Tendo em conta a forma enfática com que o conjunto de Filipa Patão foi vencer a Alvalade por 3-0 a 22 de Maio, atrevo-me a dizer, que a maioria dos Sportinguistas não estavam a contar com uma vitória Leonina no jogo da Supertaça deste passado Sábado. E se tivéssemos perguntado aos adeptos Sportinguistas se acreditavam que a sua equipa iria vencer com Carolina Beckert, Alícia Correia, Joana Martins e Marta Ferreira a titulares, e com Neuza Besugo como suplente utilizada, tudo isto versus a “super equipa” do Benfica, creio que a vasta maioria pensaria tratar-se de uma piada.
As novidades começaram logo pelo sistema de jogo, em vez do 4-3-3, Mariana Cabral armou a sua equipa num 3-4-3 ou 3-5-2 com Bruna Costa e Joana Marchão no banco, e Alícia Correia adaptada a central esquerdina. A reforço Melisa Hasanbegović foi titular, mas foram as duas centrais “pequeninas”, Beckert(1,66) e Alícia(1,59) a brilhar mais alto.
Pessoalmente, não sou admirador de Joana Marchão, o seu Sportinguismo é inquestionável, mas acho que ela é de longe a jogadora de top mais “overrated” em Portugal. Tem boa técnica e é boa nas jogadas de bola parada, mas é pouco atlética(para uma lateral) e pouco útil no jogo aéreo(nota-se sobretudo nos jogos de selecção), e por isso, fiquei satisfeito ao vê-la ficar no banco, apenas consternado, pois não considero(ou AINDA não considero) que Alícia lhe seja superior(como lateral), mas quem sabe, se Mariana não descobriu aqui(em Alícia) uma titular(se o sistema de 3 defesas for para manter) para a esquerda que dê mais garantias que a sobrevalorizada Marchão. E além disso, talvez possa reinventar Marchão numa posição mais adiantada onde a sua técnica seja mais útil, e onde a sua falta de sprint explosivo não se note tanto.
A meu ver, e esta é apenas a minha opinião pessoal, no ano passado haviam dois(se calhar, até eram mais, daí o número de dispensas) “cancros” no projecto desportivo do FutFemSCP, a Tatiana Pinto, e a Joana Marchão. Uma já foi “dispensada” e provavelmente irá constar menos nas convocatórias da “Selecção de Activistas Sociais” da Dª Mónica Susana(Jorge), e a outra, prevejo que irá sair em Junho de 2022. Tudo o que implique o XI titular do Sporting gravitar menos em redor de Marchão parece-me bem.
Brenda Pérez foi eleita MVP do jogo, e sem dúvida que se distinguiu Técnico-Tácticamente. É “guapísima”(deve ter os dentes mais bonitos do universo Sporting. Devia fazer reclames para a Colgate), movimenta-se bem e desmarca-se melhor ainda, mas para mim, a “Woman of the Match” foi a Guarda-Redes Doris Bacic. Este jogo foi uma história com duas faces, na 1ª metade, viu-se a tal “super equipa” vermelha dominar o jogo, e na 2ª parte, a Miss Mariana apertou “las tuercas” tácticamente, e as Leoas foram melhores durante os últimos 45 minutos. Mas nos primeiros 45, quem manteve o Sporting no jogo foi Doris. Sou intrépido ao ponto de afirmar, que pela “sample size” deste jogo, já podemos especular, que apesar da saída de Inês Pereira e Patrícia Morais, o Sporting tem uma GR ainda melhor esta época, que craque que fomos buscar, parabéns à equipa técnica por a ter “descoberto”.
Após os jogos, especialmente após as derrotas, gosto sempre de navegar pelos fóruns e “auscultar” a opinião dos adeptos. É normal ver os adeptos do Sporting “achincalhar” as jogadoras adversárias, mas devo dizer que fiquei chocado com a agressividade e ordinarice com que vi Benfiquistas arrasar as suas jogadoras(principalmente Sílvia Rebelo) com toda a espécie de profanidades. É uma vergonha, pobres miúdas, se passam pelo fórum do Benfica ficam com a auto-estima reduzida a pó. “Passando a brasa” às minhas duas “meninas queridas”, não entendi a não-titularidade de Beatriz Cameirão, e menos ainda entendi as críticas constantes(dos Benfiquistas) a Lúcia Alves. Acredito que essas críticas sejam embirrações contra Fernando Tavares(não sou o seu “advogado de defesa”), mas que esses adeptos, sendo cobardes, optam antes por atacar um alvo mais fácil em Lúcia, ela, que por acaso, até foi das melhores unidades neste jogo.
Devo dizer, que entre a produção da Sporting TV e a do Canal 11, prefiro de longe a do canal Sportinguista. Um exemplo, o Canal 11 divide o ecrã em vários “quadrados” com imagens(e sons) diferentes, colocam a jogadora(do Sporting) que está a ser entrevistada num quadrado pequenino, e no quadrado principal/maior metem antes imagens(e ruído) genéricas das bancadas, Não sei quem é o produtor do 11, mas não gostei, não faz sentido.
Que cara de enjoada(ou… “pouco impressionada”) fez Rita Fontemanha quando se viu “obrigada” a cumprimentar Rui Costa na cerimónia de entrega das medalhas…
2) Conheço Rúben Semedo desde que há muitos anos fui ver um jogo de Juvenis A do Casa Pia, e o médio defensivo dessa equipa era um Juvenil B chamado Rúben Semedo. Gosto do Rúben, pessoalmente nunca tive qualquer problema com ele, nunca o achei arrogante ou vaidoso como tantos outros. E como jogador, acho que reúne um leque de características físicas que o tornam num central de Selecção. Não sei se as acusações(de violação e agressão sexual) vindas da Grécia são verdade, mas, como diria a minha avó, “os problemas nascem-lhe debaixo dos pés“. É demasiado azar ao longo dos anos para ser somente azar. Pressinto que a sua carreira foi permanentemente “abalroada” com mais esta suspeita de crime, e aos 27 anos, o “comboio” está a passar, e Rúben já não o vai apanhar. Nada mais triste do que potencial que fica por realizar.
Texto: A.C.F.
Imagem: Sporting CP.