envergonhar, etc aqueles que são de opiniões ou actos de fé diferentes, portanto, pessoas para quem a democracia e a pluralidade de ideias é na realidade uma grande chatice.
No tempo do Brunismo o meu carro foi vandalizado, fui insultado e ameaçado(inclusive de morte, assunto que entreguei à PSP, obviamente), mas curiosamente, nunca presencialmente, só via chamadas anónimas, mails, redes sociais e fóruns. Tudo grandes valentes que só se agigantam quando se movimentam em grupos, em bandos, ou “alcateias“. Inclusive, fui processado pelo Presidente destituído, e as minhas advogadas derrotaram sumariamente as advogadas do Sporting em tribunal, estas últimas, que são grandes na biqueira larga dos seus sapatos e na largura dos seus ombros e costas, mas aparentemente(a julgar pelas derrotas nos tribunais) serão débeis em massa encefálica.
A forma de “combater” a militância do “Chega Brunista” é igualmente com militância, não a favor de Varandas, mas contra um regresso ao passado ordinário, emocional, ruidoso e fracassado. E quem quiser esse Sporting de volta, tem solução simples, desista de ser sócio do Sporting, e facilmente encontrará o Sporting 2013-18 vivo e de boa saúde agora sob o nome de “Estrela da Amadora“.
Lá estarei na próxima AG para “combater” as birras e ignorância de alguns “homens-crianças“. Quanto a eleições, não tenho qualquer intenção de votar em Varandas, ou em outro qualquer, isso deixo para os restantes associados do Sporting Clube de Portugal. Eu estou fora dessas lides, felizmente, pois a “distância política” por vezes parece ser boa para a saúde mental dos Sportinguistas. Isso de estar estarem “intimamente” ligadas a uma figura pública, isso é coisa de garotos que nunca chegaram a perceber que os únicos ídolos que deviam ter são os seus próprios Pais.
Texto: A.C.F.
Imagem: Sporting CP.