1) No passado dia 22 de Maio(dia da derrota por 3-0 em Alvalade) eu escrevi o seguinte Tweet:”Vou deixar aqui uma previsão, o FutFemSCP NÃO vai conquistar o campeonato nacional enquanto não dispensar as “maçãs podres” da equipa como Tatiana Pinto e Joana Marchão. Vamos perder algumas titulares este verão, infelizmente, não as que interessava perder.”
Depois do que vi em Leiria(a 17 de Março), o fracasso no campeonato não me surpreendeu, o Benfica tinha/tem uma equipa MAIS atlética do que a nossa, pareciam homens a jogar contra mulheres. Na minha estimativa, só vencemos no Seixal(a 13 de Março) porque Francisca Nazareth não foi titular, e consequentemente, o Sporting conseguiu colocar em campo a sua(então) superioridade técnica.
Eu há semanas ou meses que sabia que este verão iriam sair algumas jogadoras, mas pediram-me sigilo. Sabia que Inês Pereira e Patrícia Morais iriam sair, sabia que Raquel Fernandes iria sair, e sabia da possibilidade de Fátima Pinto sair. Vou aqui cometer uma ligeira inconfidência, e revelar que nessa altura, tanto Inês Pereira(uma “doçura” de miúda) como Fátima Pinto me negaram ter intenção de sair no final da temporada.
Eu sabia que iam sair jogadoras, pois era essa obviamente a “estratégia” de desinvestimento financeiro que parece estar em vigor desde o verão de 2020 quando Carole Costa seguiu para o Benfica, e Diana Silva para Aston Villa, e em “troca”, várias jovens(nem todas com excepcional qualidade) subiram da equipa B. A ideia era reduzir os custos, apostar na formação, e tentar manter a competitividade. Portanto, eu já tinha há muitas semanas a expectativa de que em Junho iriam sair 2 ou 3 “Bigs”(Titulares) e subir duas ou 3 da formação.
Se eu fiquei surpreendido com a saída de uma dezena de atletas, várias delas titulares? Completamente! Sobretudo com a da minha favorita, Nevena Damjanovic. A saída de tantas atletas dá a ideia de que mais do que uma aprazada e estratégica anual redução de custos e aposta na formação, que houve antes uma “varridela” para colocar fim a alguma “insurreição” no balneário. Há muito tempo que se “dizia” que a Treinadora Susana Cova não tinhas os ouvidos das jogadoras. Mas mais ainda surpreende que para além da “varridela” também a “Miss” saiu. É sem dúvida um fim de ciclo. Talvez não este, mas uma coisa é certa, a equipa necessitava de um “abanão”.
Uma jogadora que me disseram que pode vir para nós, é a GR Dani Neuhaus do SL Benfica. Fala-se igualmente em pescar algumas jovens na Formação dos “encarnados”. Presumo que deverão ser jogadoras já em final de contrato, e portanto, não abrangidas pelo pacto de não agressão em vigor desde 2020 entre os “3 Grandes” do FutFem.
Se me agrada a saída de Tatiana Pinto? Sim, bastante. Para mim, estava estagnada, acomodada, distraída, manienta e pouco humilde, em suma, uma “maçã podre” Para mim, a secção precisa de mulheres 100% comprometidas com o projecto desportivo e com o propósito de ganhar, ganhar, ganhar, e não podem haver distracções. Para mim, Tatiana e Joana Marchão têm vindo a tornar-se “maçãs podres” no grupo. Uma(Tatiana) já saiu, e a outra(Marchão) acredito que vai sair, agora, ou o mais tardar, daqui por 12 meses, e infelizmente, não vejo em Alícia Correia qualidade para ser um “upgrade”.
Da mesma forma que devemos exigir aos nossos atletas masculinos uma vida espartana, “monástica”, focada, não me agradam jogadoras que passam a vida nas redes sociais “ocupadas” com o “part-time” de serem “activistas”, “modelos”, embaixadoras de marcas, etc. O foco tem que estar 100% no FutFemSCP, e não em Donald Trump, em Greta Thunberg, em “Black Lives Matter“, ou na New Balance. Com a excepção de João Vieira Pinto ter apoiado Cavaco Silva há 20 anos, ,não vejo os homens meterem-se nisso, costuma dizer-se, que no balneário não há lugar para política nem religião. Nunca vi um homem no “day after” de uma derrota vir para as redes sociais promover os seus patrocinadores, como Tatiana Pinto fez após a derrota vs Rússia no Restelo.
Além disso, como regra geral, vejo que quem chega “lá acima” são as pessoas humildes. Nunca vi Tatiana Pinto ou Joana Marchão pedir desculpas aos adeptos Sportinguistas depois das vergonhas passadas em Leiria e Alvalade, mas tempo para falarem dos patrocinadores, de racismo, de igualdade do género, para isso, para elas há sempre. Precisamos de Futebolistas “full-time” e não de “Beckhams de saias” e “mini-deputadas”.
Se querem, em vez do conforto e elitismo do “activismo de redes sociais”, podem antes ir fazer voluntariado que muitas Juntas de Freguesia agradeciam. Têm é que ter tempo para isso, e abdicar do salário que recebem no Sporting, e que espera delas 100% de foco. Quem dera a muitas “jotinhas” andar em manifs e receberem ordenado de Futebolista do Sporting, algumas parecem é querer seguir o caminho inverso. Estou certo de que a Green Peace, a Amnistia Internacional, e os “Médecins Sans Frontières” necessitam de voluntárias, podem é não pagar tão bem.
Sabem quem pediu desculpas? Ana Borges. Grande atitude de humildade e… “hombridade”. Sempre me ensinaram que na comunicação, as desculpas caem bem, e Ana Borges demonstrou respeito pelos adeptos e a responsabilidade de envergar a camisola do Sporting.
Surpreendeu-me a “vassoura” ter tocado na “brand ambassador” Tatiana? Sim, pois há 5 anos que praticamente parece ser a “menina querida” da Comunicação do Sporting e da FPF, e talvez por causa disso, tão “protegida” por essas duas instituições. Mas pronto, agora, pode ir impingir a “New Balance”(e perder bolas) para Espanha.
Há quem discorde de mim, e diga que Tatiana e Marchão são grandes jogadoras. Compreendo quem assim possa pensar, mas estou completamente em desacordo, é certo que parecem ter lugar cativo nas convocatórias da Selecção, mas quem as vê jogar com olhos de ver, não vê essa “grandeza”. Grandes jogadoras são a Nevena e a Cláudia Neto, e não uma “Beckham de saias” e uma lateral pequenina e lenta. Tatiana parece estar acomodada(com a titularidade no Sporting e presença “garantida” na selecção) e estagnou nestes anos no Sporting, além disso, perde imensas bolas, e raramente justifica a titularidade na Selecção, acabando invariavelmente substituída.
Já Marchão, é uma jogadora com bons predicados técnicos, mas não é particularmente boa atleta, é pouco explosiva, o que se nota nos seus sprints pelo corredor, o que se revela um “handicap” para a sua posição, e obviamente, é “menos uma” no jogo aéreo, como se viu nas derrotas vergonhosas contra a Finlândia e Rússia, e que valeram uma renovação de contrato a Francisco Neto. A Selecção é mesmo um “Clube” diferente….
Muito melhor que Marchão, é Lúcia Alves do Benfica, mas comicamente, nem sequer era chamada à selecção pelos “entendidos” que a gerem, foi preciso a moça ser campeã para receber a sua 1ª convocatória, e até a própria Beatriz Cameirão, uma das melhores Médias do País nunca foi convocada até ser campeã. Como eu disse anteriormente, há que fazer as convocatórias com “olhos de ver”. Portanto, está tudo dito(escrito) relativamente ao valor de ser(ou não) uma das seleccionadas numa selecção em que algumas parecem ter lugar cativo.
Agrada-me a renovação de Fátima Pinto, pois para além de boa jogadora, é uma moça humilde, e personalidades assim fazem um bom balneário.
É uma pena termos deixado “fugir” Vitória Almeida do Famalicão para o SC Braga. Mas é quase impossível acreditar que a dezena em “debandada” vai ser simplesmente substituída por 10 jovens da formação. Portanto, quero acreditar que estamos na corrida por Chandra Davidson do Torreense, por Rute Costa do Famalicão, por Telma Encarnação do Marítimo, talvez por Cláudia Neto(da Fiorentina), e acima de tudo, que estejamos na “puja” por Maria Negrão do Famalicão, que para mim, é uma “jogadora de estrutura”, uma futebolista em redor da qual poderíamos construir uma equipa para um Ciclo de 10 anos. Nos meus “pesadelos”, o Benfica vai buscar Maria Negrão e junta-a a Francisca “Kika” Nazareth, o que na minha opinião, alteraria por MUITO tempo o balanço de poder do Futebol Feminino Português em favor do Benfica.
2) Parabéns e felicidades para o Mister Filipe Miguel Pinto que vai continuar a liderar a União de Tomar na próxima época, é um grande Sportinguista.
3) O meu Pai ontem à noite ligou-me todo “lixado” com a prestação da Selecção e do Seleccionador. Eu não tenho “neuras” dessas, pois há anos que sintonizo o canal, coloco-me em frente ao televisor , meto o som no absoluto máximo, coloco a mão sobre o coração e ouço o hino nacional com grande entusiasmo. E depois…. depois mudo de canal. Para mim, isto é simples, eu sou um consumidor do produto Futebol, e a FPF é uma “loja” que me providencia sistematicamente um produto medíocre.
Há muito que estou convencido de que a Federação Portuguesa de Futebol é um “Clube” onde não se preveligia a competência, onde não faz parte da sua estratégia uma gestão de recursos humanos de excelência, a ambição e a sensatez de ir ao mercado buscar os melhores dos melhores para as mais variadas funções dentro da estrutura(embora, obviamente, haja algumas excepções, mas raramente na área técnica), e consequentemente, é um “Clube” que evidencia falta de cultura de exigência e de vitórias.
É acima de tudo um Clube de “família” em que se preveligia a estabilidade empregatorial dos colaboradores, nem que seja preciso dar 11(Rui Jorge) ou 20 anos(Mónica Jorge) a quem nada ganha(mas ainda assim, são elogiados). A vitória no Euro 2016 para mim, foi a excepção que comprovou a regra. Se a FPF fosse um FC Porto, tantos que por lá andam nunca teriam os seus contratos renovados. Mas, aparentemente, o importante, é que todos se dêem bem, sejam felizes, e se apoiem uns aos outros.
As palavras de Fernando Santos, “quem é que vem aqui(Alemanha) jogar a pensar que pode ganhar?” são paradigmáticas da falta de exigência e pressão para ganhar que existe na FPF. Ninguém se chateia(ou se “aleija”). Eu prefiro colocar os meus olhos e ouvidos no canal em que joga o Sporting, ou o Chelsea, ou o Real Madrid, ou o Bayern, é o tipo de consumidor de futebol que eu sou, gosto de vencedores.
Texto: A.C.F.
Imagem: Instagram Tatiana Pinto.
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